25° capítulo

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"Primeiro, quando te vejo chorarMe dá vontade de sorrir, sim, me dá vontade de sorrirNo pior dos casos, me sinto mal por um momentoMas de novo logo sorrioSigo adiante e sorrio"Lily Allen - Smile

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"Primeiro, quando te vejo chorar
Me dá vontade de sorrir, sim, me dá vontade de sorrir
No pior dos casos, me sinto mal por um momento
Mas de novo logo sorrio
Sigo adiante e sorrio"
Lily Allen - Smile


Magda aperta seus braços com força em minha volta e quanto mais ela me aperta, mais sinto a dor se esvair de mim. Eu suspiro fundo me sentindo mais leve. Se eu soubesse que desabafar com ela me causaria este alívio, eu teria feito antes como Marcos me aconselhou tantas vezes.

Mag suspira fundo quando finalmente me solta. Os seus olhos estão marejados e aparentemente tristes.

Ela coloca uma mecha solta de minha franja atrás da orelha e enxuga os resquícios de lágrimas pela minha bochecha.

— Me desculpa por não saber o que dizer pra fazer você se sentir melhor. — Ela bufa, angustiada. — Você sabe que eu sempre tenho frases motivacionais que recebo da minha avó no WhatsApp, mas tem uma semana que ela tá sem internet, então...

Solto um riso abafado, limpando o cantinho dos olhos todo borrado de rímel.

— Eu já me sinto bem melhor só de ter colocado tudo isso pra fora, Mag. — Solto todo ar dos meus pulmões. O meu peito não dói mais. — Anos guardando tudo isso dentro de mim, parece que sempre vivi com um nó entalado na garganta e com vontade de chorar toda vez que alguém me perguntava se eu estava bem, mas agora eu realmente me sinto melhor.

— Eu nunca pensei que o Rafael fosse assim. Tudo bem que nunca falei muito com ele, mas o Digui falava com tanta admiração dele, que ele parecia até um super-herói!

Rio de sua piada.

Rafael super-herói, ah tá!

— Sério, nunca imaginei que ele era assim! — Ela nega, incrédula. — Argh, a vontade que tenho é de acabar com a raça dele! — Magda diz entredentes, apertando as mãos com fúria, como se o pescoço de Rafael tivesse em sua frente. — Tenho vontade de arrastar a cara dele no asfalto quente! De arrancar as bolas dele com minhas próprias mãos! Como é que ele teve coragem de fazer isso com você?

Mag bufa, furiosa.

— Eu iria amar ver você fazendo isso!

Magda me encara, seu peito subindo e descendo rapidamente.

— Hum, por que não? — Ela bate o indicador contra os lábios e logo um sorriso perverso toma conta deles. — Vem comigo, Luisa! 

Ela se levanta depressa do sofá, calçando seus chinelos e andando em direção à porta. Eu a olho confusa, sem entender o que ela quis dizer. 

— Vai ficar aí parada me olhando com essa cara de mosca-morta? — pergunta, tombando a cabeça para o lado e escancarando a porta. Ela aponta com a cabeça para fora e logo saí, me deixando ainda mais confusa.

Como não se apaixonar Where stories live. Discover now