79.

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Não espere o melhor do mundo, não fique desapontada...

Caio Souza.

— O que tá rolando com vocês e o Marcelo? —Paro na sua frente, ficando completamente sem reação. — O gato comeu a sua língua, Coringa?

— Não to te entendendo — suspiro abaixando o olhar. — não tem nada entre eu e esse maluco aí não, Mariana. Tá viajando? — ela solta uma risada irônica entrando para o banheiro e batendo a porta com força, fazendo o espelho do guarda roupa que ficava do lado da porta do banheiro, trincar no meio.

Suspiro irritado sentindo o ódio percorrer minha veia. Pego meu celular vendo uma mensagem do Matias.

"Viado, Mariana desconfiada.
18:15. "

"Eduardo tava no Seu João, foi embora agora.
18:40. "

"Seu João morreu, Coringa.
19:00. "

Sinto meus ombros tombarem pra trás.

É só bomba, atrás de bomba.

Me levanto colocando o celular no bolso da bermuda e vou até a porta do banheiro.

— Seu João morreu, Mariana. — Grito do lado de fora ouvindo o chuveiro desligar. — Tô descendo lá. — aviso já saindo do quarto e descendo a milhão pra doze.

Chego lá vendo os vapor tudo com os fusíveis na frente, passo por eles vendo o velho com uma corda no pescoço, sangue escorrendo e seu corpo espindurado. Na mesma sala, que á um mês atrás eu estava conversando com ele.

Solto um suspiro baixo olhando para os dois que tinham a cabeça baixa.

— Sabem de algo? — pergunto cruzando os braços.

— Eduardo tava aqui, hoje. Conversou com a Mariana e tudo. Me falaram! — Lucas diz e eu passo a mão na testa sacando tudo agora. — Qual foi?

— Ela tá sabendo de alguma coisa, não sei o que ele falou pra ela. — respondo. — Md, manda a Agnes ir lá pra casa.

Matias simplesmente sai calado sem falar nada e eu estranho olhando para o Lucas.

— Tá todo pra baixo, dizendo que deveria ter contato para a Mariana. — nego com a cabeça ficando quieto.

Independente de ser bandido. Matias é um moloque tranquilo de coração puro. Não tem família nenhuma, tá nessa desde cedo por obrigação, pra não morrer de fome. Mas não é o que ele quer.

— Avisei ela lá. — fala voltando. — manda os vapor enterrar?

— Eu falo, vai pra casa. — Lc diz e ele concorda. Lucas sai da casa e eu chamo o md com a cabeça saindo dali.

Descemos em silêncio e paramos em uma rua, sentando os dois na calçada.

— Tu nunca quis tá nessa. — começo. — tu sempre quis ser livre, viver sem medo, construir tua família. — olho para o céu. Eu entendia ele, era isso que eu queria também, mas não podia. — ce querer sair dessa, nois deixa. Não fazer mais parte dessa sujeira.

Matias me olha sério e vejo seu olhos brilharem.

— Ces é luz na minha vida, viado. Sério mermo, vocês são a família que eu nunca tive, ta ligado? — Md funga me fazendo sorrir de lado. — e eu dou a minha vida, pela de vocês, porque o que eu tenho no meu peito, é gratidão. Por tudo! — me fala sincero. — e me sinto honrado pra caralho por ter essa oportunidade mas não quero deixar vocês sozinhos na caminhada.

— É sua liberdade, Md. É pegar ou largar.

— Vou pensar. — ele fala abaixando a cabeça. — cabeça tá a mil hoje. — concordo.

— Tudo no seu tempo, irmão. — abraço ele de lado. — mas pensa com carinho po, ce é isso que você quer, pensa em ninguém não, pensa em tu. — ele concorda se levantando me esticando a mão.

— Valeu, Coringão. — nois da risada e eu me levanto. — agora vai ver tua branca, e avisa a Morena que tô em casa já.

— Po deixa. — fazemos nosso toque e ele desce, e eu subo. Indo para casa mais uma vez.

Abro a porta ouvindo as vozes das duas, passo direto para a cozinha abrindo a geladeira e pegando uma água bem gelada. Bebo quase um litro de uma vez e subo ás escadas dando de cara com as duas no corredor.

— Eai, Caio. — Agnes sorri de lado e eu faço um toque com ela.

— Fala tu, feia. — ela revira os olhos e eu rio. — Md mandou avisar que tá em casa já.

— Vou descer pra ver meu preto então. — responde fazendo a Mariana sorrir. — até amanhã, lindos! Boas noite. — fala mandando beijo e já descendo. Mariana vai atrás, trancando o portão e a porta. Entro no quarto, tirando o tênis e a camiseta me jogando na cama.

Ouço seus passos e ela entra no quarto, apagando a luz, deixando apenas a claridade da lua nos iluminar pela janela.
Mariana se deita ao meu lado.

— Me desculpa por hoje. — ela pede suspirando. — sei que não ando fácil de lidar, mas eu odeio que mintam para mim, Caio. Você sabe disso!

— Eu sei, Branca. — puxo seu corpo pequeno, fazendo sua cabeça se deitar no meu peito nu. — mas tem coisas, que a gente não sabendo, evita a gente se decepcionar e se machucar. —ela concorda.

— Agnes me contou tudo. — sinto um alívio. — acha que foi ele que matou o Seu João?

— Provavelmente... — passo as mãos em seu cabelo. — mas não vamos pensar nisso agora não, bagulho agora é nois. Nosso filho, batizado, o casamento. — sorrio e ela me olha sorrindo.

— Tô com uma ultrassom marcada para duas semanas depois do nosso casamento. — ela fala animada. — a doutora disse, que dependendo da posição do bebê já vai dar para ver o sexo.

— Porra amor, tô ansioso demais. — solto uma risada e ele ri. — tô sentindo que vai vir um meninão aí.

— Meu sonho. — ela fala passando a mão no meu peito. — mas vindo uma menina, seria ótimo também, o importante é vir com saúde.

— Lógico! — concordo e ela abraça meu corpo, me fazendo sentir sua respiração pesada na minha barriga. — Te amo, minha noiva. Dorme com Deus!

— Te amo meu futuro e eterno esposo. Dorme com ele também. — sorrio levantando meu pescoço e deixando um beijo na sua cabeça.

×××

Eu sou completamente apaixonada por esses dois.

Para sempre você. Where stories live. Discover now