A Seleção de Sebastian

Capítulo 17

Cap dedicado á @biamarques04

Boa Leitura xD

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Dou uma volta no seu quarto. Está coberto de estantes com livros e mais livros. Uma grande cama de casal, duas mesas-de-cabeceira, uma secretária e uma área de leitura, com um sofá e uma mesa de apoio. Duas portas.

O seu quarto é amplo e tão belo que até me esquecia da razão de estar aqui!

- Seb! - Ele volta-se para mim - O que é que está a acontecer? Porque é que se ouvem tiros, gritos, e porque é que corro risco?

- Neste momento está a acontecer um ataque rebelde!

- Ataque? Rebeldes?

- Oh, Rose... Não me digas que não sabes! - eu digo que não e ele parece bastante surpreendido - Desde sempre que o palácio é atacado pelos rebeldes, um grupo de pessoas revoltadas com o sistema de castas... O meu avô Maxon tentou retirá-las, mas morreu antes de conseguir... Infelizmente o meu pai não parece decidido a tomar o mesmo caminho que ele.

- E agora? Vou morrer? Vamos todos morrer! - Estou em pânico.

Ele coloca as mãos nos meus ombros.

- Aqui estamos salvos. Ultimamente os ataques têm intensificado, por isso o meu pai ordenou que criassem um sistema de segurança nos quartos da família real em que, durante os ataques, estes ficam trancados e só podem ser abertos de dentro para fora. Aqui não nos vai acontecer nada - Ele suspira, ao que eu resolvo perguntar sobre as outras pessoas do palácio - As Selecionadas estão com alguns guardas no esconderijo principal... As criadas estão espalhadas por esconderijos secundários, e os guardas estão à solta...

- Quanto tempo é que achas que isto vai demorar?

- Não sei - Ele está a andar de um lado para o outro, passando a mão no cabelo variadíssimas vezes. O que indica que está nervoso - Só sei é que os guardas estão lá fora a lutar pelas nossas vidas e eu cá dentro fechado. Sem fazer nada!

- Seb, é para o melhor. E se tu morresses? Como é que ficaria toda a Illéa? Como é que ficaria a tua família?!

- Sabes bem que ninguém notaria a diferença! - Ele olha para mim e agora está a gritar - Centenas de guardas estão a dar a vida por nós! Montes deles estão a morrer! Não me digas que não ficas minimamente incomodada?!

- Achas que não fico? - Agora estou a gritar, tal como ele estava - Achas que eu não me importo de ver as pessoas a morrerem? Então não sabes mesmo nada sobre mim. E para tua informação, tu é que estás a ser egoísta. - Ele parece incrédulo - Sim, centenas de guardas estão a morrer. Mas nenhum deles é o príncipe! Nenhum deles tem a função de animar e defender a população! Eles não têm esse dever, mas tu tens, e se tentares fugir disso estás a ser um covarde!

- Não adianta falar contigo - Ele volta a andar de um lado para o outro - mais valia nem teres vindo para aqui.

Quando ele diz isto, no seu tom de desprezo, eu não resisto.

- Pelo menos eu não ando a beijar raparigas e no dia a seguir, como se nada fosse, convido outra para sair!

Explodi. Teve de ser.

Mas ele não se deixa abater.

- Que ingénua, que tu és! Será que não percebeste que eu só convidei a Brenda para lhe pedir conselhos sobre ti?

O quê? Então era isto?

Só tenho pena de ele o ter dito com raiva, e não com suavidade.

- Mas deixa lá, isso agora não importa!