10.

44 8 0
                                    

Bom o resto da aula foi tranquilo graças a Deus. Chego em casa e subo direto para o meu quarto dar uma adiantada na minha parte do trabalho enquanto o Gabriel não chega. Depois que termino minha parte vou almoçar, hoje minha mãe fez um estrogonofe de frango que tava uma delícia não dava vontade de parar de comer, mas tive que parar por que acabou infelizmente.

Estou lavando a louça do almoço quando ouço meu pai gritar lá da sala.

- Lili minha filha por que tem um menino aqui me perguntando se tu tá em casa?

- Fala pra ele que eu já vou- grito de volta.

Acabo de lavar a louça e vou em direção da sala, quando chego lá meu pai está de frente para o Gabriel o encarando seriamente.

- Oi- digo ao entrar na sala.

- E então o que ele tá fazendo aqui?- pergunta meu pai sem nem tentar disfarçar o ciúmes.

- Se acalma pai, ele é um colega meu a gente tem que fazer um trabalho por isso ele tá aqui.

Meu pai me olha desconfiado e minha mãe aparece na sala.

- Deixa o menino Sérgio, oi tudo bem?- diz cumprimentando Gabriel.

- Tudo bem- diz Gabriel meio sem graça.

- Tá bom, vamos fazer o trabalho então?- pergunto e ele faz que sim com a cabeça- as coisas estão lá no meu quarto, vem comigo- falo indo em direção às escadas.

- Deixa a porta aberta!- ouço meu pai gritando lá debaixo.

- Foi mal pelo meu pai.

- Sem problema- diz se sentado na cadeira da minha escrivaninha.

Logo começamos a fazer o trabalho e quando estamos na metade aparece Mateus do nada no meu quarto.

- Eaí gente bonita- diz todo alegre.

- Que tu tá fazendo aqui?- pergunto.

- O tio mandou eu vir aqui ficar de olho em vocês- assim que ele termina de falar eu reviro os olhos.

- Lili da um desconto pra ele, tu é a única filha dele e tu sempre foi a princesinha do papai- diz ele apertando minhas bochechas.

- Sai jumenta de Balaão- digo tirando as mãos dele da minha cara, ele da risada e se joga na minha cama.

- Isso é jeito de tratar seu duplamente primo?

- Achou alguma coisa?- pergunto a Gabriel que está de frente para o meu computador procurando mais informações sobre a cultura do Egito antigo.

- Não, acho que isso o que temos já tá bom, vamos montar o trabalho.

- Vamos.

- Ai prima a gente podia reabrir nosso conjunto aqui né?- diz Mateus deitado na ponta da minha cama encarando o teto.

- Um conjunto de duas pessoas?

- A gente pode pedir pro seu pai tocar baixo, sua mãe toca o teclado, eu entro com minhas super habilidades na bateria e você é a melhor guitarrista e cantora que eu conheço, seus pais podem fazer parte temporariamente enquanto não temos tantos jovens- sugere.

- Sei lá, tu sabe que eu não toco desde...- quando paro de falar ele entende o motivo e me olha com dó, odeio esse olhar.

Olho pra frente e percebo que Gabriel está me encarando vejo seus olhos carregados de dor, acho que ele percebeu o porquê do assunto ter se encerrado, quando ele percebe que comecei a encarar ele de volta ele abaixa o olhar e continua a fazer o que tava fazendo.

Um amor um propósito- ficção cristã Where stories live. Discover now