𝕮𝖆𝖕𝖎𝖋𝖚𝖑𝖔 𝖙𝖗𝖊̂𝖘

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O caminho até em casa foi silencioso, s/n estava cochilando no banco do passageiro, tadinha da minha gata, trabalha pra porra, pago mó pau pra ela. A mina dá mó trampo todos os dias, só folga uma vez na semana e ainda assim continua sendo uma pessoa super simpática, ela é foda!

Parei em frente ao portão do meu condomínio, dando uma buzinada para atrair a atenção do porteiro, que estava focado na televisão, fica chapando ai meu truta até um doido aparecer ai, meter a peça na sua testa e invadir o condomínio, fica chapando, fica.

  -Iae veinho, abre ai pra nois parça.

Buzino novamente pro senhorzinho que apertou o botão para abrir o portão, me dando abertura para entrar no condomínio. Adentro com calma agradecendo com um aceno para o porteiro, dando partida para dentro do local, dirindo cerca de quatro minutos até a minha casa, onde estacionei o carro na garagem logo o desligando.

  - (s/n)? Acorda bebê, a gente chegou.

Acariciei seus cabelos, a observando despertar e se espreguiçar.

s/n: Hm?... Chegamos?

  -Sim, vem vamos entrar.

Destravo o seu cinto e pego sua bolsa a apoiando em meu braço, logo tirando a chave da ignição e descendo do carro, abrindo a porta do passageiro para que ela pudesse sair.

s/n: Nossa, que frio! Vamos entrar logo Kevin.

Ela disse logo ao sair do carro, segurando em meu braço me puxando para subir, oxi fia, tá apressada? Respira!

Segui seus passos abrindo a porta dando acesso à minha casa, onde já diminuiu mais o frio que estávamos sentindo lá na garagem.

  -Vai devagar pra você não cair parça, tá mó escuridão.

Caminho devagar até o interruptor acendendo as luzes, sentindo meus olhos arderem pela claridade. Deixei a chave do carro em cima da mesa e subi as escadas junto de s/n, chegando em meu quarto, no qual já fui abrindo a porta para ela entrar.

  -As coisas estão no mesmo lugar de sempre, toma um banho ai que eu vou fazer alguma coisa pra gente comer.

Deixei sua bolsa em cima de minha cama e desci novamente para a cozinha, onde preparei dois copos de refrigerante e dois pães na chapa com presunto e mussarela. Os coloquei em uma bandeija e coloquei a mão na minha bag, onde retirei o tal de Boa Noite Cinderela e fiquei o observando por alguns segundos, e se ela passar mal, mano? O que eu faço tiw?

Abri o pacote com calma, despejando pelo refrigerante do copo rosa que seria o dela, porém minha atenção é tirada do ato ao ouvir passos na cozinha, logo virando o olhar e dando de cara com meu irmão.

  -Carai mano, que susto!

Me afastei rapidamente do copo, escondendo o pacote em meu bolso, espero que ele nem tenha visto.

Irmão: Foi mal parça, só vim pegar minha garrafa de água, mó calor lá no quarto.

  -Entendi.

O mesmo se aproxima da geladeira, a abrindo e pegando sua garrafa azul.

  -Deixa a mãe pegar você de pé no chão e bebendo água gelada, ela vai falar na tua oreia por três dias seguidos.

Rio tentando disfarçar minha tensão, vendo o mesmo sorrir dando um gole na água da garrafa.

Irmão: Dá nada, pai! Ela nem liga mais.

𝕽𝖊𝖘𝖙𝖆𝖗𝖙 𝕺𝖋 𝕺𝖚𝖗 𝕷𝖎𝖛𝖊𝖘Where stories live. Discover now