Three

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A fama é um vapor, a popularidade um acidente e a riqueza tem asas. Eterno mesmo, somente o caráter.

- Acorda! Um novo dia começou, e com ele, uma nova vida! - Louis berrava, enquanto minha cama sacudia violentamente.

- Você não tem casa não? - perguntei irritado, sem abrir os olhos.

- Não. - Louis respondeu simples, e pude notar a indiferença em sua voz. - Lembrando que eu estou tornando a sua vida um paraíso. Então não reclame - riu.

- Eu só gostaria de não ser acordado dessa maneira - resmunguei.

- Você é milionário, Harry, mas ainda precisa ir à escola.

- Escola. - suspirei pesadamente.

- Não quer testar sua popularidade? - A cama parou de balançar.

Abri meus olhos e Louis estava sentado na ponta, encarando suas unhas. Estranho.

- Estranho é você - rebateu, fazendo-me revirar os olhos - Com que cueca está agora? - perguntou de repente. Franzi o cenho, sentindo minhas bochechas esquentarem. - Deixe-me adivinhar. - Colocou a mão no queixo - Ursinhos carinhosos? - sorriu.

- Porque eu usaria isso? - perguntei incrédulo.

- Não sei.  É um desenho adorável, e você é adorável. - Ok, ele está mais estranho do que de costume, ou é impressão minha? - Qual é o problema tentar elogiar alguém? - perguntou confuso.

- Primeiro: você não pode ficar perguntando que cueca estou usando. Isso é muito, muito, estranho. Segundo: nunca diga que alguém é adorável. A maioria não gosta disso.

- Seu amigo Niall é adorável. Ele não gostaria de saber disso?

- Niall já está acostumado - dei de ombros. Ele realmente estava. Inclusive, usava isso á seu favor. - Como sabe sobre ele?

- Eu já mencionei que sei bastante sobre você? - Ele arqueou a sobrancelha.

- Já - murmurei - Agora, se me der licença, eu preciso me trocar.

- Ah, claro. - Se levantou e sumiu. Tudo num piscar de olhos.

- Eu sei que você ainda está aqui, Louis - revirei os olhos - Quero que saia do quarto.

Estou começando a achar que esse garoto é um tarado.

- Ser tarado é algo humano; então não, eu não sou. - Vi a porta do quarto sendo aberta e fechada logo em seguida.

Abri meu guarda-roupa e fiquei encarando todas aquelas peças, sem saber o que escolher. Ser estiloso não era bem a minha praia: que se resume a pegar o primeiro moletom que ver na frente, uma cueca que esteja limpa e meu costumeiro all star.

Optei por uma camiseta social branca, um suéter azul, calça jeans cinza - dobrando a barrinha - e coturnos marrom. Deixei meu cabelo ao natural, já que Jean me disse para parar de usar gel, e coloquei um chapéu panamá cinza, já que o tempo estava dando indícios de sol. Para completar, ao invés de meu óculos fundo de garrafa, optei por um ray ban.

Olhei-me novamente no espelho, gostando do resultado. Era daquele jeito que pessoas populares se vestiam, eu precisava seguir o curso.

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Meus pais me olharam confusos assim que adentrei a cozinha. Mamãe estava radiante, parecia ter luz própria.

- Que foi? - Roubei a torrada do prato do meu pai e enfiei tudo na boca ao ver que ele queria toma-la de volta.

- Você está bonito - mamãe sorriu - Não que não fosse antes. Mas é que antes você meio que... escondia - fez careta.

I wish (larry stylinson)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora