Capítulo 12| Adeus, Adrian

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Dias Atuais...

Um bom amigo

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Um bom amigo

ZAYA LEBLANC

Avancei cautelosamente entre as pessoas reunidas, todas vestidas com trajes escuros que ecoavam o luto presente no ambiente do enterro de Adrian. Meu próprio visual não destoava: um vestido preto, justo ao corpo, realçando minhas curvas, combinado com saltos altos da mesma cor. Minhas mãos estavam adornadas com luvas de renda preta, e um chapéu com um véu curto sombreava parcialmente meu rosto, acrescentando um ar de mistério à minha presença. Enquanto me movia, o olhar atravessava o véu, fitando cada pessoa com intensidade.

Ao avistar Cristal entre os enlutados, derramando lágrimas sobre o túmulo de Adrian, uma onda de compaixão falsa me atingiu. Por fora, eu poderia parecer tocada por sua dor, mas por dentro, um sentimento muito diferente fervilhava em mim. Era o desejo avassalador de vingança, alimentado pelas memórias de todas as humilhações que sofri. E ali estavam eles, todos os responsáveis por meus tormentos: Cristal, Richard, Josh e Kleber. Cada um deles merecia pagar por suas crueldades, e eu estava determinada a garantir que isso acontecesse.

Enquanto me aproximava do tumulto ao redor do túmulo de Adrian, um sorriso malicioso se desenhou em meus lábios ao imaginar o sofrimento que estava por vir para meus algozes. Meu olhar percorreu o grupo, registrando cada rosto com desprezo e desdém. Não era apenas a vingança que me impulsionava; era também o profundo desprezo que sentia por aqueles que um dia me menosprezaram.

Decidida a iniciar meu plano de vingança, aproximei-me do túmulo de Adrian, infiltrando-me no círculo íntimo de luto ao lado de Cristal. Com gestos calculados, fingi enxugar uma lágrima inexistente enquanto depositava uma rosa sobre a sepultura. Era apenas o primeiro ato de um espetáculo de punição meticulosamente planejado, e eu estava determinada a conduzi-lo até o fim, com uma mistura de desejo ardente e frieza implacável em meu coração.

ㅡ Eu sinto muito ㅡ murmuro, dirigindo-me a Cristal com um semblante de pesar pintado em meu rosto por trás do véu do meu chapéu. ㅡ Ele era um bom amigo.

Cristal ergue os olhos úmidos para me encarar, seu rosto banhado em lágrimas refletindo uma dor genuína.

ㅡ Você o conhecia? ㅡ ela pergunta, sua voz embargada pela tristeza.

ㅡ Claro, estudávamos juntos na faculdade ㅡ respondo, fingindo enxugar algumas lágrimas falsas. ㅡ Ele era um ótimo amigo.

Cristal faz um esforço para se levantar, mas eu a ajudo, consciente da barriga volumosa que carrega. Está prestes a dar à luz, e isso adiciona uma camada extra de complexidade aos meus planos de vingança. Enquanto a ergo delicadamente, nossos olhares se encontram por trás do véu do meu chapéu. Uma parte de mim anseia por acabar com isso aqui e agora, mas sei que devo manter a calma e seguir o plano com muito cuidado.

𝐀𝐏𝐀𝐈𝐗𝐎𝐍𝐀𝐃𝐀 𝐏𝐎𝐑 𝐔𝐌 𝐍𝐈𝐍𝐅𝐎𝐌𝐀𝐍𝐈́𝐀𝐂𝐎Onde as histórias ganham vida. Descobre agora