8° Capítulo

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"Bem no alto ou bem lá embaixoQuando você está muito apaixonado para esquecerMas se você nunca tentar, você nunca saberáO quanto você vale"

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"Bem no alto ou bem lá embaixo
Quando você está muito apaixonado para esquecer
Mas se você nunca tentar, você nunca saberá
O quanto você vale"

Coldplay - Fix You

Eu aperto a maçaneta e engulo em seco, quando recebo um sorrisinho irônico de Rafael. Sinto minhas bochechas esquentarem quando seu olhar desce por todo meu corpo descaradamente, parando em minhas pernas descobertas. Ele esboça agora um sorriso bem pervertido, me encarando nos olhos. Sinto minhas pernas bambearem quando lembro do nosso maldito beijo do maldito sonho.

— Bom dia. — Rafael estica sua mão para me cumprimentar, forçando uma educação que ele não tem.

— O que você está fazendo aqui?

— Nossa, que educada — ironiza, depois de ver que não faço menção alguma de apertar sua mão. — Dormiu comigo?

Não, sonhei contigo.

— Diz logo o que você quer aqui, idiota — ordeno, sem um pingo de paciência para aturar suas brincadeiras a esta hora da manhã.

Antes que Rafael possa me responder, minha mãe surge atrás de mim. Ela vai até ele o puxando para um abraço.

— Como você está? Falávamos de você agora a pouco. — Ela continua, sem o dar tempo de responder. — Esta é a Luisa, a minha filha mais velha que mencionei aquele dia. — Minha mãe me coloca na frente de seu corpo, me deixando cara a cara com Rafael que se segura para não soltar uma risada da situação.

— É um prazer conhecê-la. — Ela puxa minha mão sem que eu consiga impedir e deixa um beijo no dorso da mesma.

Concordo com um sorriso forçado, vendo minha mãe sorrir de orelha a orelha. Eu limpo minha mão no tecido do short descaradamente e ganho um beliscão em minha costela, me fazendo dar um pulinho, por ser pega de surpresa.

— É ele quem vai dar aulas à sua irmã — ela cochicha em meu ouvido.

— Ele? — pergunto, sem conseguir esconder meu tom de reprovação. — Não, não, não!

Era só o que me faltava.

— Qual o problema? Vocês já se conhecem? — questiona. — Claro, vocês estudaram na mesma escola! — Ela liga os pontos, empolgada.

— Nos conhecemos de vista! — Rafael se apressa em dizer.

Como ele consegue ser tão cínico?

— Ah, que pena... — Seus ombros murcham. — Mas vamos, entre.

Dou um passo para trás me desequilibrando, quando minha mãe me empurra para o lado para que Rafael possa entrar, indicando o caminho até a sala. Minha mãe fecha a porta e quando vê que Rafael está em uma distância razoável de nós, comenta:

Como não se apaixonar Where stories live. Discover now