19° Capítulo

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Acordar cedo e bem disposta nunca foi meu forte, mas por incrível que pareça, mesmo eu tendo ido dormir de madrugada, eu não estava irritada com minha avó e com Mag por me acordar às nove da manhã para ir fazer compras de natal

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Acordar cedo e bem disposta nunca foi meu forte, mas por incrível que pareça, mesmo eu tendo ido dormir de madrugada, eu não estava irritada com minha avó e com Mag por me acordar às nove da manhã para ir fazer compras de natal.

Poderia dizer até que estava feliz. Com o coração mais leve, como se um peso tivesse sido tirado de mim.

E odeio ter que admitir, mas a conversa com o Rafael tinha sido realmente boa para nós dois e até tinha me deixado menos insegura em relação a ele.

No começo da conversa, não foi fácil de aceitar que estava realmente falando com ele ao telefone. Não foi fácil de aceitar que eu estava quebrando um conjunto de regras só para ajudar ele. Logo ele.

Não foi fácil lutar contra meus pensamentos que me fazia lembrar do que ele fez comigo. Meu cérebro dizia pra eu o ignorar, que eu não tinha nenhuma obrigação de o ajudar, mas uma voz dentro de mim, conseguiu falar mais alto e eu não consegui evitar compartilhar a dor dele. Uma separação dos pais não deve ser fácil para ninguém e se eu tivesse em uma situação assim, eu também iria querer ajuda de alguém. Embora esse alguém nunca seria ele.

Confesso que uma pontada de insegurança insistia em fazer meu peito doer, sem saber como seria hoje, como ele reagiria em me ver, se ele mandaria mensagem, se ele me ligaria de novo ou se ao menos ele iria falar comigo decentemente.

Eu realmente não deveria estar me importando com isto.

Mas é mais forte que eu.

De segundo em segundo eu olhava para a tela do celular, esperando por uma mensagem sua ou qualquer sinal que fosse, mas nada. Minha bateria já dava seus últimos sinais de vida quando olhei para a tela pela última vez, desligando os dados móveis para que ela durasse por mais um tempo.

— Tá tudo bem? — Igor perguntou, sentado ao meu lado na mesa da praça de alimentação do shopping. Onde esperávamos minha avó, impacientes. — Você não para de olhar para o celular.

— Ah. Não, tá tudo bem sim — respondi sorrindo sem jeito, guardando o celular novamente na bolsa.

— Sabe — Mag começou, enfiando mais um punhado de Chips na boca. —, você tá muito estranha hoje. Acordou muito alegre, tá sorrindo pra todo mundo. Algo de errado não está certo.

— É verdade. — Jasmim se intrometeu, lambendo seu sorvete, vez ou outra. — Ela até pagou sorvete pra mim com o dinheiro dela! — ela exclamou, como se fosse um milagre divino.

— Eu sempre pago tudo pra você, pirralha mal agradecida — esbravejei, bagunçando os cabelos dela.

— Olha, não te conheço bem e não sei como você é todos os dias. Mas acho que você deveria sorrir mais. — Foi a vez de Igor dizer. — Você fica ainda mais linda assim.

Como não se apaixonar Where stories live. Discover now