CAPÍTULO 5

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O sol começava a se pôr no horizonte, pintando o céu de Nova Iorque com tonalidades douradas e avermelhadas. A cidade que nunca dorme estava prestes a mergulhar na escuridão da noite. As luzes dos arranha-céus de Manhattan começaram cintilar, criando um espetáculo de cores e brilhos. As luzes cintilantes do bairro ganhavam vida, como se fossem estrelas urbanas. No majestoso crepúsculo, o Sapphire Building ardia em se destacar dos outros edifícios com seu brilho azul, semelhante a uma torre feita de safira. Apesar de sua beleza, dentro do fabuloso edifício, o caos reinava.

Otis e Galadeu, ambos assustados, se encontravam em um grande e espaçoso elevador.

- Então... onde é essa tal "sala de sucção". - Pergunta Otis, errando o nome do local e mostrando sua confusão característica.

- Você quis dizer a Sala de Sanção? - Corrigiu Galadeu, com sua voz tímida e preocupada.

- É isso aí.

- Ela fica no nonagésimo novo andar. - Responde Galadeu.

- Certo. E o que tem lá?

- A Sala de Sanção é um lugar horrível! - Responde Galadeu, com pavor na voz. - Lá é onde colocam os piores dos piores. Os mais perigosos e malvados dinossauros.

Otis, ao ouvir isso, olhou para frente e encarou a parede do elevador com uma expressão de preocupação profunda. Ele pensava em Sophie e como ela estava naquele momento, se estava bem ou ferida. A determinação tomou conta dele, e ele jurou que faria de tudo para resgatá-la e tirá-la dali, mesmo que isso significasse enfrentar os dinossauros mais perigosos que existiam.

Enquanto isso, na Sala de Sanção, Sophie se divertia em meio a gargalhadas contagiantes junto de seus novos amigos engravassauros. Sentados no chão, formando um círculo, eles jogavam uma acirrada partida de uno, onde as risadas se misturavam com as jogadas estratégicas. O ambiente dentro da sala era surpreendentemente leve e pacífico. Os outros dinossauros encarcerados também estavam ocupados com suas próprias atividades aleatórias. Era como se a plenitude daquele grupo de engravassauros criasse uma atmosfera surreal de harmonia e inocência. Embora a sala abrigasse mais de setenta dinossauros, só havia um banheiro.

Anne foi conduzida por Weston até o escritório de Demétrius, onde o sinistro chefe aguardava, de costas para ela, contemplando a cidade noturna através da janela, propositalmente fazendo como um super vilão. Com um movimento teatral e premeditado, Weston a joga no chão, enquanto Demétrius se vira lentamente, buscando impor medo em Anne.

- Seja bem-vinda minha cara. - Diz ele, sorrindo com malícia, em uma voz suave, porém carregada de maldade.

Anne, mesmo no chão, olha para ele com um olhar desafiador, pronta para enfrentar o que vier.

- Eu não sou sua "cara"! E não estou feliz por estar aqui! - Responde ela, com uma mistura de ousadia e ironia.

Demétrius, intrigado com a postura de Anne, solta uma risada forçada.

- Ah, crianças humanas, sempre tão determinadas – Diz Demétrius se sentando devagar em sua mesa, mantendo o sorriso enigmático nos lábios. - Agora vamos ter uma pequena conversar. Sente-se.

- E não vou me sentar! - Responde Anne.

- Eu não estou pedindo. - Retruca Demétrius, fazendo com que Weston a agarre novamente e a force a se sentar na cadeira em frente a ele.

Anne lança um olhar furioso a Weston, deixando claro sua insatisfação com a situação. Ela cruza os braços, mantendo uma expressão desafiadora como uma criança que foi enganada pela mãe com a frase "na volta a gente compra".

Expresso do InfinitoWhere stories live. Discover now