Incubus | Z.M.

22. Him

CLAIRE

Todos meus sentidos que antes eu dominava, agora pareciam serem dominados por ele.
Eu não entendia corretamente o porquê dele conseguir me fazer sentir medo e ao mesmo tempo, me fazer ter sensações maravilhosas.

— E-eu... — Tentei proferir as palavras mas minha cabeça não conseguia pensar direto vendo sua língua descer pelo meu ventre.

— Hum ? — Sua voz soou.

Sem palavras para dizer, apenas vi seu movimento preciso retirar toda e qualquer peça que impedisse seu contato comigo.

— Não... Não faça isso — Fechei as pernas.

Ele me olhou como se fosse um último aviso e fortemente afastou minhas pernas tocando sua língua sem hesito algum naquele local.

Aquela sensação.

Eu podia sentir. Podia sentir cada sensação que ele estava me causando, a ponta da sua língua firme e molhada lambendo toda minha região íntima.
Seus movimentos circulares me faziam ter espasmos por todo corpo, como ele podia ser tão bom nisso ?

Minha respiração entregava tudo que eu estava sentindo, e no momento, aquilo estava bom. Eu sabia que iria me arrepender assim que ele sumisse novamente mas porque eu não consigo afasta-lo ?

Suas mãos apertaram minhas coxas com força, eu estava perto e ele sabia disso.
Sua boca encaixada perfeitamente na minha intimidade ainda trabalhava rapidamente me deixando louca o suficiente para agarrar seus cabelos e ter mais um orgasmo.

— Hummm.... — Ouvi-lo dizer.

Sua boca se distanciou me fazendo ver vestígios meu em sua barba aparada e em seus lábios molhados.

Seu indicador foi até a boca limpando sutilmente o local, seus olhos brilhavam e transbordavam um mix de coisas que eu não conseguia entender.

Satisfação, talvez fosse a palavra mais adequada para se usar.

— Não... Não devia ter feito isso — Falei me cobrindo com um lençol.

— Não seja mal agradecida, Claire. — Ele riu e se levantou. — Sou o único que te fez gozar, deveria me agradecer.

Como ele podia falar comigo dessa forma ?

Eu estava envergonhada, aquele sentimento de arrependimento e angústia queriam me fazer chorar.

Ele me olhou e balançou a cabeça sumindo tão rápido como apareceu.

Sozinha no meu quarto eu questionava o motivo da minha existência, eu não entendo porque isso está acontecendo comigo.

As lágrimas desciam pelo meu rosto enquanto eu me vestia novamente, esse sentimento de culpa e medo estavam me fazendo queimar de dentro para fora.

A porta se abriu e Violet entrou pelo quarto, virei o rosto na tentativa de disfarçar que estava chorando mais ela percebeu.

Seus olhos me encararam e eu abaixei a cabeça me repreendendo por estar nessa situação.

— Você está bem ? — Ela colocou a mochila sobre a cama dela.

— Estou. — Cobri minhas pernas com o lençol.

— Claire... — Ela se aproximou. — Não quer ir na enfermaria ? Você está pálida.

Olhei seu rosto sereno e neguei com a cabeça.

Sua mão gélida pousou em minha testa me fazendo recuar para desvencilhar de seu toque.