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- Aí Mateus é sério?

- Sim temos que conhecer cada canto dessa escola, e vamos começar pelo refeitório por que lá tem comida e eu to com fome- diz ele todo animado andado pelo corredor.

Quando chegamos no refeitório ele estava cheio e tinha uma fila enorme de gente querendo pegar lanche.

- Olha a gente não precisa ir nesse fila né? Se tu quiser eu divido o meu lanches com você- falo pra ele pois não estou com vontade de me sentar sozinha em uma mesa e esperar por ele.

- O que tu tem de bom aí?

- Dois sanduíches naturais.

- Tu ia comer dois sanduíches naturais sozinha?

- Um era pra hora do intervalo e o outra pra comer no caminho de casa.

- Tu é magra por ruim né minha filha.

- Vamo achar um lugar pra sentar logo- digo já querendo voltar correndo pra biblioteca, aí que saudades do silêncio e da paz daquele lugar.

Ele concorda e vamos caminhado por entre as mesas pra ver se achamos alguma vazia até que Mateus começa a me arrastar pra algum lugar.

- Pra onde tá me levando seu louco?

- Um grupinho chamou a gente pra sentar com eles.

Quando chegamos no tal grupinho vejo que são pessoas da nossa sala, e adivinha quem tá no meio delas?

- Eae pessoal- cumprimenta Mateus todo animadinho.

- Oi- digo sem olhar pra ninguém, pois quando Mateus disse que eu sou um bichinho do mato ele não tava exagerado.

- Oi eu sou o Marcos, esse é meu irmão Benjamin, essa é a Nessa e ele é o Gabriel.

- Oi- disseram todos ao mesmo tempo.

- Eu sou o Mateus e essa é a minha queridíssima prima Alissa , não estranhem ela é uma pessoa de poucas palavras- diz Mateus fazendo todos me olharem, eu vou matar esse moleque.

- Mas então o que os trouxe pra cá?- pergunta Benjamin.

Olho pro Mateus esperando que ele não diga o real motivo de estarmos aqui.

- Bom meus tios receberam uma proposta de abrir uma filial da empresa da minha tia aqui e eles aceitaram, eu vim só de intrometido mesmo- diz ele, o que não é mentira.

- Que tipo de empresa seus pais tem Alissa?- pergunta Marcos me olhando com um sorrisinho de canto.

- Eles tem uma imobiliária.

Bom o resto do intervalo foi o Mateus conversando super animado com todo mundo, o Gabriel me encarando o que significa que ainda tem alguma coisa no meus cabelo, e eu quieta na minha só escutando a conversa deles.

Já na sala de aula todos ainda conversavam pois eles sentavam bem perto da gente.

- Aí Gabriel tu quer ir lá em casa amanhã pra nós jogar um jogo novo que eu comprei essa semana?- pergunta Marcos.

- Não dá, amanhã tenho aquele trabalho pra fazer na casa da Alissa- ele diz olhando pra mim.

- Aí qual o vídeo game que vocês tem?- pergunta Mateus.

- Um PlayStation 5.

- Se vocês quiserem, podem ir lá em casa jogar eu trouxe o meu play junto- Mateus faz o convite, eu vou esgoelar ele eu to falando sério.

- Só se a Alissa deixar- diz Benjamin me encarando com um sorrisinho.

- Ela deixa né Lili- fala Mateus me chamando com o meu apelido de infância, que eu odeio.

- Claro- falo meio sem vontade.

A aula passa rápido até e hoje dou graças a Deus que não vou precisar cozinhar porque o Mateus decidiu pedir uma pizza, que por sinal tava muito boa, agora estamos na mesa da pequena varanda que tem no meu quarto conversando.

- E aí o que sabe sobre essa cidade, tipo pra todo mundo não gostar muito de crente algo muito sério deve ter acontecido né, o que o tio e a tia falaram pra ti?- pergunta Mateus sério.

- Bom eles não me falaram nada, mas eu tenho um ideia do que pode ter acontecido, eu tava falando com uma pessoa ontem depois do culto e ele me disse que o antigo pastor da igreja matou uma pessoa próxima a ele junto com outras 20 garotas.

- Nossa que coisa horrível!

- Sim e tu acredita que ele fez tudo isso em nome de Deus!

- Meus Deus do céu, como ele pode se quer ter pensado que Deus mandaria ele fazer alguma coisa do tipo, desse jeito fica difícil amar e perdoar o próximo!

- Sim mas temos que fazer isso né, por mais difícil que seja temos que perdoar, pois a gente também não merecia o perdão de Deus e mesmo assim o temos.

- É Lili nesse ponto tu tem razão, mas vamos parar com esse assunto pois daqui a pouco eu começo a chorar- Diz Mateus se ajustando na cadeira- o que você vai fazer no seu aniversário?

- Tu sabe que eu não comemoro meu aniversário.

- Qual é tu sabe que o Lucas não ia gostar que o teu aniversário passasse em branco!

- Mas não seria insensível da minha parte, o dia da morte dele é só um dia antes do meu aniversário!

- Não mesmo! Tu sabe que ele não gostaria disso, o teu aniversário era o segundo melhor dia do ano pra ele perdendo só pro próprio aniversário dele, e você passou o seu aniversário de 14 em coma, o de 15 trancada no seu quarto chorando e o de 16 não foi diferente, poxa ele não iria gostar de te ver sofrendo desse jeito!

- Mas sei lá, também tem a minha mãe tu sabe como ela fica no aniversário de morte do Lucas.

- Mas tenho certeza que ela vai amar comemorar o teu aniversário, até porque, foi ela que me pediu pra te convencer a comemorar esse ano.

- Sério?

- Sim.... Olha se não for por ti faz isso por ela.

Ainda não sei se é uma boa ideia, mas talvez o Mateus tenha razão meu irmão amava o meu aniversário, ele fazia questão de comemorar todos os anos eu querendo ou não querendo.

- Tá bom vocês venceram, Mas já vou logo avisando não quero nada muito grande, pode ser só um churrasco e um bolinho para os de casa.

- Tu não vai se arrepender- diz ele todo animado, mal sabe ele que já me arrependi.

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