Expresso do Infinito

CAPÍTULO 8

Universo 13...

Revela-se um local de beleza impressionante. Um ambiente amplo, onde os tons brancos e pretos dominavam com uma harmonia intrigante. As paredes e o teto exibiam um branco radiante, tão polidos que refletiam tudo ao redor. A limpeza impecável conferia ao ambiente uma aura quase surreal. Pequenos postes pontilhavam o espaço, e neles, hologramas surgiam em forma de painéis, exibindo anúncios de bebidas, roupas e números de segurança. O local estava repleto de movimento, com uma quantidade considerável de pessoas transitando por ali. Cada indivíduo trajava roupas extravagantes e únicas, como se todos tivessem saído diretamente do elenco de Aeon Flux, com tons claros e frios.

Curiosamente, o local que estavam era uma antiga estação de trem, agora transformada em um museu, um lembrete para as pessoas daquele mundo sobre a existência de um meio de transporte chamado "trem".

As pessoas extravagantes transitavam pela estação com um tipo de pequenas esferas flutuantes, cada uma delas acompanhando seu respectivo indivíduo. Essas esferas eram multifuncionais, permitindo que as pessoas tirassem fotos, armazenassem objetos e trocassem mensagens com outras pessoas. Um casal em particular era guiado por uma esfera de tamanho maior, distinta das demais por sua coloração azul. Ela os conduzia pelas instalações do museu-estação.

Ao se aproximarem da abertura entre a plataforma e os trilhos, a esfera emitiu uma breve explicação com sua voz robótica:

- Caros visitantes, nesta área específica, conhecida como plataforma designada, os passageiros costumavam aguardar a chegada dos trens do metrô. As portas dos vagões se abriam automaticamente, permitindo a entrada dos passageiros. Ao adentrar o metrô, era comum que os humanos procurassem um assento disponível ou segurassem-se nas barras de apoio para garantir estabilidade durante a viagem.

O casal, fascinado com a explicação, utilizou suas esferas para capturar fotografias memoráveis dos trilhos, agradecendo a guia robótica pela informação clara e concisa.

- Agora, permitam-me apresentar uma experiência holográfica que recriará com fidelidade as paradas dos trens nas plataformas, proporcionando-lhes uma vivência mais próxima da realidade. Por favor, acomodem-se e preparem-se para serem transportados a um momento passado. - Diz a esfera flutuante com sua voz robótica.

Por uma incrível coincidência do destino, feixes azuis começaram a surgir gradualmente na área dos trilhos, tornando-se cada vez mais intensos. Em seguida, pequenos e velozes raios elétricos irromperam, acompanhados por um estrondo impressionante e uma luz bela e resplandecente. O impacto foi tamanho que todas as pessoas presentes no local ficaram surpresas, assustadas e momentaneamente sem saber se esboçavam uma expressão de espanto ou de admiração. E então, diante desse espetáculo surpreendente, Greice, com toda a sua formosura interdimensional, emergiu majestosamente nos trilhos, diminuindo sua velocidade até finalmente parar.

O casal ficou boquiaberto. Aquela era uma experiência inédita para eles, algo que jamais haviam vivenciado antes. E, é claro, não perderam a oportunidade de registrar aquele momento único com suas esferas, tirando mais uma foto para a posteridade.

- Uau! Essas experiências holográficas estão cada vez mais reais! - exclamou a esposa, com um brilho de entusiasmo nos olhos.

- Sem dúvida! Deve ter sido algo espetacular quando isso acontecia antigamente - concordou o marido.

Enquanto o casal tomava um rumo para outro lugar, a porta do vagão de Greice se abriu, revelando Kosmann e os demais emergindo com determinação e confiança. Otis, por sua vez, saiu andando com a mão na cabeça, com uma leve dor evidente, pois ainda não havia se acostumado completamente com os saltos interdimensionais.