Felizmente, ou infelizmente, não vou a casa de Adrien. O convenço a fazermos o trabalho na biblioteca na sexta, porque 1. Félix não estará em casa na sexta e 2. Porque Félix faz atividades extracurriculares às sextas. Então, apenas por um acaso, posso encontrá-lo enquanto ando despretensiosamente pelos corredores da escola.
Essa é minha alternativa viável para aguentar uma tarde inteira com Adrien Agreste.
- Boa sorte - Alya diz pouco depois da sineta tocar, apertando meu ombro num gesto encorajador - Tente não matá-lo.
Eu assinto, mesmo tendo certeza de que o único que pode me matar é Adrien, junto com toda a frieza que ele tem.
Não vejo Adrien na saída então suponho que ele já está me esperando. Sigo para a biblioteca enquanto me arrasto pelos corredores, até que chego em uma porta dupla de madeira maciça.
Procuro Adrien entre prateleiras de biologia e química avançada, mas ele não parece estar em lugar nenhum, num instante tenho certeza de que ele me deu um bolo e quase agradeço por isso, mas acabo vendo algo parecido com ele nos fundos, em um lugar afastado e sem luz. Achei que combinava com ele.
A figura deita na cadeira com os coturnos pretos apoiados em cima da mesa (mau educado). Adrien tem uma revistinha em quadrinhos cobrindo o rosto, então não preciso ser tão inteligente pra saber que ele está dormindo.
Eu o cutuco com o dedo indicador, mas Adrien mal se mexe. Me pergunto que sonhos agradáveis devem estar fazendo-o dormir feito um bebê, talvez algo como aterrorizar criancinhas ou arruinar minhas chances de namorar o irmão dele, sabe... coisas que os vilões fazem.
- Adrien - eu o chamo, tirando a revista de sua cabeça - Temos que fazer o trabalho.
Dessa vez ele solta um murmúrio sonolento e abre os olhos devagar, com o cenho franzido. Não deixo de pensar que ele parecia um gato quando acordava. Um gato rabugento. Mas depois censuro minha cabeça por pensar tal atrocidade com os pobres gatos.
- O trabalho.
Ele assente com a cabeça. É aí que começamos a trabalhar.
* * *
Sabe estou começando a achar Adrien menos detestável, quer dizer, ele ainda é um idiota sem coração, mas não quer dizer que isso o faça menos inteligente. Ele é um bom líder também... eu acho.
- Muita informação para o segundo parágrafo, faça de novo.
Eu gostaria ainda mais dele se não agisse como um professor de escola militar, porque estou refazendo o mesmo parágrafo há umas duas horas, e ele não parece estar satisfeito com nada. Estou começando a sentir fome.
- Podemos parar por cinco minutos?
Eu peço humildemente.
- Não, se quisermos terminar isso logo.
Fico irritada porque Adrien nem olha na minha cara quando diz.
- Não quero ser estraga prazeres mas até os maiores estudiosos precisam de uma paus-
Meu estômago ronca. Bem alto.
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Rejeitados | MLB • Adrinette
Fanfiction[CONCLUÍDA] Marinette Dupain-Cheng está completamente apaixonada. Félix Agreste é seu príncipe encantado: doce, gentil e muito simpático. Completamente o oposto de seu irmão gêmeo Adrien, que parece ter saído de um filme de terror: completamente fr...
