Capítulo 12

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POV. KRISTAL

     — Oi, pessoal! Eu sou a tia Kris! Vou brincar muuuito com vocês! Espero que vamos nos divertir muito nesse lindo dia! Quem aqui gosta de brincar? — vi todas as cinco criancinhas levantarem as mãos. — Que bom! Eu amo!

Peguei um lençol fino que trouxe do meu quarto e enfiei algumas das pontas pela gola da minha camisa. Vi que sobrou alguns tecidos caídos e joguei na minha cabeça.

     — Eu sou a Feiticeira Kristal! E esse é o nosso grupo de aventureiros! — falei. — Todos prestem atenção no que vou dizer!

As crianças me olharam com um brilho animado nos olhos. Andamos pelos corredores enquanto eu falo com eles.

     — Era uma vez um rei e uma rainha que viviam felizes no Reino da Alegria. Eles tiveram uma linda princesinha que foi raptada por alguns monstros malvados que queriam ver todos no Reina da Alegria triste. Mas, surgiu um grupo de heróis que queriam impedir que as terras felizes e animadas do Reino da Alegria ficassem tristes. E vocês, pequeninos, são esses heróis! Ajudem a recuperar a princesa do Reino da Alegria e trazer a felicidades para todos!

    — SIIIM! — eles gritaram.

Enquanto andamos, um dos meninos se aproximou. Abri a porta do meu quarto e todos entraram.

    — Mas, tia, onde fica o lugar em que levaram a princesa? — ele fez uma cara de dúvida.

    — Oh, não! — fingi procurar algo. — Eu perdi o mapa! Como vamos achar o caminho certo?

    — E agora? A princesinha vai ficar triste e sozinha pra sempre? — uma menininha perguntou, segurando meu dedo.

    — Não, não! Temos que nos apresar para conseguir trazer a princesinha em segurança! Vamos em busca do mapa! — peguei meu celular e lhes mostrei uma foto. — Ele está dentro de uma garrafa como essa. Nos ajude a procura-la!

Todos se animaram pra correr em busca da tal garrafa que estava no meu quarto. Menos aquele primeiro menino se aproximou.

    — Tia, se você teve tempo de tirar uma foto da garrafa, por que não tirou a foto do mapa?

O encarei. Eita bichinho sabido! Revirei os olhos.

    — O mapa... Er... Eu...

    — EU ACHEI, "SEITICEIRA"!!! — outro menino gritou, animado.

    — Boa! Vamos ver...

Peguei a garrafa e tirei a folha de dentro. Eu me dei ao trabalho de jogar borra de café e queimar algumas pontas para dar um efeito mais realístico. Crianças não ligam muito, mas eu sim.

    — Oh, não... — fiz uma cara de preocupada. — Aqui diz que nosso primeiro passo é pegar a chave para abrir a prisão onde a princesa está. Só que, pra conseguir a chave, temos que buscar alguns objetos importantes para liberar a chave.

     — E o que são? — outra criança perguntou. Todos pareciam ansiosos.

    — Bem, temos a Estrela, que fica escondido na zona dos fantasmas. Tem o Mordedor que não gosta que entrem em seu território. Tem a Espada Divina que não quer que encontrem-na. Tem a Caixa de Surpresas que não sabemos a localização. E tem um MP3 que odeia o silêncio. Por qual querem começar?

Todos falaram um por cima do outro.

Fizemos votação e escolhemos procurar o Mordedor (que não é nada além de um jacaré de brinquedo que anda e "morde" ao ser controlado remotamente).

     — Tia, por que ele não gosta que a gente fica no "ter-risório" dele? — um menininho me perguntou, errando algumas palavras.

     — Bem, ele tem que proteger o lugar onde mora. Se uma pessoa estranha entra no lugar onde você mora do nada, você vai ficar com medo. Mas, se acalmem. Ele vira mansinho assim que encontrar um amigo que estenda a mão para ele e ele não morda. — falei.

Grávida do Príncipe Where stories live. Discover now