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- Como esses tais de camensais chegariam aqui? Não tem nenhum caminho para trilho aqui - Percy perguntou enquanto seguiam pelo comprido corredor.

- É comensais - Hermione consertou.

- Tanto faz. Tanto os comensais quanto os camensais vão tentar nos matar - replicou.

- Deve ter uma forma de chegar aqui, se não o duende não nos colocoria para ir naqueles carrinhos - Annabeth comentou pensativa.

- A gente ter caído deve ter sido um atalho ou algo do tipo - Rony falou.

- Que ótimo atalho em? - Harry comentou sarcástico.

- É tipo: não vamos descer a montanha, vamos nos jogar - Percy completou.

- Verdade - o garoto riu levemente.

- Ouviram isso? - Grover perguntou com as orelhas, que estavam mais pontudas depois do feitiço ter sido tirado, atentas.

- O quê? - Rony perguntou olhando ao redor receoso e com um perceptível medo.

- Parece animais - comentou cerrando os olhos. - Shiu.

Eles pararam e o silêncio reinou por aquele corredor não se podia ouvir nada além do barulho da cachoeira no início do corredor, até que:

- Oínc - o ronco ecoou do fim do corredor.

- Isso é barulho de porco? - Percy perguntou chocado.

- Claro que não, deve ser alguma pedra que caiu que fez esse barulho - Hermione negou.

- Acho que foram porcos sim - Annabeth falou.

- Porcos não podem viver no subterrâneo - rebateu. - É impossível.

- Você também disse que seria impossível invadir o Gringotes e olha só onde estamos - Rony replicou sabiamente.

- Em uma encreca? - perguntou de sobrancelhas erguidas.

- Abre um pouco a mente, Mione - Grover deu um tapinha em seu ombro.

- Melhor do que ficar aqui teorizando é a gente ir lá ver, não? - Harry perguntou impaciente, efeito da sua dor de cabeça que parecia só piorar.

- É, o testa rachada tem razão- Percy concordou e seguiu o bruxo pelo corredor.

Eles seguiram e o corredor não parecia ter fim, os grunhidos de porcos apenas pareciam aumentar de intensidade. Quando os roncos já pareciam tremer as pedras ao redor eles chegaram em uma ampla sala de mármore com construções do estilo Grego Antigo.

- Nossa! - Annabeth exclamou olhando todas as paredes ornamentadas com ouro e mármore de diversos tons.

- Isso é muito ouro - Rony tinha os olhos arregalados para a grande pilha de tesouros que se encontrava bem no meio do salão.

- Aquilo é uma vasoura de ouro? - Harry apontou para o objeto que rapidamente chamou sua atenção.

- Sim! - Rony exclamou animado indo pegar o objeto. - De ser irado voar nela.

- Não - Hermione parou os dois amigos de tocar nas vasouras. - Pode ter feitiços anti furto ou alguma maldição que quando a pessoa toque seja liberada.

- Claro que não - Percy falou rindo já pegando uma espada e um escudo completamente de ouro.

- Você é louco! - exclamou a garota exasperada.

Mal Hermione tinha acabado de falar os roncos que tinham cessados quando adentraram voltaram a soar, dessa vez mais alto e vinha de todas as direções.

- Desculpa, desculpa - Percy falou para o ar, largando os objetos com um alto tinido.

As desculpas não funcionaram, o som dos roncos ecoavam dentro de cada um deles. Então as rochas da parede se moveram assim como tinha acontecido anteriormente e animais grandes, peludos e com dentes como o de javali aparaceram.

- Aí, não s-são porcos - Hermione constatou com a voz tremendo de medo.

- Fiquem mais juntos - Annabeth ordenou organizando a iminente luta.

Eles formaram círculo, sacando as varinhas e armas. Cerca de dez grandes homens porcos os cercavam, ainda um pouco confusos.

- Eu não me lembro desse tipo de monstro de casa - Percy falou sem desviar a atenção deles.

- São desse mundo? - Annabeth perguntou por cima do ombro.

- Não que eu me lembre. Hermione? - Harry, o único que tinha condição de responder, respondeu.

- Hm... N-Não - gaguejou com a mão tremendo.

Em meio segundo os bichos avançaram para eles os fazendo dispersar. Percy escorregou pelo chão, desviando com a espada a presa que iria passar bem no seu estômago. Parecia muito com lutar contra o minotauro, porém seu adversário dessa vez parecia bem mais inteligente.

De um lado, ele via clarões que saiam das varinhas dos bruxos e do outro Grover usava sua flauta de bambu, que não era muito útil com o solo infértil e a falta de sol. Annabeth tinha sumido de vista, o que deixa o garoto preocupado e desfocado da luta pela sua vida.

- Annabeth! - Harry gritou para o lado em que Percy não tinha uma visão muito boa.

- O quê? - gritou de volta, o alívio percorreu o seu corpo ao ouvir sua voz, a distração foi o suficiente para que um dos monstros com que lutava enfiasse as presas em seu antebraço esquerdo.

Ergueu a espada e decepou sua cabeça, ao contrário do que acontecia em seu mundo o corpo do animal, ou o que quer que ele fosse, caiu pesadamente no chão e lá ficou. Menos um, ele pensou.

- Aquele é o pomo de ouro - Harry apontou para o topo da pilha.

Bem em cima de todos os itens reluzentes havia uma mesa dourada com o que parecia ser uma bola que brilhava não naturalmente, mas com o que parecia ser magia. Em volta dela, como uma proteção tinha uma redoma de vidro. Assim que Annabeth posou os olhos nele, os arregalou.

- Sim - gritou em resposta para o bruxo. - Você viu um meio de subir? - lançou a adaga bem entre os olhos de um dos homens porcos que avançava para cima de si. - Accio adaga - voltou para a sua mão como um bumerangue.

- Hm... - o garoto olhou para trás, enquanto sabia que Rony estava o cobrindo. - As vassouras! - apontou.

- Boa! - a garota exclamou e correu para elas, desviando o melhor possível dos ataques.

Harry a imitou chegando antes às vassouras, pegou uma e lançou outra para ela, já dando impulso e começando a voar.

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Muito obrigada e até a próxima!

SEMIDEUSES EM HOGWARTSWhere stories live. Discover now