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— Mas vocês não trocaram ideia depois do acontecido? — A Steff pergunta.
Sim, depois de semanas marcando nós conseguimos nos encontrar pra jogar conversa fora.
— Não, também não estou preocupada com isso. — dei de ombros — ele também não parece estar, então tá tudo bem!
— Óbvio, ele se humilhou de todas as formas pra tentar se reconciliar com você, o que você fez? — ela deu uma pausa — pois é, não fez nada.
— Talvez tenha sido o melhor a se fazer, não ia conseguir permanecer em uma relação sem confiança. Pra mim aquilo foi falta de consideração, você não acha?
— Acho sim, mas as pessoas erram. — ela deu um gole na sua bebida — Te digo mais, poderia ser com qualquer um, até com você mesma.
— Eu não teria essa atitude com ele, não mesmo. — fiz uma pausa — E agora não adianta chorar pelo leite derramado, ele seguiu a vida dele assim como eu fiz o mesmo.
— Mas acho que ainda tem ressentimento guardado bem aqui — ela apontou para o meu coração — mas mudando de assunto, como tá se sentindo em relação a reta final da novela?
— Me sinto grata, mesmo com todos os obstáculos eu consegui chegar até o final. — sorri — eu não tenho palavras pra explicar, misto de sentimentos muito grande.
— Imagino amiga. Fico feliz por você!
— E o seu relacionamento com o Léo? Voltaram? — perguntei curiosa.
— Ai complicado — ela sorriu — até tentei ficar longe mas é difícil quando temos apego em alguém, ele me faz bem, sabe? — eu concordei com a cabeça — nós nunca tivemos uma relação séria, mas agora parece que as coisas estão fluindo de verdade.
— Você merece um amor tranquilo, já passou por tantas coisas com relacionamentos passados — bebi um gole da minha bebida — e deixa as coisas fluírem naturalmente que vai dar certo — eu sorri pra ela.
— Acho que a nossa relação só não deu certo antes porque infelizmente eu tenho bloqueio emocional, é complicado se entregar pra alguém depois de passar por decepções amorosas.
— Eu sei muito bem como é, as coisas são tão complicadas pra nós — eu sorri — às vezes acho que vou ficar pra titia — nós gargalhamos.
— Que nada, só questão de tempo pra você virar mamãe.
Nossa, que exagero! Não me vejo sendo mãe, pelo menos não agora nesse momento da minha vida.
— Tá amarrado — fiz sinal da cruz pra ela — eu nem fiz todas as viagens que eu quero ainda e você já está desejando filhos pra mim.
— Quero tanto um sobrinho — ela fez carinha de cachorro abandonado.
— Ai mona se manca, faz um filho pra você então — ela balançou a cabeça em negação.
