15° Capítulo

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"E eu sei que isso já é passadoE aquela magia não está mais aquiE eu poderia estar bemMas eu não estou completamente"Taylor Swift - All Too Well

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"E eu sei que isso já é passado
E aquela magia não está mais aqui
E eu poderia estar bem
Mas eu não estou completamente"
Taylor Swift - All Too Well

Meu coração ainda batia acelerado quando cheguei em frente a minha casa, com as pernas ainda trêmulas e a boca seca.  Andei tão depressa para não ter que ficar perto daqueles dois, que quando parei, senti uma dor forte no peito e uma tremenda falta de ar, devido ao meu sedentarismo.

Escorei a cabeça no muro, e a imagem de Igor e Mag se beijando voltou a minha mente e juro que senti vontade de vomitar.
Odiava me sentir assim, impotente. Isso acontecia muito quando eu ainda tinha um relacionamento com Rafael. Odiava quando ele me causava essas crises, e me odeio por sentir isso agora porque me faz pensar nele.

Fiquei enrolando por minutos até entrar em casa de vez, pois sabia que no momento que eu colocasse meus pés lá dentro, uma chuva de perguntas cairiam sobre mim por Igor não ter voltado comigo.

Suspirei antes de enfiar a chave na fechadura e abrir a porta, logo em seguida entrando.

Como esperado, todos me olharam com olhos de corujas curiosos, como se já esperassem pelo momento em que eu chegaria.

Franzi o cenho e cruzei os braços, esperando qual deles encheria meu saco primeiro.

— Cadê o Igor? — Minha avó perguntou, depois de constatar que ninguém mais passaria pela porta.

— Não veio — disse dando de ombros e já fazendo o caminho para meu quarto, até ouvir minha mãe interromper meus passos com um alto pigarreio.

— O que aconteceu lá? — ela questionou. — Por que essa cara de bunda? — Ele deitou a cabeça sobre o braço de meu pai.

— Essa é a única cara que tenho mãe. Uma mistura sua e da do meu pai. — Minha voz saiu mais irritada do que eu esperava. — Vou deixar vocês decidirem aí de quem puxei a cara de bunda!

— Luisa! Já disse pra você respeitar sua mãe — meu pai me repreendeu, bravo.

— Como quiser. — Revirei os olhos vendo minha mãe me observar com cautela. — Eu vou para meu quarto.

— Desde quando você passou a ser essa menina malcriada? — perguntou minha avó, com um tom de ironia me fazendo parar no meio do caminho.

Suspirei fundo e contei até dez, para não descontar a raiva que estava sentindo nela. Minha vó é uma chata de galocha, mas eu não queria ter que tratá-la mal por algo que a mesma não tinha nada a ver.

Se bem que ela tem sim!

Afinal foi ela que trouxe Igor até aqui.

Quando pensei em dar um sorriso cínico e um pedido de desculpas mais cínico ainda, a porta se abriu e todos olhamos em direção a ela, esperando por quem quer que fosse.

Como não se apaixonar Where stories live. Discover now