78.

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O que te mata, são suas mentiras...

Mariana Lima.

— Volte sempre. — Sorrio para a senhora que sai com o gato no colo.

Olho para o relógio vendo marcar seis horas em ponto. Faço sinal para o Marcelo que entende e entro para a minha sala, arrumando tudo, tirando meu jaleco e fechando a sala. Fecho a clinica toda assim que o Marcelo sai e entro na casa da Carolinne que tava toda aberta.

Depois de amanhã já é o batizado.

Sim, tempo estava voando.

Caio andava mais estranho que o normal e se eu quisesse descobrir algo, teria que ser com o Matias, o fofoqueiro do bonde.

E adivinha a onde ele estava? Na Carol.

— Oi amores da minha vida. — vou até o carrinho vendo como eles já estavam grandes e fofos, as coisas mais lindas desse mundo inteiro.

— Nossa como você está carinhosa com a gente, branquela. — Md fala e eu me levanto olhando seria pra ele.

Ele sabia muito bem que eu tava atrás dele para saber do Caio. Mas simplesmente ignorou as minhas trinta mensagens e quinze chamadas.

— Era você mesmo que eu queria ver. — falo firme e ele ri nervoso dando a volta no sofá. — tá me ignorando por que?

— Qual foi da de vocês dois? — Carol pergunta segurando o riso. Corro atrás do Matias que dá a volta no sofá denovo.

— Caio e Matias está escondendo alguma coisa de mim, mas eu vou descobrir. — olho brava pra ele jogando uma almofada bem no meio da cara desse otario.

— Lc tá estranho também. — ela fala dando de ombros. — mas pelo menos tá me ajudando com as coisas.

— Eu também tô. — Matias fala e ela olha arqueando as sobrancelhas. — eu venho aqui todo dia.

— E da mais trabalho que os gêmeos. — ela responde me fazendo rir.

— Carol, qualquer coisa me chama viu? — falo referente a ajudar ela sábado.

— Tranquilo, amiga. — ela sorri de lado. — os bebês estão super tranquilos esses dias, tô conseguindo normalizar o sono. Lucas comprou as carnes, Seu Paulo vai assanhar, aí na comida temos que adiantar amanhã a noite.

— Amanhã eu venho pra cá, então. — ela concorda. — agora bora, Md... — olho para o lado não vendo ninguém. — que horas que ele saiu que eu não vi?

— Não faço a mínima ideia. — ela prende o riso.

— É Matteo, esse seu padrinho é todo atrapalhado. — falo pra ele que me olha com atenção chupando o dedinho. — gostoso da tia. — abaixo dando um beijo na bochecha fofa dele. — e você é a fofucha da Dinda. — dou um beijo na maite que solta uma risada gostosa fazendo a gente rir.

Eu amo tanto eles.

Olho para a Carol que tava toda boba, incrível como os dois é uma mistura perfeita dela e do Lucas.

— Vou indo. — abraço ela forte. — amanhã tô aqui!

— Obrigada, Mari! — ela me aperta. — manda um tapa para o viado do meu irmão. — concordo rindo. Pego minha bolsa no sofá e saio da casa dela indo para a minha apé mesmo, era pertinho.

De longe vejo o Lucas na boca, ando em passoa rápidos até ele parando na sua frente.

— Tá perdida, Mari? — me pergunta rindo e eu puxo ele. — vish, qual foi?

— Tô com um pressentimento ruim á semanas, Lucas. — confesso. — se tem algo acontecendo, esconde de mim não. — peço e ele suspira virando o boné.

— Não gosto de mentir pra tu, c sabe. — concordo esperando ele me contar algo que eu não sei. — mas não tô sabendo de nada não, Mariana. — bufo irritada. — é coisa da tua cabeça, gravidez faz isso.

Nego ficando quieta e dando as costas pra ele.

Odiava que as pessoas mentissem para mim. Mentira mata tudo e só prejudica, melhor contar, é bom que até evita alguma coisa ruim.

Subo a rua doze vendo o Marcelo sair da casa de um senhor, estranho logo mas nem falo nada, viro a cara afim dele não me ver, mas nem dá. Marcelo me nota fácil fácil.

— Mari, podemos conversar? — ele para na minha frente, suspiro cansada ajeitando a bolsa no meu ombro e cruzando os braços. — prometo não ocupar seu tempo.

— O que você está fazendo aqui? — pergunto na lata e ele respira fundo.

— Vim atrás de você.

— Atrás de mim? Por que? — pergunto confusa. Marcelo tinha meu telefone e sabia a onde eu trabalhava, se quisesse falar algo comigo, sabia fácil onde me encontrar. Não aqui. — Pera, como sabia que eu estaria aqui?

— Você me falou uma vez.

— Não. Nunca. — nego rapidamente.

— É que você não está lembrada...

— Não me taxa de doida. — me estresso e ele abaixa a cabeça. — começa a falar logo o que você quer, ou vai embora.

— Pedir desculpas. — Estranho. Tinha alguma coisa errada.

Percebo, que a casa que ele havia saído, não era uma casa qualquer. E sim, a cada do Seu João, senhor que o Coringa estava tendo contato a dias.

— De onde você conhece o Seu João, Marcelo? — sinto meu coração acelerar.

— Pergunta o seu noivo, Mari. — ele me olha com pena. — ele não está te contando muitas coisas.

Ele se vira, me deixando parada no meio da rua, sinto um nervoso inexplicável percorrer as minhas veias.

Subo para casa as pressas, abro a porta não vendo ele na sala, subo ás escadas vendo ele na varada fumando.

— Oi amor, passou na...

— Caio, vai tomar no seu cu. — Grito sentindo um alívio no corpo.

— Tá doida, Mariana? — ele fecha a cara jogando o baseado pela janela. — tá me xingando por que?

— O que tá rolando com vocês e o Marcelo? —Foi só eu perguntar. E o bonito simplesmente travar no lugar, não soube me responder nada, ficou calado. — O gato comeu a sua língua, Coringa?

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