26. some help

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— Ele... Ele é alto... — Respirei fundo fechando os olhos. — Tem olhos cor de mel, cabelos negros, lábios finos e .... tem tatuagens... Ele... — Segurei as lágrimas. — Ele, ele...

As atrocidades que, um dia, ele já fez comigo se instalaram em minha cabeça. Ele era cruel.

Claire....  — Ouvi sua voz em minha mente. — Falando demais novamente ?

— Não ! — Disse.

— Senhorita ? Está tudo bem ? — Samuel se aproximou de mim.

— Me deixe em paz ! — Disse baixo.

Hahahahaha... — Sua risada alta ecoando por toda sala me fez fechar os olhos com força querendo me livrar desse pesadelo.

— Claire ? O que está acontecendo ? — Samuel tocou meu braço.

Retirei rapidamente meu toque do seu e respirei fundo.

— Estou bem. — Menti.

Claro que eu não estava, ouvi sua voz clara e nítida como se estivesse aqui conosco nesta sala.

Mas ele não estava.

Olhei em volta procurando algum sinal daquele ser, mas tudo que via eram paredes e uma tela de vidro.
Todos me olhavam como se fosse louca, não me levariam a sério, com toda certeza, não.

— Quer uma água ? — O delegado disse firme.

Acenei que sim.

O policial, cujo tinha dito que seu nome era Daniel,  saiu da sala me deixando com eles dois.
Não demorou muito e ele entrou com um copo descartável e me entregou, bebi um gole da água gelada sentindo o líquido em minha garganta.

— Podemos continuar  ?

Acenti.

— Suas tatuagens, sabe descrever como são ?

— Ele tem muitas, eu não sei quantas... mas tem um coração com asas em seu peito. Desta eu me lembro... — Falei baixo.

O homem rabiscou por uns minutos e depois me mostrou o desenho, o olhei e não parecia muito com ele mas seus traços lembravam do ser que me aterrorizava.

— Mais ou menos.

— O indivíduo aparenta ter de vinte a vinte e cinco anos, não sabemos onde mora e seu nome é Zayn, correto?

Acenti vendo o homem que fez o retrato deixar o ambiente.

— Sabe se ele já teve algum tipo de contato com Violet Summers e se tinha alguma razão para matá-la ? — Daniel perguntou.

— Não.

Eles se olharam sem entender, claro que, aos olhos deles não fazia sentido ele ter matado Violet, nem aos meus mas ele fez por maldade.

— Se está nos escondendo algo, precisa falar, ou você será dada como cúmplice. — Olhei na direção da voz que me intimidava.

— Eu já disse tudo que sei.

— Aposto que não. — Daniel, mais uma vez, retrucou.

— Daniel ! — Samuel advertiu. — Vamos dar um tempo a ela.

Ele foi até a porta e os dois seguiram ele me deixando na sala.

Encarei o copo em minhas mãos gélidas e suadas pelo nervosismo, respirei fundo e senti aquele cheiro familiar.
Um cheiro masculino, um perfume que eu conhecia bem a quem pertencia.

Ainda sentada, virei minha cabeça bruscamente para todos os lados a procura do dono deste cheiro, meu coração começou a acelerar e minha boca queria se abrir para gritar, mas rapidamente, sua voz foi ouvida atrás de mim como um sussurro.

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⏰ Last updated: Nov 27, 2018 ⏰

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Incubus | Z.M.Where stories live. Discover now