Fifteen

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Agora eu me sento na borda do telhado
Rua lamacenta abaixo da minha cabeça inchada
Tentando te esquecer
Mas nós nunca nos conhecemos

( Glory - Radical face)

Harry continuou olhando em volta, vasculhando toda a estrada e não encontrando nada mais. O desespero era crescente, juntamente com o aperto em seu coração.

Teria Louis fugido dele? Se cansado e, depois de tudo o que confessou, resolvido ir embora, pois ele o havia magoado?

- Louis?! - tornou a chamar. - Louis, me desculpa. Eu juro que não sabia. Eu... Me desculpa, por favor, por favor.

Nada.

- Vamos conversar. Louis? - insistiu. - Eu ... - parou e tentou pensar em algo convincente , e então uma ideia lhe venho a mente. - Louis, tenho um desejo a fazer. Apareça!

Ainda nada. Apenas o silêncio incomodo tomava conta da estrada em semi breu, e o frio ficava mais violento a cada minuto arrastado que se passava.

- Vamos, não pode me negar o desejo que me é de direito, mesmo que... mesmo que esteja magoado. - apelou. - Lou?! Louis, por favor!

Harry então percebeu que ele não apareceria e ficar falando com o nada seria inútil. Talvez o gênio aparecesse mais tarde, não é? Talvez precisasse apenas de um tempo sozinho, um tempo para pensar.

Foi com esse pensamento que o garoto - cabisbaixo ao extremo - voltou para casa.

Harry mal falou com seus pais, e na hora do jantar, sua comida ficou intocável. Sua atenção, desviada para tudo, exceto o presente.

Ele pensava no passado, no tempo que passou com Louis e em como ele mudou sua vida. Pensava no futuro, um futuro sem o gênio, um futuro que não lhe era palpável ou agradável.

Harry não se via nesse futuro. Não queria esse futuro.

Ele esperou. Esperou durante o resto da noite e o inicio da madrugada pelo gênio, mas nada dele aparecer.

Algo dentro de Harry dizia que ele não iria voltar. Que havia partido para o próximo amo e assim seguiria enquanto precisasse, sem se importar com o garoto de cachos e olhos verdes que ele tanto ajudou. Que ele fez feliz, mesmo que, tolo demais, tenha demorado pra perceber.

Agora o havia perdido para sempre.

Harry, encolhido feito uma criança em sua cama, chorou baixinho, desejando a presença dele novamente.

Harry o amava como ele o amava?

Essa pergunta ficou sem resposta, pois o sono logo lhe contemplou, o refugiando de toda a dor, desgosto e confusão que ele estava sentindo.

Mas também o fazendo se esquecer, pois era assim - e somente assim - que tudo deveria ser.

(...)

- Acorda, Curly!

Um berro, extremamente fino e alto, fez Harry se sentar na cama assustado. Ele bufou irritado ao ver Liam e Niall quase rolando no chão de tanto rirem.

- Que merda, cara. - resmungou, massageando as orelhas. - O que fazem aqui?

- Sete da manhã. Inferno. Essas palavras te lembram alguma coisa? - Niall perguntou, enquanto fuçava em coisas aleatórias do quarto do amigo.

- Escola. - o mais novo gemeu frustradamente, voltando a se deitar. - Eu ainda tenho uma hora.

- Ah, nada disso. - Liam puxou seu edredom. - Você ainda precisa se arrumar...

I wish (larry stylinson)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora