32° capítulo

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"Eu não te odeioNão, eu não poderia, nem se eu quisesseEu só odeio toda a dor pela qual você me fez passar"Wrong Direction - Hailee Steinfeld

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"Eu não te odeio
Não, eu não poderia, nem se eu quisesse
Eu só odeio toda a dor pela qual você me fez passar"
Wrong Direction - Hailee Steinfeld

O Uber para na porta de minha casa minutos depois. Igor paga e agradece o motorista enquanto contorna o carro até o outro lado para me ajudar a sair.

Ele me pega no colo de novo e caminha até a porta. Eu o impeço quando o mesmo está prestes a tocar a campainha e faço uma manobra para abri-la, desejando que minha mãe não esteja em casa.

Tudo está silencioso quando Igor me coloca sentada no sofá. Estico minha perna em cima do aparador e ele se senta ao meu lado.

Chamo a minha mãe, mas a mesma não responde.

— Eu ainda acho que deveríamos ir ao hospital, Luisa — ele repete pela milésima vez, enquanto analisa minha perna.

Não está mais doendo tanto, mas os relados continuam ardendo. Aparentemente, o problema todo foi eu ter batido o joelho na queda.

— Prometo que se amanhecer pior eu vou, Igor. — Dou um meio sorriso, tentando aliviar sua expressão de culpa.

E foi sua culpa mesmo. Ele prometeu não me soltar.

Igor passa a mão delicadamente pelo meu rosto e dá um beijo em minha bochecha, carinhosamente.

Escutamos alguém pigarrear e ele se afasta. Quando olho para frente, encontro minha mãe e meu pai.

Ele está de braços cruzados, direcionando um olhar ameaçador para Igor, mas meu sorriso é enorme em vê-lo.

— Pai. Ai! — Firmo o corpo com a perna machucada, tentando ir até ele, mas paro no segundo seguinte quando a dor toma conta de mim. — Você voltou?

Igor me puxa novamente para o sofá pedindo que eu tenha cuidado e meus pais vêm até mim, preocupados.

— O que você fez com a minha filha? — vocifera, se ajoelhando em minha frente para olhar a perna.

— Ele não fez nada, pai. — O tranquilizo, pousando minha mão em cima da de Igor. Sei que ele tem um pouquinho de medo do meu pai. — Eu caí de bicicleta.

— Mas você não sabe andar de bicicleta! — A voz de minha mãe sai esganiçada.

Reviro os olhos.

— Foi por isso que cai, mãe.

— Você tá sentindo alguma dor? — Meu pai aperta um ponto do meu joelho que me faz soltar um grunhido. — Quer que eu te leve pro hospital? Por quê não levou ela pro hospital?

Ele semicerra os olhos para Igor e o mesmo dá de ombros, se encolhendo no sofá.

— Eu tentei!

— Tá tudo bem, foi só uns arranhões e acho que bati o joelho, por isso a dor. Mas porque o papai tá aqui? — pergunto para minha mãe e depois abro um sorriso para meu pai. — Você voltou pra casa?

Como não se apaixonar Where stories live. Discover now