2. Horror

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Senti aquela mão tocar minha intimidade e  descer até minha entrada por cima da calça, tentei fechar minhas pernas mas parecia impossível, parecia haver uma força maligna que me impedia de fazer qualquer coisa.

Meu peito subia e descia rapidamente, o cheiro de perfume masculino entrou em meu nariz conforme o vento adentrou pela janela.

Tentei gritar mas não conseguiria fazer isso, eu estava paralisada e minha voz parecia não querer sair.
Uma mão gélida e pálida tapou minha boca com força, fechei os olhos com medo de ver o que estava ao lado da minha cama.

Lentamente, um peso sobre o meu corpo se instalou, senti que havia alguém em cima de mim, com o corpo pressionado contra o meu.

— hummmm – murmurei contra a mão sobre minha boca.

O pavor tomou conta de mim quando eu senti minhas calças serem abaixadas brutalmente, assim que abri meus olhos, me arrependi imediatamente de ter o feito.

Uma criatura em forma humana mas horripilante me encarou, seus olhos eram fundos e pretos, sua pele pálida mostravam algumas fissuras e hematomas, seu nariz e boca eram horríveis.

Tentei gritar mas seu aperto em minha boca foi maior, senti que se fosse usado mais força poderia quebrar meu maxilar.

O que estava acontecendo ?

Meu corpo estava trêmulo, eu não conseguia me mover com o corpo dessa coisa sobre o meu.

Senti algo duro e gélido como ferro me adentrar me causando uma dor horrível, meus olhos transbordavam de lágrimas de desespero.

A criatura começou a se movimentar sobre mim me causando um grande desconforto, eu só queria sair daqui correndo.

Senti a sua respiração alta e grunidos estridentes em meu pescoço, eu estava imóvel, apenas chorando e temendo como uma vara verde.

Seus sons eram horríveis, parecia um bicho, esses barulhos adentravam meu ouvido me fazendo chorar ainda mais.

Eu quero acordar desse pesadelo, estava doendo tanto.

— Shhhh – ouvi em meu ouvido – Aahh – uma voz grossa e baixa disse.

Senti a criatura esquentar, agora seu corpo até seu membro estavam quentes, meus olhos se abriram revelando uma cabeça diferente da que vi a uns segundos atrás.

A forma bizarra que estava sobre mim, agora se encontrava totalmente mudada, agora tinha forma humana.

Um homem de cabelos negros, com o corpo esculpido por tatuagens, uma barba feita e o cabelo arrumado.

Seus olhos encontraram os meus e eu não pude deixar de me assustar.

Era um homem.

Um homem de verdade.

Seus movimentos foram ficando mais intensos e rápidos, a dor só aumentava e eu chorava ainda mais.

Senti um líquido gelado dentro de mim e de repente meu corpo ser desligado totalmente.

{...}

Abri os olhos assustada, olhei em volta e encontrei tudo normal.
Minha cabeça doía como o inferno, assim que levantei senti a dor entre minhas pernas.

Não tinha sido um sonho, foi tudo real.

Corri até o banheiro e me olhei no espelho, na minha mandíbula havia uma marca bem fraca de dedos o que me garantiu de que não havia sido um pesadelo.

Tirei toda minha roupa e quando olhei para minha calcinha, havia uma pequena mancha de sangue.

O desespero tomou conta de mim, o que havia acontecido ?

Entrei na banheira e tomei um banho, a sensação de fraqueza e impotência me dominavam, eu estava com medo.

— Filha ? – ouvi minha mãe me chamar.

Limpei as lágrimas e gritei:

— Já desço !

Sai do banho e coloquei uma roupa, estava disposta a fazer algo em relação a isso, eu não podia ficar quieta.

Passei uma make leve pra disfarçar o vermelho em meu rosto, desci e encontrei meus pais na mesa do café.

— Deve ter se divertido ontem, não é ? – minha mãe falou e meu pai me olhou com a xícara em mãos.

— Porque pensa isso ? – disse.

— Não sei, achei que tinha saído com o Antônio – minha mãe me lembrou que eu tinha outro problema.

— Não, sai com a Kourty.

— O que fizeram ? – meu pai Perguntou.

— Nada demais – mordi a torrada – Como foi ontem ?

Meu pai sorriu e eu rolei os olhos.

— Me poupem dos detalhes – levantei.

— Onde você vai ? Nem tomou café direito Claire – meu pai disse.

— Vou falar com a Kourty.

Peguei meu casaco e sai, liguei pra ela me encontrar em outro lugar mas ela não me atendeu.

— Droga Kourty.

Tinha que conversar com ela, ao menos perguntar, eu estava aflita e eu sei que ela me ajudaria.

Eles não vão acreditar em você.

Olhei para os lados procurando de onde veio essa voz mas estava sozinha, não havia ninguém na calçada, nem nas ruas.




A cena foi baseado em fatos reais pessoal, apenas mudei alguns detalhes, mas foi bem real e pior mas não coloquei Aqui, ainda.

Espero que gostem, não esqueçam de votar e comentar, muito obrigada pelo apoio ! 💕😍💕😍

Incubus | Z.M.Where stories live. Discover now