16. I'm not a fool

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CLAIRE

Abri os olhos sentindo meu corpo dolorido e fraco, o carpete estava contra meu rosto me fazendo relembrar o que havia acontecido comigo.

Levantei devagar totalmente exposta, peguei a toalha e amarrei em meu corpo deitando na cama.

Olhei a hora no relógio e vi que já estava atrasada para entrar no trabalho.

- Droga ! - Suspirei.

Eu não sabia o que estava acontecendo comigo.

Me vestir e desci pra comer rapidamente já que estava atrasada para o meu turno.

Cheguei no trabalho e encontrei Kourty já servindo as mesas.

- Wow, Claire ! - Ela passou por mim com uma bandeja em mãos - Você está bem ?

- Eu... Estou - Fingi um sorriso.

- Parece meio... Cansada ?

- Estou bem - Sorri.

- Andy estava perguntando por você, o que aconteceu ? - Ela olhou o relógio.

- Acordei um pouco atrasada.

Tirei o sobretudo já com o uniforme por baixo e comecei a limpar o balcão.

- Claire ! - Ela me chamou me fazendo olhar em seus olhos - Somos amigas desde os nove anos, eu te conheço e sei que não está bem.

- Kourty, agradeço por se preocupar comigo mas eu estou bem - A confortei.

- Se é por causa do Antônio, Ele não te merece, ele...

- O Antônio é passado, tenho coisas melhores e mais importantes pra me preocupar - A assegurei - Como a faculdade.

- Já recebeu sua carta ? - Ela perguntou.

- Não, acho que eles não me aceitaram.

- Tenho certeza que já está perto de chegar, também não recebi a minha - Kourty disse.

Kourty e eu queríamos entrar juntas na faculdade, ela iria fazer Psicologia e eu medicina, estávamos tão ansiosas que com o passar do tempo esquecemos que esse era o nosso objetivo.

- As aulas começarão em breve, podemos estar na lista - Limpei o copo de vidro.

Ouvimos a porta da lanchonete abrir e olhamos na direção da mesma.

- Ignore ele - Kourty sussurou.

Antônio veio em nossa direção com seu típico cabelo penteado pra trás, ele era lindo mas, por dentro, não havia beleza alguma.

- Eae Kourty - Ele disse - Claire, podemos conversar ?

Kourty continuou me ajudando nos copos enquanto eu fazia o mesmo ignorando totalmente a presença de Antônio.

- Claire, por favor ! - Ele pegou em meu braço.

- Você não está vendo que ela não quer falar com você ? - Kourty bufou - Deixa ela em paz !

- Eu preciso conversar com ela, Kourty.

- Acho que não temos nada pra conversar - O ignorei.

- Claire, estou tão pedindo um minuto - Ele implorou.

Olhei pra Kourty que revirou os olhos, coloquei o pano e o copo no balcão saindo pra fora sendo seguida por Antônio.

- O que você quer ? - Cruzei os braços.

- Eu... - Ele esfregou os olhos - Eu... Vim te pedir desculpas, eu sinto sua falta - Ele disse - Quero você de volta.

Soltei uma risada alta fazendo seus olhos se entristecerem.

- Você só pode está brincando, não é ? - Falei - Olha bem pra minha cara, Antônio, por acaso eu tenho cara de idiota ?

- Não, eu não... Eu ainda amo você, o que aconteceu foi um erro e prometo que não irá se repetir - Ele pegou em minhas mãos - Eu prometo amor.

Seus olhos estavam cheios de lágrimas, meu coração, por mais magoado que estivesse queria ceder a ele pois tivemos algo.

- Eu não sou mais seu amor, Antônio - Suspirei - Sinto muito mas não posso fazer nada em relação a isso.

Puxei minhas mãos e entrei na lanchonete novamente, Kourty me olhou e eu suspirei indo atender as mesas.

{...}

Já era tarde quando eu saí do trabalho, Andy me fez ficar no turno da noite e eu não hesitei.

Antes de sair, peguei duas sacolas enormes de lixo pra levar até a parte de trás da lanchonete onde o lixeiro recolheria.

Abri a grande tampa de ferro e joguei as duas sacolas lá dentro fechando em seguida.

Assim que virei de costas ouvi um barulho vindo de dentro do depósito de lixo.

Engoli seco e respirei fundo pronta pra ir embora mas ouvi uma batida forte e um gemido baixo.

- Ajuda ! - A voz dizia.

Dei dois passos pra trás ouvindo os barulhos ficarem maiores.

Virei e corri indo pra longe daquele local.

Cheguei em casa encontrando meu pai e minha mãe conversando na cozinha.

Dei um "Oi" e subi pro meu quarto.

Estava tão exausta que só tomei um banho e deitei na cama.

Fechei os olhos sentindo o sono vir lentamente.

Meu corpo estava tão exausto que não consegui lutar contra a vontade de fazer o mesmo se mexer ao vê-lo ali.

Era ele.

Não em sua forma humana, em sua forma cruel.

Ele estava na porta do meu quarto me encarando totalmente exposto.

Um arrepio subiu por todo meu corpo e eu só consegui sentir medo.







E a paz de Deus, que ninguém consegue entender, guardará o coração e a mente de vocês, pois vocês estão unidos com Cristo Jesus.


Filipenses 4:7 NTLH


Desculpem a demora !!
não sei vcs mas eu já tive paralisia do sono só que nunca mais tinha acontecido até anteontem aksjaksja não foi legal, sério !! Eu fiquei receosa de escrever porque eu sei que tinha algo errado

Deixei essa música pra vocês ouvirem, pq não é uma história leve rs lidar com essas coisas de demônios não é fácil, existe muito no sobrenatural que nossos olhos não veem.
se vc não é cristão não se sinta ofendido, não precisa ouvir, mas se você acredita em Deus, sinta se a vontade pra ouvir e saber que não estão só.

Vocês já tiveram paralisia do sono?

Até o próximo capítulo, espero que gostem hehe 💕😍

Incubus | Z.M.Where stories live. Discover now