Capítulo 1

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CAPÍTULO I

E então, já falou com aquele professor de windsurf de quem eu lhe falei?

- Falei! Ele até ficou de passar no meu quarto mais tarde.

Imagine só, ele disse que devemos tomar cuidado, parece que está com medo do sheik Rashid, um dos donos do hotel , que os funcionários de se enturmar com os hóspedes.

- E pelo jeito você está fazendo mais do que isso, não é?

- Mais, bem mais.

Sentada em uma mesa confortável desfrutando a vista da cobertura do Restaurante Mariana , Petra pôde ouvir perfeitamente a conversa das duas moças na mesa ao lado. Entretidas Com os

dotes sexuais do professor, as duas tinham acabado de se levantar da mesa. O chapéu de uma delas caíra no chão e Petra gentilmente abaixou-se para apanhá-lo.

Quando se afastaram , Petra sorriu liciosamente e para si murmurou:

- Muito obrigada! - Sem saber, as duas haviam acabado de lhe dar uma dica perfeita para conseguir o que ela mais queria nos últimos dias!

Levantou -se da mesa, cobriu os olhos ofuscados pelo sol com o

chapéu e acenou para o garçom .

- Por favor - disse quando ele se aproximou. - Você pode me dizer onde ficam os professores de windsurfe?

Meia hora mais tarde Petra tomava sol numa espreguiçadeira, cuidadosamente posicionada pelo atencioso funcionário de modo a poder admirar a estonteante vista, e de onde também podia, é claro, apreciar o professor de windsurf de quem ou vira falar no almoço. As moças tinham razão para tanto entusiasmo!

Petra conhecia bem aquele tipo de homem machista bronzeado e musculoso que julgava a si mesmo um presente dos deuses para o sexo feminino. Frequentara uma universidade americana e, desde que os pais morreram acidente quando dela tinha dezessete anos, seu padrinho, diplomata inglês aposentado, a levara diversas vezes para passear na Europa e na Austrália.

Mas este, em especial, era realmente um presente dos deuses! Ele bem que poderia , se quisesse, ganhar a vida como modelo de alguma grife de shorts e sungas, pensou Petra eu enquanto sentia um estranho calor dentro de si.

Mas à medida que prestava mais atenção nele, via -se forçada a admitir que ele tinha algo diferente, algo a mais.

O professor apanhava algumas pranchas de surf espalhadas na areia e, mesmo com a distância que os separava, Petra sentia a virilidade que aflorava daquele corpo. Admirava os músculos dos braços iluminados pelo sol e os cabelos negros e volumosos emaranhados pela brisa. Todas as mulheres da praia deviam estar olhando para ele, e quem sabe até suspirando do mesmo o jeito que ela. Ele era exata mente o que procurava. Quanto mais olhava para ele, mais se convencia disso .

Protegida pela distância que os separava, o seguia com os olhos compulsivamente.


Mais tarde, Petra voltou para sua luxuosa suíte com a cabeça fervilhando de ideais. Ao passar pelas lojas, parou um instante para admirar um artesão confeccionar habilidosamente uma peça de metal. Não era de admirar que o hotel fosse aclamado mundialmente.

A decoração aconchegante e ao extremo, os pátios internos repletos de flores, as inúmeras lojas chiques e Área de recreação Com atividades típicas região, o envolviam numa aura de magia estonteante. Da janela de sua suíte podia avistar um trecho da praia . O atraente professor de windsurf desaparecera no meio da tarde depois de embarcar numa lancha no cais, e a última imagem que ficara dele fora a sol brilhando em seus espessos cabelos.

UM CONTO ÁRABE Where stories live. Discover now