Grávida do Príncipe

Capítulo 05

POV. FELIPE

   — Deixa eu ver se eu entendi. — minha mãe comenta, andando de um lado para o outro. — Ela não quer ter nenhum relacionamento com você?

   — Yeah.

Ela suspirou fundo.

   — Você vai ter que dar um jeito de fazê-la aceitar se casar com você. Não quero ser a rainha má do conto de fadas. — ela murmurou. — Sabe que, sem esse casamento, seu pai vai fazer o possível e o impossível para que não tenha um "bastardo" na nossa família.

Concordei com a cabeça.

   — Aliás, por que mesmo você está mancando?

   — Estive brincando com umas crianças. Uma delas me acertou na canela. — resmunguei. — Mas Kristal me deu uma pomada. Já diminuiu o inchaço e o roxo.

Vi um sorriso brotar no rosto dela. Mamãe era enigmática. Eu nunca sabia o que passava pela cabeça dela.

   — Aliás, o que achou da moradia dela?

   — Horrível. Ela só têm uma cama e um armário no quarto minúsculo em que ela dorme. A cozinha e os banheiros parecem ser os únicos lugares bem aparelhados.

   — E a família dela?

   — Não sei quem é o pai. Ela não fala muito de sua família. Mas sua mãe parece não se envolver nas brigas das irmãs. Tanto que a irmã pegou o noivo dela.

   — Wow...

   — Bom, eu vou continuar visitando ela para entender como ela se sente ou como ela é. Mesmo que eu já tenha captado a essência dela.

   — Já que você já está com os planos em mente, vou indo. Temos apenas mais três semanas aqui antes de viajarmos de volta. — contou. — Tem até lá para convencê-la. Aliás, nada de entrevistas privadas. Tudo o que pode dizer é "estou entrando nos trilhos e pretendo me casar em breve". Nada de falar sobre a mulher, quem é, ou onde mora. E visite-a com algum disfarce. Os paparazzi vão transformar a vida pacata dela num inferno.

Concordei com tudo o que ela disse.

   — Aliás, quero me encontrar com ela no próximo domingo. Pode trazê-la para o hotel, se desejar.

   — Certo, mamãe. — murmurei, beijando a costa de sua mão. — Vou me retirar agora.

POV. KRISTAL

Os dias se passaram voando. Cada vez acompanhados de enjoos e mijadeira. Felipe me acompanhou por vários lugares quando o assunto era sobre nosso bebê. Comprou minhas vitaminas (mesmo eu afirmando que não era preciso) e sempre está me ligando. Toda a noite temos uma conversa rápida sobre o nosso dia.

   — Fujona dos 300! — ele murmurou ao me ver no restaurante. — Como têm se sentido?

   — Com muito sono. E você? O que deseja? — murmurei.

   — Minha mãe quer te conhecer. — ele diz e já fiquei na defensiva. — Sem relacionamento. Ela quer apenas saber sobre a gestação, como você está sendo cuidada, o que precisa... Essas coisas.

   — Espero que ela não seja do tipo conservadora que aceita filhos só apenas depois do casamento. — contei e ele sorriu.

   — Ela tem as vezes dela, fujona. — ele murmura. — Aliás, quero um lanche leve.

Registrei o pedido dele e levei para a cozinha. Ao voltar, ficamos conversando.

   — Já teve algum desejo? — ele pergunta.