capítulo 17

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Leonardo Siqueira 💪🏾

O bar está lotado de pessoas. Está tendo uma banda maneirinha tocando uns pagodes daora. Continuei sentado palmeando a régua enquanto o pessoal se divertia. Passei a mão no cabelo colocando o boné novamente e cruzei os braços.

- Oi... - Olhei para a voz fina e meia dando de cara com uma mina da pele branca e os cabelos pretos lisos. Ela está vestida em um vestido azul com um decote no meio dos seios. Ela sorriu e eu ergui a sobrancelha depois de tela ela inteira. - Tudo bem?

Siqueira: Eae... Só de boa, e tu?

- Tô bem também... Tava de observando de longe, está sozinho?

Siqueira: Hum... - Observei sua mão ir até a sua boca com o copo. Ela bebeu o líquido e logo passou a língua entre os lábios. - Que nada, pô. Vim com um pessoal aí.

Apontei com a cabeça para frente e ela olhou.

- Posso sentar?

Siqueira: Ainda.

Ela sentou e eu encarei ela ainda de braços cruzados.

- É solteiro? - Ela colocou o copo na mesa e jogou o cabelo para o lado fazendo com que eu tenha a visão do seu pescoço fino.

Siqueira: Solto. - Ela soltou um riso e eu sorri de lado. Teve nem graça.

- Então quer dizer que eu tenho chances? - Ela sorriu e olhei para trás dela vendo a Tatiana dançando.

Siqueira: Talvez.

- Por que talvez?

Siqueira: Vim acompanhando uma mina aí, tá ligado? Iai ser vacilo ficar contigo aqui com ela bem ali na frente.

- A gente pode ir pra outro lugar.

Siqueira: Sou desses não, dona. - Olhei para o Guto que chegava na mesa com um balde. Ela colocou do lado da menina que encarou o ele, o mesmo olhou pra ela e logo pra mim.

Guto: Tatiana tá perguntando se tu não vai dança com ela. - Metendo um caô desses... Vacilão!

Siqueira: Não. - Ele deu de ombros e saiu. Olhei para a menina que me fitou. - Passa teu celular aí.

Ela pegou desbloqueado e me entregou. Digitei meu número e entreguei para ela.

Siqueira: Qual teu nome, mina?

- Alana. Mas pode chamar de Lana...

Siqueira: Lana... Tu é boa de briga? - Ela ergueu a sobrancelha e eu soltei um riso. - Deixa pra lá... Satisfação, Gabriel...

Alana: Prazer em te conhece... - Ela se levantou e eu fiz o mesmo.

Tatiana: Opa! Tô atrapalhando? - Chegou pro meu lado e eu ainda encarava a menina branca na minha frente, a mesma olhou de cima a baixo para a Tatiana e logo me olhou.

Alana: Nós se ver por aí... - Andou até a mim e segurou minha nuca beijando o canto da minha boca. Segurei sua cintura e logo ela saiu rebolando sua bunda.

Tatiana: Tu tá de sacanagem com minha cara, Siqueira?!

Olhei para ela que estava estressada com os braços cruzados. Olhei ao redor vendo que algumas pessoas encarava a gente.

Siqueira: Fala baixo! - Apontei o dedo na cara dela que bateu na minha mão.

Tatiana: Tu é um vacilão mesmo! Me chama pra sim pra Angra, mete papo de casalzinho e depois tá de conversinha com as putinhas daqui!

Siqueira: Olha o jeito que tu fala comigo, mandada! Te dei papo de nada não, tendeu?! Tu que veio com tuas paranóias aí! Já te falei, Tatiana! Nós não tem nada!

Tatiana: Tá bom então! - Ela saiu pisando fundo e eu só observei ela puxar um homem e beijar. Soltei um riso e peguei meu celular com a chave do carro. Vai a pé pra aprender!

Sair dali sem falar com ninguém. Cabeça ta doendo mais que tudo...

Guto: Ou! Calma aí! - Parei de andar quando cheguei no carro destravando ele. Guto parou do meu lado e eu o encarei. - Vai meter o pé mesmo?

Siqueira: Sem cabeça pra ladainha de gente emocionada... - Ele riu.

Guto: Vai deixa a mina de pé mesmo?

Siqueira: Tem Uber.

Guto: Qual foi, Siqueira! Vai vacilar assim mesmo?

Suspirei.

Guto: Vai na minha moto. Eu fico com o carro...

Peguei a chave da moto. Me despedi dele e vazei dali.

(...)

" Xxx: Foi embora e nem se despediu... Vou cobra em... "

Soltei um riso e fechei a porta da sala ligando a luz.

Luanne: Ué... Já voltaram. - Guardei o celular vendo ela com a bebê no colo no meio da sala.

Siqueira: Tá fazendo o que no escuro, maluca?

Luanne: Tentando colocar a Mel para dormir... - Olhei o horário no meu pulso. 02:37 da madrugada.

Siqueira: Asoh...

Luanne: Cadê o pessoal?

Siqueira: Ainda tá lá. - Me sentei no sofá e ela logo sentou do meu lado. - Ela ainda está sentindo dor?

Luanne: Bastante...

Siqueira: Hum... E os remédios? Isso vai melhorar não?

Luanne: Vai, mas demora um pouquinho... E normal nos bebês...

Encarei a bebê que estava de olhos abertos com um bico.

Siqueira: Vou tomar um banho, já eu desço pra te ajudar. - Sair sem ao menos escutar o que ela tinha dizer.

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