Twenty Six

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Pode ser que estejamos todos a mercê do destino, nada mais do que marionetes. Pode ser que nossa história inteira já esteja escrita e tudo o que precisamos fazer é ser os protagonistas desse grande filme chamado vida. Aquele protagonista que sofre, ama, odeia. Aquele que espera que seu: ''no fim, tudo fica bem'' aconteça.

É claro que no fim tudo fica bem, porque o fim é a morte.

Mas antes do fim, todos esperamos o limite do céu depois de um longo percurso do chão até o topo.

Seja lá como for, Louis estava começando a acreditar que o destino tivera uma porcentagem de culpa naquilo tudo.

Era loucura, mas ele gostava de pensar que estava destinado a conhecer Harry. Se apaixonar por ele. Ser renegado e preso numa lâmpada mágica por sentir. Harry estava destinado a esquecê-lo; a descobrir seus sentimentos. Tarde demais. Então ele estaria destinado a morrer. Louis, a salvá-lo.

Os seres sobrenaturais de planos, mundos, extensões - chame como quiser - paralelos, acham que o amor é algo perigoso, mas isso só porque não lhes é palpável, porque não o sentem, e, consequentemente, não podem controlá-lo. Eles não podiam permitir que aquele gênio criasse e cultivasse tamanho sentimento para com um mortal; não podiam arriscar o curso natural do mundo e tudo o que o compõe. Não por um sentimento tão fútil.

De que importa a felicidade dele quando milhões de pessoas no mundo ainda não haviam conseguido a sua? Porque ele seria tão importante a ponto de poder amar um mortal sem consequências?  Ele devia ficar como estava; devia seguir seu oficio. Mas teimou, se apaixonou. Precisava pagar! O futuro de tudo estaria em jogo se aquele sentimento seguisse adiante.

Oh, pobres estúpidos.

Achavam que o amor era perigoso.

Mas como podiam saber? Eram totalmente ignorantes no que se dizia respeito os sentimentos humanos. Podem ter criado genios, fadas, duendes e todo o tipo de criatura estranha que você puder imaginar, mas não haviam criado os seres humanos. Não os conheciam de verdade.

Então o conselho secreto - desconhecido por todas as criaturas que vivem na terra - se juntou. No fim, a maioria votou por matar o garoto. Um terrível erro.

Pensaram que - talvez assim - Louis finalmente se desse conta do que realmente era. Seria obrigado a continuar seu oficio, a esquecer aquele amor. Com Harry morto, tudo ficaria nos trilhos novamente.

Eles não contavam com a astúcia do garoto que em seu ultimo minuto de vida desejou a liberdade do gênio. Com Louis humano, os seres não podiam fazer mais nada. Já não tinham mais poder ou influência sob ele.

Louis agora era como qualquer outro ser humano.

Foi então - apenas alguns minutos depois da morte de Harry - que os seres conheceram o poder do amor. Foi quando Louis trouxe o garoto de volta a vida.

Era estritamente impossível um gênio trazer mortos de volta à vida. Louis havia conseguido. Sua vontade era tanta, o sentimento - queimando em cada centímetro de seu corpo - tão forte, que ele foi capaz de trazer Harry de volta. Trazê-lo para si, como deveria ser.

Então, o mestre dos genios - apenas um dos que faziam parte da suprema corte dos seres sobrenaturais -, com o tão conhecido estalar de dedos, fez com que todos os amos ainda vivos  de Louis, exceto Harry, se esquecessem dele, do que foi e como influenciou suas vidas.

Se o vissem algum dia, Louis não passaria de mais uma pessoa na multidão.

Como deveria ser.

[...]

I wish (larry stylinson)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora