𝕮𝖆𝖕𝖎𝖙𝖚𝖑𝖔 𝖔𝖓𝖟𝖊

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...


Me despertei no susto com (s/n) me enchendo de tapas, e sinceramente? Eu não esperava menos, parça! Minha atitude foi muito zuada e ela estava certíssima em surtar dessa forma. Tentei controlá-la segurando seus braços, mas a mesma foi mais ágil, me empurrando sobre a cama, a entreguei uma garrafa de água mas ela a arremessa longe, é truta, não tinha muito o que fazer, o jeito era só ouvir o que ela tinha pra dizer.

Tentei me explicar mas era impossível entrar na cabeça dela naquele momento, por várias vezes tentei acalmá-la, porém sem sucesso! Me vi parado em frente à porta do banheiro, apenas ouvindo o soar de seu choro dentro do mesmo, me fazendo respirar fundo e passar as mãos pelo rosto. Eu sabia que seria difícil dar a notícia à ela, mas mesmo assim, eu ainda não estava preparado. Apenas me aproximei da cama me sentando na mesma, olhando para o chão pensando em milhões de formas de restaurar a confiança dela e deixá-la calma. Permaneci estagnado por longos minutos, até ouvir o trinco da porta do banheiro estralar, entregando que (s/n) estava saindo de lá. A encarei sério, esperando alguma reação da mesma, que apenas me olhou cruzando seus braços.

(S/n): Eu quero ir embora... Agora!

Seu tom era autoritário, e seu semblante totalmente sério. Engulo seco, me levantando devagar da cama, ficando próximo da menor, que esperava uma resposta.

-Bebê... Não tem como a gente ir embora agora, tenta entender o meu lado, eu já te expliquei o porque que eu agi dessa forma.

(S/n): Do mesmo jeito que você veio, você volta, se vira! Eu não quero entender o seu lado, Kevin. Eu quero ir embora, isso que você fez foi sacanagem comigo, você não pensou em mim, não pensou na vida que eu tenho lá no Brasil, você foi irresponsável com sua família, com a minha e comigo, e se você pens...

Antes que ela pudesse terminar de falar, a mesma cambaleia, me fazendo segurá-la rapidamente, a sentando na cama.

-Você tá bem (s/n)?

(S/n): To... Eu to, eu só... Senti uma fraqueza muito forte.

Ela passa as mãos pelo rosto, logo as apoiando sobre as pernas, respirando fundo.

-Você precisa comer! Vamos descer e você escolhe alguma coisa pra você comer.

(S/n): Não!! Eu quero ir embora, Kevin.

-A gente vai vida, só que cê tem que comer antes. Vamos?

A menor me encarou por alguns segundos, logo respirando fundo e abaixando a cabeça.

(S/n): Tá... Mas com que roupa eu vou descer? Você não trouxe nada pra mim!

-Escolhe uma roupa minha, amanhã mesmo eu compro umas roupas pra você.

Pego uma bermuda que eu havia deixado largada pelo quarto e a vesti, logo caçando uma camisa para vestir.

(S/n): Você disse que a gente iria embora depois que eu comesse, já tá metendo o louco?

Ela me questiona chamando minha atenção, dessa vez me fazendo sorrir um pouco sem graça, eu realmente não iria embora, só não sabia como falar pra ela ainda.

-A gente vai, a gente vai, tá? Se veste.

Me aproximo da minha mochila a pegando e entregando para a menor, que me encarava ainda com certa raiva, vesti uma camisa e sai do quarto. Só Deus sabe o que vai acontecer daqui em diante, única coisa que espero é que ela não me mate, não me matando já é uma ótima evolução.

𝕽𝖊𝖘𝖙𝖆𝖗𝖙 𝕺𝖋 𝕺𝖚𝖗 𝕷𝖎𝖛𝖊𝖘Where stories live. Discover now