𝕮𝖆𝖕𝖎𝖙𝖚𝖑𝖔 𝖉𝖔𝖟𝖊

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...

Enquanto isso, no Brasil...

  Já haviam se passado algumas horas em que a família de Kevin já haviam acordado, e ninguém ainda tinha percebido o sumiço dele e de s/n, não até às onze horas da manhã. Passando as horas, a mãe de s/n decide ligar para a dona Val, mãe de Kevin, preocupada com a falta de notícias da filha.

Val: Alô?

(M-S/N): Oi, bom dia! Minha filha foi dormir aí com o Kevin, ele disse que iria a trazer às dez porém até agora nada. Já tentei ligar para os dois e nenhum retorno, poderia me dizer se eles estão por aí? Porque a (s/n) precisa ir trabalhar ainda hoje, acho que eles se esqueceram disso!

Val: Bom dia! Eu vou ver aqui, porque realmente, nem eu vi a fuça do Kevin hoje, devem ter ido dormir tarde. Vou ver se eles estão dormindo e aviso que você está ligando.

(M-S/N): Ok, obrigada.

  Após a conversa de Dona Val com a mãe de s/n, ela manteve a chamada rolando e subiu até o quarto de Kevin, dando três batidas na porta.

Val: Kevin, está ai? A mãe da s/n está no telefone. -Ela dá uma breve pausa, a espera de uma resposta.- Kevin? Eu vou entrar, filho.

  Ainda sem respostas, ela abre a porta, se deparando com o quarto extremamente vazio. A mesma franze a testa, como eles não estão aqui se desde a hora em que ela acordou, eles não deram as caras? Ela se aproxima da cama, vendo os celulares ali por cima, e a carta de Kevin. Se sentando na cama ela começa a ler a carta do filho, ficando totalmente em choque com o que estava escrito ali, e se perguntando como iria falar sobre isso com a mãe de s/n.

Val: Dona (M-S/n) ?

(M-S/N): Oi?

Val: Por Deus... Nem sei como eu vou te falar isso.

(M-S/N): O que aconteceu?

  Seu tom de voz à essa altura, já era de uma imensa preocupação. Dona Val engole seco, começando a ler a carta do filho em voz alta, deixando a mãe de s/n da mesma forma em que ela ficou.

(M-S/N): AONDE ELE SE METEU COM A MINHA FILHA???

Val:  Eu não sei, não faço ideia!! Vou ligar para os amigos dele e pedir as gravações daqui do condomínio. Dona (M-S/n), realmente eu não estou sabendo de nada! Nem se passou pela minha cabeça que o Kevin poderia fazer uma loucura dessa.

(M-S/N): Por favor, me mantém informada! Olha, gosto muito de vocês, mas se não tiver respostas até vinte e quatro horas, irei abrir um boletim de sequestro! Confiei nele de levar minha filha para a casa de vocês e como ele some desse jeito com a filha dos outros? Não aceito!

Val: Eu entendo, não tiro sua razão! Mas também temos que parar pra pensar que se ela foi, não foi contra a vontade dela. Meu filho não a levaria a força, dona (M-S/n).

(M-S/N): Não sei, não tem como saber o que ele colocou na cabeça dela.

Val: Ok, dona (M-S/n)! Eu irei procurar saber dele, logo te retorno.

  Sem demora, ela encerra a ligação, pois já não queria mais ouvir aquelas acusações contra seu filho, mesmo sabendo que poderiam ser verdade. Ainda sentada na cama, Val passa as mãos pelo rosto pensando em mil coisas, num pulo só ela se levantou da cama do filho com a carta em mãos, descendo para a sala onde os irmãos de Kevin estavam.

Val: Eu dou dois minutos para alguém explicar o que significa isso!

  Ela estende a carta para eles, que se aproximam sem entender, enquanto Eric, o mais velho pega a carta em mãos, a lendo em voz alta.

Eric: Oxi!! Kevin tá ficando maluco? E como que ele saiu sem a gente ver?

Val: É o que quero saber. Ele falou sobre isso com algum de vocês, tenho certeza! Andem, abram a boca!

Ellen: Mãe... Ninguém tá sabendo de nada!

Suevilyn: É, Mãe. Se a gente soubesse de alguma coisa, a gente tinha tentado tirar essa loucura da cabeça dele.

  Uma breve discussão se iniciou ali, enquanto Felipe se manteve calado apenas observando o caminhar da conversa. Sabendo que o que ele tinha visto poderia ajudar em alguma coisa, ele decidiu abrir o jogo.

Felipe: Eu vi uma coisa...

  Em meio à discussão generalizada, ele decide se pronunciar, chamando a atenção dos que ali estavam.

Val: O que? O que você viu, menino?

Felipe: Eu vi o Kevin colocando alguma coisa num copo, era pique um pózinho, tá ligado? Acho que ele não levou a (s/n) por escolha dela mesma, mãe.

Eric: Como assim, mano?

Felipe: É isso mesmo que eu estou falando. Ontem de noite eu vi o Kevin na cozinha, colocando um pózinho num copo. Tinham dois copos e dois lanches, ele não ia botar a porra do pózinho no copo dele! Certeza que aquilo era droga pra fazer a (s/n) capotar.

  O mesmo responde já irritado, fazendo com que seus irmãos e sua mãe ficassem sem reação.

Val: Não acredito que o Kevin fez uma merda dessa, puta que pariu, esse garoto só apronta!!

Ellen: Isso vai dar merda, mãe. E uma merda grande! A mãe da (s/n) é brava pra caralho, isso vai dar uma confusão feia.

Suevilyn: E sem contar que se ele fez o que a gente tá pensando, ele tá cometendo crime, mãe! Se ela levar isso pra polícia, você sabe que o Kevin vai se foder, né?

  Eles se encaram por alguns segundos, deixando uma tensão imensa se instalar no local. Todos ali sabiam do que Kevin era capaz, mas ainda assim, era difícil de acreditar que ele teria tanta coragem à este ponto, pelo jeito ninguém o conhece tão bem!

Horas depois...

  As horas se passaram e ainda não havia nenhuma notícia de Kevin e (s/n), tanto a mãe de Kevin, quanto a mãe de (s/n) já estavam malucas de preocupação. Dona Val pediu o acesso das câmeras, vendo o momento exato em que uma câmera de sua rua captou Kevin colocando a amiga dentro de um carro com vidros filmados, e adentrando o mesmo em seguida. A segurança do condomínio seguiu a rota do carro pelas câmeras no local, porém se depararam com a ausência da placa no automóvel, dificultando ainda mais à descobrirem aonde eles haviam se metido.

Val: Deus... Kevin só me dá dor de cabeça!

  Valquíria passa as mãos pelo rosto, sentada sobre a mesa enquanto analisava as filmagens em seu celular, que lhe foram enviadas pela segurança do condomínio. Ela estava tão entretida nas gravações, que não percebeu a presença de sua caçula, Ellen, que se sentou ao seu lado.

Ellen: Mãe... Você já tá aqui vendo esses vídeos há horas! Tenta descansar um pouco. Você conhece o Kevin, ele dá a maluca mas depois ele volta atrás, você vai ver como ele vai aparecer logo, logo. Ele não consegue ficar longe da gente por tanto tempo, e outra... Eu acho que a (s/n) não deve ter gostado NADA da atitude dele, uma hora ou outra, ele vai voltar pra casa!

  A menor deposita carícias pelas costas da mãe, que ouvia atentamente suas palavras.

Val: O meu medo, Ellen, é de quando ele decidir voltar... O que vai acontecer com ele? Isso que ele tá fazendo vai ter consequências... E possa ser que a gente não possa fazer nada pra evitar! Seu irmão vai arrumar uma dor de cabeça tão grande, tão grande Ellen... Eu não sei o que se passa na cabeça do teu irmão!

  Em enorme preocupação, Dona Val apoia seu rosto sobre a palma de sua mão, deixando algumas lágrimas escorrerem. Por mais que estivesse ciente de que seu filho havia aprontado, sua preocupação como mãe era maior do que tudo. Já havia entrado em contato com todos os amigos do filho, mas nenhum soube lhe informar do paradeiro de Kevin, o que a deixou em completo desespero, onde Kevin se meteu? Ele está bem? Por que havia cometido um erro desse? Eram perguntas que ninguém poderia responder, senão o mesmo.

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𝕽𝖊𝖘𝖙𝖆𝖗𝖙 𝕺𝖋 𝕺𝖚𝖗 𝕷𝖎𝖛𝖊𝖘Where stories live. Discover now