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" Você é um pedaço em mim, eu quero viver em teus braços pra sempre "

Mariana Lima.

Tempo tava simplesmente voando, ja passou um mês do chá de bebê da Carolinne, e tava tudo uma completa loucura. Estávamos organizando um Natal na casa da Dona Vilma, e hoje é a véspera, aí já viu né.

— Que cheiro é esse? — pergunto entrando na cozinha vendo a Dona Vilma mexer em algo na panela.

— Tô fazendo um strogonoff para vocês comerem agora meio dia. Mais tarde começo a preparar a ceia... — Não ouço ela falar mais nada e saio correndo indo para o banheiro jogando tudo que comi no café da manhã na privada. Encosto a porta do banheiro e me sento no chão sentindo uma dor forte.

Segunda vez só esse mês que acontece isso. Suspeito de ser uma intoxicação alimentar, tô vivendo na Carolinne e seguindo a rotina alimentar dela, que só falta engolir os reboco das paredes. Engordei três kilos em um mês.

— Tudo bem, filha? — ouço ela me perguntar pelo outro lado da porta e me levanto devagar.

— Tudo. — respondo alto me encarando no espelho. Eu tava mais pálida do que o normal, talvez seja o susto. — pode ficar despreocupada. — ouço ela concordar e dou descarga. Em seguida, lavando minha boca com pasta e passando uma água no rosto e na nuca.

O calor me deixa assim também...

Respiro fundo e abro a porta saindo do banheiro e indo para a sala, vendo que as meninas já tinham chegado, com seus respectivos namorados. Só faltava o meu, que é sempre o último a chegar em algum lugar.

— Eai. — digo balançando a mão pra eles e me jogando no sofá.

— Sabe, acho melhor fazer o churrasco lá na Laje. — Agnes da ideia.

— Concordo contigo. — Lucas responde. — lá é melhor mermo, né não veia? — Dona Vilma coloca as mãos na cintura fazendo cara feia pra ele.

— Cadê o respeito?

Reprimo a vontade de chorar, relembrando um momento com a minha mãe.

" — Concordo com meu pai em veia. — solto uma risada enchendo o saco da minha mãe com meu pai. Somos mestres em fazer isso, ela até briga, mas seu sorriso compensa tudo.

— Cadê o respeito? — Mãe coloca as mãos na cintura fazendo cara de brava. Mas essa pose acaba assim que meu pai abraça seu corpo por trás fazendo ela soltar uma risada gostosa. Minha mãe tem a risada mais linda do mundo inteiro, se eu pudesse ouviria ela todos os dias sem me cansar. "

Abaixo a cabeça sem graça e respiro fundo me levantando chamando a atenção deles.

— Vai a onde, branquela? — Matias me pergunta.

— Ajeitar umas coisas em casa. — Minto desviando o olhar e colocando uma pequena mecha do meu cabelo atrás da orelha. — a noite estou aqui.

Não espero ninguém falar nada e saio da casa. No caminho, vejo várias crianças correndo e brincando animadas, já soltando bombinhas e outras, voltando do mercadinho com uma coca-cola na mão.

" — Ja fez a sua carta? — meu pai abre a porta do meu quarto me assustando me fazendo colocar a mão no peito. Ele estava com a mesma fantasia de todo ano.

Para sempre você. Where stories live. Discover now