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Família é tudo.

Mariana Lima.

- Tá ardendo demais. - ouço o Coringa resmungar pela décima vez e reviro os olhos colocando meus brincos. - Tá só a carne viva, Mariana. - me viro pra ele vendo o exagero que ele estava fazendo por conta de uns arranhõzinhos.

- Coloca essa merda logo, pra gente não se atrasar. - apresso ele já estando pronta. Enquanto o bonito ainda nem tinha vestido a roupa.

Desço as escadas indo para a cozinha e pegando as duas velas no armário, abrindo a geladeira e pegando o pequeno e simples bolo que eu havia comprado pra ele. Coloco as velas em cima, já acendendo com o isqueiro. Subo ás escadas com ele na mão voltando para o quarto.

- Parabéns, minha vidona. - Grito entrando no quarto fazendo ele se assustar e me olhar .- te amo muito muito. Você foi a melhor coisa que me aconteceu durante os meus vinte e quatro anos de vida. - me aproximo dele com o bolo na mão.

Caio ri negando com a cabeça e assoprando as velas, me fazendo rir.

- Obrigada. - ele me da um selinho pegando o bolo na mão. - Você é a melhor coisa que já me aconteceu, Mariana. - ele passa a mão no meu cabelo. - é pra comer agora?

- Quando a gente chegar, acha melhor não? - dou ideia e ele concorda colocando o bolo em cima da minha penteadeira que eu havia comprado a uma semana atrás.

Caio termina de se arrumar, e nós dois saímos juntos indo direto para a igreja católica, onde iria acontecer a missa e o batizo.

Ao chegar lá, todos já estavam. Os gêmeos mesmo, estavam as coisas mais lindas desse mundo.

- Ei lindao da tia. - brinco com meu fofão que sorri assim que me vê. - Bom dia a todos. - comprimento todos eles sorrindo que retribuem da mesma forma. - vem cá, boneca da Dinda. - pego a maite no colo que estava linda no vestido branco.

- Princesa da minha vida. - Caio beija a bochecha da afilhada.

Ficamos um pouco pelo lado de fora, e entramos assim que o padre chegou. E não demorou para a missa começar, logo após a missa o batizo começou. Duas semanas atrás fizemos o preparo, então todos já estavam a parte do que fazer.

Na hora de derramar a água na cabeça, Matteo esperneou e começou a chorar e fazer cara feia. Já a maite ficou quietinha, na maior paz do mundo.

- Filho, filho. O que foi aquilo? - Carol ri assim que saímos todos da igreja. Matteo já estava bem mais calmo agora no colo da mãe dele.

- Ces viu a cara de bravo que ele fez pro padre? Ave maria - Matias cai na risada fazendo o Matteo soltar uma gargalhada.

Coitado do meu sobrinho, vai ter um padrinho besta.

Subimos todo mundo pra casa da Carolinne, chegando lá. Colocamos as coisas que faltavam pra cozinhar, temperarmos o vinagrete e os homens já foram assar as carne.

- É muito bom ver todos felizes e com saúde. - Dona Vilma diz colocando as mãos no peito sorrindo. - meu peito se enche de alegria vendo vocês assim. Unidos! Como eu sempre sonhei, né Fátima?

- Com certeza. - Madrinha concorda emocionada. - temos que agradecer muito á Deus! - sorrimos e a Agnes abraça a mãe de lado. - só falta você, Dona Agnes. Para me dar um netinho logo.

- Meu sonho é ser mãe, confesso. - ela fala sorrindo. - mas só daqui uns dois á três anos ainda. Está cedo, eu e o Matias temos muito o que viver ainda antes de colocar Filho no mundo.

- Tá certa. - Carol apoia começando a fazer a maionese. - Filhos são uma benção de Deus, mas acaba com a nossa saúde mental e se a gente não se cuidar bem, acaba até com a física. - Ela fala e eu olho para os gêmeos que tinham uma carinha de anjo que só. Eles estavam no carrinho, na maior calmaria.

Fico calada, terminando de fazer o que eu já estava fazendo, apenas ouvindo elas conversarem sobre assuntos maternos entre outros. Tiro meu celular da bolsa vendo uma mensagem do Marcelo e reprimo os olhos sentindo raiva dele.

Marcelo se aproximou de mim para tentar tirar a vida das pessoas que amo, apenas por soberba e inveja, em algum momento da minha vida eu cheguei a acreditar que ele me faria bem, mas nessa situação de agora, só posso desejar o pior dele e sentir medo.

"Me perdoa. Nunca quis te machucar, Mari"

Leio a mensagem e bloqueio o contato. Guardo o celular novamente, voltando a prestar atenção nas mulheres.

- Vamos levar a comida lá para o fundo. - Carol fala já pegando uma panela. Ajudamos ela vendo os homens comendo carne e tomando cerveja.

Começamos a almoçar todos juntos, ouvindo pagode e fazendo brincadeiras com os bebês.

- Quando seu filho nascer, tu deixa eu ser o primeiro além do Coringão a pegar no colo? - Matias pede todo na fofura e eu dou risada.

- Deixo, Md chefe. - respondo e ele se levantando sambando e comemorando, chamando atenção dos gêmeos, que não entendiam nada do que estava acontecendo.

Eu e o Caio já conversamos, que os padrinhos do nosso filho será á Agnes e o Matias.

Ainda não contamos, vou esperar descobrir o sexo ainda para convidar eles á serem.

- Me senti mal agora. - Lc diz colocando a mão no peito. - Matias esta tendo favoritismo.

- Eu pedi primeiro, parceiro. Se contenta! - Md atenta se defendendo fazendo o Lucas negar rindo.

- Quando você estiver prestes a parir, vou aprontar uma com você. - Carol fala sorrindo de lado. - você me fez ter os meus filhos com a cara desenhada de batom.

- Culpe o seu irmão, Carol. A ideia foi toda dele. - Jogo a culpa para o meu noivo que nega rindo.

- Falando nisso, vamos cantar parabéns agora? - Agnes se levanta. Todos nós já tínhamos almoçado.

- Vamos sim. - Respondo me levantando também.

- Vou ir pegar as coisas. - Dona Vilma fala se levantando e indo para a cozinha.

- Vamos ajudar ela, querido. - Madrinha fala com o namorado que concorda indo com elas.

- Minha tia tá apaixonada mermo em, que isso. - Lucas fala olhando pra eles.

- O bom é que estão felizes, muito. - Agnes responde e eu concordo com ela.

Eles voltam com todas as coisas, o bolo do Caio e os doces.

Optamos por encomendar apenas um bolo, era mais vantagem.

- Parabéns pra você... - começo a cantar batendo palmas e ele me olha todo fofo e sem graça, se levantando e segurando o bolo.

A evolução do Caio, foi maravilhosa. Ele aprendeu a se controlar, a deixar a bipolaridade de lado e agir com a racionalidade.

- Bora, entrega esse primeiro pedaço pra mim vai, Coringão. - Md pede e o Caio revira os olhos colocando o bolo na mesa e cortando.

- O primeiro pedaço de bolo vai ser pra mim, que sou foda demais. - Caio fala já comendo fazendo todo mundo olhar pra ele desacreditado.

- Não acredito, Caio. - cruzo os braços.

- O que é meu é teu parceira. - ele dá de ombros. - considera que foi pra tu também.

Esquecem o que eu falei.

O Caio tem muito o que melhorar.

×××

Muito obrigada pelos 300K de leitura. Vocês são extremamente incríveis e sou grata por cada um que lê e acompanha a história! 🥺🤍

Para sempre você. Onde as histórias ganham vida. Descobre agora