Capítulo 05 | Fantasmas

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Você ressurgiu das cinzas como uma fênix

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Você ressurgiu das cinzas como uma fênix.

ZAYA LEBLANC

Três dias se passaram, sem comida, sono perturbado e um frio penetrante. O prazo dado por Aaron expirou ontem, mas me recuso, insisto em não ceder a qualquer coisa que ele me ofereça. Encosto-me na parede gelada, encolhendo-me e abraçando meu próprio corpo, ansiando desesperadamente pela familiaridade reconfortante da minha casa. Algumas lágrimas escorrem, testemunhas silenciosas da minha angústia.

A porta se abre, revelando a presença constante da mulher loira. Ela permanece inexpressiva, seus cabelos sempre caídos à frente do rosto, criando uma aura sombria. Olho para seu pé esquerdo, claramente fraturado, mas ela continua suas tarefas com uma indiferença assustadora. Já tentei pedir ajuda, mas sua resposta fria e desinteressada me silenciou, deixando-me sem esperança.

Fecho os olhos, tentando escapar mentalmente para um lugar calmo e sereno, distante deste porão opressivo. Ao me virar para a parede, sinto o frio penetrar, mas reafirmo minha decisão de não ceder a qualquer demanda de Aaron, mesmo que ele ameace me matar. Prefiro a morte a permanecer neste lugar com ele. O desespero alimenta minha determinação em resistir, mesmo diante das ameaças e do ambiente desolador que me cerca.

O som da grade da cela sendo aberta ecoa pela pequena e sombria cela, e meu corpo estremece ao ser atingido pelo impacto do balde de água gelada. Com um sobressalto, ergo-me na cama, encarando-o enquanto ele permanece imóvel, sua máscara ocultando qualquer expressão em seu rosto. Observo detalhes de sua aparência, como sua blusa branca que permite vislumbrar algumas de suas tatuagens, adicionando um ar ainda mais sinistro à sua presença. O barulho do balde sendo jogado no chão ecoa no espaço confinado, e meu coração acelera com a proximidade dele.

Ele me puxa com firmeza, e meu corpo se debate em um esforço desesperado para escapar de seus braços, mas a força dele é avassaladora. Uma mistura de raiva e medo borbulha dentro de mim quando sinto meus lábios cortarem suas costas, e expresso minha frustração com palavras ásperas enquanto suas mãos apertam minhas pernas com uma intensidade sufocante. Grito por ajuda, implorando para que a mulher loira e o garoto intervenham, mas meus apelos caem em ouvidos surdos, aumentando ainda mais minha sensação de desamparo.

Enquanto subimos as escadas em direção à superfície, a mudança no ambiente confirma que estamos deixando para trás o confinamento da cela. Cada degrau parece uma eternidade, e meu coração martela no peito enquanto a incerteza sobre o que está por vir se intensifica. Ao chegarmos a um novo espaço, sou depositada no chão frio de um banheiro. Observo o ambiente ao meu redor, tentando encontrar qualquer indício do que ele planeja. Aaron me encara, jogando uma toalha em minha direção antes de fechar a porta do banheiro, deixando-me sozinha com meus temores e anseios. A solidão e a sensação de impotência me envolvem, enquanto tento reunir forças para tomar banho.

𝐀𝐏𝐀𝐈𝐗𝐎𝐍𝐀𝐃𝐀 𝐏𝐎𝐑 𝐔𝐌 𝐍𝐈𝐍𝐅𝐎𝐌𝐀𝐍𝐈́𝐀𝐂𝐎Onde as histórias ganham vida. Descobre agora