24. another bad dream

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CLAIRE

Eu não queria que nada de ruim tivesse acontecido com Violet, mas lá no fundo, meu coração temia pelo pior.

—Onde está Violet ? —Perguntei-lhe sem ao menos compreender que usualmente não era responsabilidade dela saber onde os alunos estavam em seus dias com os familiares.

—Senhorita, eu preciso que se acalme. —Ela respondeu e eu me dei conta de como tinha falado com a senhora McNeyld.

—Me desculpe, eu... Eu não quis ser rude mas sabe onde Violet está ?

—Eu sinto muito mas logo vão vir até aqui, preciso que a senhorita fique em outro dormitório que já preparei pra você.

—O que ? Quem vira aqui ? Onde ela está senhora McNeyld ?

—Ela sofreu um acidente junto com seus pais, Violet e sua mãe não sobreviveram, seu pai está em coma. —Ela me olhou.

—Não ! —Disse com as lágrimas a beira de desabar pelos meus olhos —Não é verdade, eu...

—Sinto muito, preciso que se retire urgente pois os policiais vão vir fazer uma busca pra ver se acham algo que leve ao culpado, estão suspeitando que o carro foi sabotado mas ainda não sabem quem foi o responsável. —Ela balançou a cabeça tristemente. —Eu  sinto muito, Claire.

Meus olhos fixados no chão me impedia de olhar a volta e me dar conta de que Violet não estaria mais aqui, ela se foi e tudo porque eu ameacei pedir ajuda.

Ele a matou.

—Eles vão investigar, eles vão achar o culpado e ele vai pagar.

—Não, ele não vai. —Minha voz trêmula e embargada pela culpa, soou.

—Desculpe ? O que disse ?

—Ele não vai !

—Se a senhorita souber de alguma coisa, fale. Eles iriam querer conversar com você de qualquer forma, eles precisam de todas as informações possíveis.

—Não. Ninguém acreditaria em mim, ele a matou, ele é um monstro ! —Gritei chorando.

Ela me olhava assustada, rapidamente ela saiu do quarto me deixando sozinha com minha dor.

—Você a matou ! Onde você está seu idiota, covarde ? —Gritei. —Apareça !

—Malditoooo ! —Joguei as poucas coisas que estavam sobre meu criado mudo descontando a raiva e ódio que deveriam ser descontados nele.

—Zayn ! —Gritei.

Ele não viria, ele é um covarde.

—Está procurando por mim, Claire ? —Sua voz soou atrás de mim e eu rapidamente me virei pra encarar aqueles olhos repletos de satisfação.

—Cretino, desgraçado ! —O ódio que estava sentindo me cegaram, como cegam todos que estão tomados por ele.

Avancei em sua direção brutalmente mas antes de conseguir toca-lo, ele agarrou meus braços com força zombando de mim.

—Você fica irresistível quando está assim. —Seu sorriso me tirava do sério, quanto mais sarcástico ele era mais me irritava.

—Não achou que poderia comigo, achou ?

Me debati querendo afastar seu aperto que machucavam meus braços mas qualquer movimento, fazia a dor aumentar.

—Você a matou ! Porque fez isso ? —Gritei.

—Eu não matei ninguém, você a matou !

Ele me soltou e eu encarei seu rosto, tão belo e tão diabólico, um calafrio percorreu todo meu corpo e a culpa me domou novamente.

As lágrimas ensopavam meu rosto e minha mente tentava entender o porquê de tudo isso acontecer.

—Não foi minha culpa, eu não matei ninguém. —Disse baixo.

—Não consegue convencer a si mesmo do que diz, não vai convencer ninguém sobre mim. —Ele se aproximou.

Meus olhos encaravam seu peito repletos de tatuagens enquanto via ele chegar mais perto de mim. Suas duas mãos foram até meu rosto limpando as lágrimas que caiam constantemente, seu gesto inesperado me fez olha-lo nos olhos.

Gritei alto e ele deu um passo pra trás com sua feição divertida, esse era seu prazer, me ver dessa forma.

—Eu odeio você ! —Gritei com toda força socando seu peito repetidas vezes mas tudo que ele fazia era rir.

Acertei um tapa em seu rosto e ele acertou dois no meu me fazendo cambalear pra trás, senti uma dor aguda em meu braço e quando olhei, arranhões estavam ali.

—Não brinque comigo, sabe do que sou capaz sua vadia desgraçada. —Ele disse sério. —Eu só não te fodo agora porque terei muito tempo pra isso. —Ele sorriu. —Mais do que você pensa querida, Claire.

—Idiota ! Vai pro inferno ! —Mãos agarraram meus braços me fazendo gritar.

—Me solta ! —Olhei vendo dois homens de branco me segurando.

—Se acalme Senhorita, se acalme por favor ! —A voz da senhora McNeyld disse.

—Me solta ! Por favor !

Ele não estava mais aqui, a única coisa que havia eram os restos do abajur estilhaçados e livros no chão, meu braço doía assim como meu corpo inteiro.

—A senhorita não está bem, preciso que se acalme se não terei que mandar os enfermeiros sedarem você. —A reitora falou.

—Eu ... Eu não fiz nada, porque estão fazendo isso comigo ? —Gritei.

—Entendemos que deve ter tido um surto por causa da notícia sobra a Senhorita Summers mas precisamos que se acalme, por favor.

—Os policias vão chegar logo, eles querem ter uma conversa com todos os amigos e conhecidos da senhorita Summers, incluindo você. —Ela olhou para o meu braço.

—Levem ela pra enfermaria. —Disse aos dois homens que me seguravam com cautela.

—Não precisa me segurar, por favor, eu estou bem.

—Tem certeza ? —A reitora Allen Solares me perguntou.

—Tenho. —Limpei as lágrimas e respirei fundo.

—Venha. —Ela saiu e me esperou do lado de fora junto com a senhora McNeyld, os dois enfermeiros vieram atrás de mim sempre me observando.

Assim que sai do dormitório, havia alguns alunos me olhando como seu eu fosse uma aberração, encolhi os braços ao redor do meu corpo e caminhei lentamente recebendo a atenção de todos onde passava.

Algumas lágrimas escapavam dos meus olhos e eu tentava ser o mais forte possível mas eu sabia que não era, eu estava quebrada e perdida.




espero que gostem pessoal, não esqueçam de votar e comentar.
Love U. 💕💕💕

Incubus | Z.M.Where stories live. Discover now