Um amor um propósito- ficção cristã

15.

Acordo com uma dor de cabeça terrível, meu Deus acho que eu vou morrer, eu sou muito nova pra morrer!

Levanto na força da necessidade e vou procurar um remédio, procuro na caixinha que minha mãe guarda os remédios, tomo uma dipirona e um outro remédio pra enxaqueca que eu não faço ideia de como se pronuncia o nome, se um não funcionar o outro funciona.

Volto pro quarto e olho o horário no celular, vejo que é 5:20 o que significa que eu tenho mais quarenta minutos pra dormir, então vou logo pra minha quentinha e aconchegante cama.

Quando acordo com o barulho do despertador minha dor de cabeça já diminuiu bastante, então me ajoelho e faço minha oração matinal, tomo meu banho escovo, meus dentes e vou tomar meu café.

- Bom dia pai, bom dia mãe- digo dando um beijo em cada um.

- Bom dia filha- diz minha mãe me abraçando.

- Bom dia minha princesa- diz meu pai depositando um beijo em minha cabeça.

Me sento em meu lugar e começo a tomar meu maravilhoso café da manhã.

- Bom dia família linda do meu coração- diz Mateus entrando na cozinha.

- Bom dia meu sobrinho querido- diz minha mãe dando um beijo em sua bochecha.

- E então o que temos pra hoje- diz ele se sentando ao meu lado- eba é omelete.

- Meu Deus parece criança- digo olhando para o mesmo.

- Jesus disse que devemos ser como criança- rebate me encarando.

- Não é nesse sentido seu boca aberta.

- Ai que grossa, tu tem que agradecer por eu estar aqui, já que eu sou a única pessoa que te suporta.

- Isso não é verdade- meu pai diz- eu também tenho que suportar ela- diz rindo.

- Nossa pai, me sinto lisonjeada por suas palavras.

- To brincando filha, te amo!- diz depositando um beijo em minha cabeça.

- Tenho que ir agora, amo vocês- diz ele saindo da cozinha.

- Espera que eu vou contigo- diz minha mãe enquanto tira seu avental de florzinha- vocês podem arrumar a cozinha antes de ir pra escola?

- Claro tia.

- Tá bom amo vocês- diz ela correndo em direção a porta da frente.

Termino de tomar meu café, ajudo o Mateus a arrumar a cozinha, me arrumo e vou pra escola. Chegando lá vamos direto pra sala pois já havia dado o sinal.

- Aí meu Deus do céu- diz Mateus parando bruscamente quando entramos na sala.

- O que foi?

- Eu tô apaixonado.

- O que? Por quem?

Olho na direção em que ele está olhando e vejo uma menina sentada na mesa que está a frente do lugar onde o Gabriel fica. Ela é lida, seu cabelos cacheados fazem um belo contraste com seu olhos castanhos.

- Tá falando dela?

- Aham- diz ele parecendo hipnotizado.

- E tu conhece ela?

- Tu nunca ouviu falar em amor à primeira vista?

- Deixa de besteira, vamo logo antes que a professora chegue.

Vou em direção ao meu lugar e me sento, quando olho pra frente vejo Mateus vindo a passos lentos em direção ao seu lugar. Quando ele finalmente chega solta um suspiro olhando para a menina que senta na mesa ao lado.

- "Você foi como um dilúvio de amooor"- começou a contar baixinho- "arrancando do meu peito uma dor".

- Jesus amado- digo observando a cena.

- Oi pra vocês também- diz Marcos olhando para nós dois.

- Oi- digo e cutucando Mateus pra ele responder, pois o mesmo está numa espécie de transi.

- Ah oi- diz ele finalmente voltando ao seu estado normal.

- Essa é a Fernanda a prima do Gabriel- diz Marcos apontando para a garota que deixou o Mateus doido.

- Oi gente, como o Marcos disse me chamo Fernanda mas todo mudo me chama de Nanda, mas e vocês quem são- diz a garota numa velocidade que eu achei que era impossível atingir.

- Eu sou a Alissa e o bobão que está ao meu lado aqui é o Mateus- digo olhando pro lado e vendo que o mesmo já voltou para o seu transi.

- Ele é sempre assim?- pergunta Nanda.

- Não hoje ele tá mais esquisito que o normal.

- O Nanda, cadê o Gabriel?- pergunta Benjamin

- Não sei, ele disse que ia se atrasar um pouco- diz ela, eu queria ter metade da dicção dela, ela fala tão rápido e mesmo assim não erra nem uma palavra sequer.

- Mas é a professora que até agora não apareceu?- perguntei já notando a demora.

- Agora é aula vaga, a brux... quer dizer a querida professora não veio- diz Benjamin respondendo minha pergunta.

Aproveito que é aula vaga pra ir ao banheiro, chegando lá faço as minhas necessidades, e estou saindo da cabine quando Vanessa me empurra no chão.

- Eu não te falei pra ficar longe dele?!- diz ela quase que gritando.

- O que? Mas eu não fiz nada!- falo, pois realmente não fiz nada.

- Não mente para mim, você acha que eu não vi como ele tá te olhando, se você não tivesse feito nada mesmo ele não ia ficar te olhando daquele jeito.

- E o que eu tenho haver com o jeito que ele me olha?- falo já segurando o choro.

- Você se acha a santinha né? Mas eu sei que você não passa de um monte de lixo inútil, que só pensa em roubar o namorado das pessoas, mas fique você sabendo que não vai conseguir, por que ele pode me ter a hora que quiser, e quem em sã consciência me trocaria pra ficar com alguém como você!

Ela termina de falar e sai do banheiro, e eu por outro lado volto para a cabine e me encolho no chão do banheiro. Eu sei que nada do que ela falou é verdade, mas isso não tira o fato de que ela ter me chamado de "monte de lixo inútil" ter me machucado.

Fico um tempo naquele chão frio e sujo, tentando me recompor para enfim poder voltar para a sala, quando finalmente consigo saio da cabine e lavo o rosto.

Volto a passos lentos pra sala e sento no meu lugar, o bom é que ninguém parece ter notado que, ao contrário de minutos atrás agora eu tô completamente desanimada. Fico lá tentando prestar atenção na conversa animada de todos, mas é inútil, decido por fim ir para a biblioteca um lugar calmo onde eu possa ficar sozinha.

Chegando lá me sento no lugar mais escondido que consegui encontrar, me sento no chão mesmo, e começo a pensar na vida.

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Deus abençoe vocês ❤️❤️

Foi mal pelo atraso, estava sem inspiração para escrever.