Capítulo 16

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Ao capítulo...


* * *  



A vida vale qualquer preço? Téo tinha ficado ligeiramente intrigado com a minha pergunta, mas como o belo cavalheiro que é, limitou-se a responder e não se intrometeu quanto aos meus motivos. "Depende, lindinha. Acho que não tenho o material necessário para responder isso, mas, mesmo assim, posso dizer que não faria qualquer coisa apenas para sobreviver. A vida vai muito além de apenas estar vivo, entende? Não gostaria de carregar determinados pesos durante minha estadia na Terra." E a minha resposta para ele foi o sono. Credo! Gostaria de ter elogiado os seus argumentos, de ter dito o quanto suas palavras eram importantes para mim neste momento, mas a única coisa que ele deve ter ouvido foi o meu ronco.

Será que eu ronco?!

Quando acordei, bastante revigorada, diga-se de passagem, (talvez tenha sido o sonho com aquela ótima música cantada por ele), peguei o espelho automaticamente.

Não me preparei para dormir. O sono simplesmente tinha me dominado e quando despertei era como se tivesse deixado Téo falando sozinho. Fiquei tomada de culpa. E se não conseguíssemos nos falar novamente?

E encontrei algo inusitado. Téo estava acordado, sentado em frente ao espelho, lendo um livro.

— Ei... Você não sente sono? É uma das características dos peregrinos? – brinquei com ele e notei seus olhos pesados subindo para me olhar.

— Tenho muita coisa para pesquisar. – pretendia repreendê-lo, mas Téo foi mais rápido. — E não sabia quando teria a oportunidade de vê-la dormir ou de falar com você novamente, então, não quis arriscar. – cruzei os braços e o encarei.

— Téo... Desse jeito eu não vou mais querer falar...  – ele me interrompeu.

— Por favor, lindinha. Não brigue comigo. Prometo que não farei isso de novo. – ele estendeu as mãos para que eu visse que não cruzava os dedos. — Agora, por que não me diz o motivo daquela pergunta. Sei que não devia perguntar. Estou me torturando internamente por tê-lo feito, mas isso pode ser importante para nos ajudar.

— Eu não sei se posso falar. Algumas pessoas costumam ser muito severas quando alguém descumpre suas regras. – ele arqueou as sobrancelhas e colocou o livro de lado.

— Alguém te machucou? Diga-me. Encostaram o dedo em você?

— Além do dardo? – abaixei os olhos porque as lembranças me maltratavam.

— Desculpe. – um silêncio se instalou entre nós. — Eu acho que a vida não vale qualquer preço, lindinha. Não vale a sua infelicidade, mas também acho que você deve lutar até o final, até que ainda exista apenas um fiapo de esperança. Se você não concorda com determinadas coisas, tente sair pela tangente. Às vezes não vale a pena tentar mudar algo, mas criar uma alternativa a isto, ok?

— Eu ainda tenho um fiapo de esperança. – falei enquanto pensava.

Tinha duas propostas, uma de Maya e outra de Giordana. Como já tinha elaborado meu raciocínio, ao lado de Maya estava vovó que não queria que eu renunciasse e isso lhe dava bastante vantagem. Entretanto, será que vovó concordaria mesmo sabendo que eu teria que deixar as pessoas que amo morrerem para manter essa promessa? Será que ela mesma tinha feito isso?

Vovó tinha feito questão de me deixar vários avisos sobre a herança, tinha pedido a minha mãe que me contasse e eu fiquei triste ao ver seu último desejo sendo negado. Seria capaz de negar também?!

A Maldição Gricem (Livro 2 - Saga A Herdeira)Nơi câu chuyện tồn tại. Hãy khám phá bây giờ