XV

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Não sei dizer qual foi o momento da minha vida em que me tornei um perseguidor maluco, passei horas vendo a dormir.
A luz que entrava pela janela tocava as suas pernas descobertas, eu sou fã de pernas, as pernas da Irina eram longas e esguias, mas pernas da Ellie eram majestosas, como se roubassem o ambiente e ela não precisa de uma roupa de marca, nem saltos Louboutin para serem perfeitas.

Eu queria muito toca-las, deslizar a minha língua por aqueles minúsculos pelos dourados, pois é, parece que essa garota não é fã de depilação total, eu não me importo nem um pouco. Minha mente viaja imaginando como ela é embaixo daquela calcinha rosa, definitivamente ela fica incrível de  rosa.

Ellie se mexeu inquieta e resmungou alguma coisa, mas continuou dormindo.
Eu agradeci aos santos por aquela lua clara, me dava uma visão perfeita e a penumbra me mantinha em oculto.

Na manhã seguinte como sempre acordo antes do relógio, dormi poucas horas, estava tenso e o jeito é descarregar as energias da única maneira que eu podia, já que sexo não era uma opção ainda.

Ellie foi ao trabalho depois iria passar em sua casa para pegar algo e ver seu sobrinho.

Ela contou sobre seu irmão, que ele estava trabalhando em outra cidade, eu já sabia, mas de certa forma eu gostei de ver a esperança em seus olhos, eu disse que Lourenzo iria levá-la e que que ela deveria me ligar quando estivesse pronta pra voltar.

Eram um pouco mais de sete horas da noite quando decidi que iria buscá-la eu mesmo desta vez.

Parei o carro do outro lado da rua e fui até a entrada da casa. Era uma casa pequena,  um sobrado de tijolos a vista, e janelas pintadas em uma cor escura que não perdi tempo tentando identificar.

Subi os três degraus que davam acesso a entrada da casa e já ia  bater na porta quando um homem abriu a abriu. O bastardo me olhou de cima embaixo, tanto o Alex quanto o André tem as mesmas feições que entregam o seu parentesco com a Ellie, mas esse cara não parecia com eles.
Minha mente voltou em um certo documento  um dossiê a respeito do ex namorado, e eu  reconheci o seu rosto patético.

Um sentimento familiar, tomou conta do meu corpo eu queria arrancar a sua cabeça pelo seu rabo, dei um passo em sua direção, quando Ellie entrou na sala, seus olhos estavam arregalados, surpresos ou preocupados, não sei dizer ainda.

— Riccardo, eu já ia te ligar– ela disse trêmula, entrando entre eu e o babaca.– estou pronta vamos? Eu vou pegar minha bolsa.

— Quem é esse cara, Preta? E onde você pensa que vai com ele, tá me achando com cara de otário, você é minha namorada ou tá esquecendo disso?

Minhas entranhas ferveram, eu me virei para sair, acertaria as contas depois, mas ela empurrou o idiota batendo as mãos em seu peito.

— Se enxerga Diego, eu não sou nada sua, para de viajar e me erra! Eu já te mandei sair daqui.

— Qual é Preta, é por causa desse engomadinho que não quer mais ficar comigo? E tá achando que eu vou deixar barato é? Ninguém da o fora no papai aqui, você já sabe disso. – o stronzo rugiu  puxando o braço de Ellie com força o bastante para que ela se desequilibrasse.

— Se quiser as suas mãos ainda acopladas aos seus braços, mantenha as longe dela, seu merdinha.–eu a puxei pela cintura a colocando atrás de mim.

— Tô pagando pra ver mané! – o imbecil cresceu, mesmo eu sendo pelo menos dez centímetros mais alto que ele.

Minhas mãos foram para a minha arma em minhas cintura, mas Ellen mais uma vez entrou na frente e pôs a mão no meu peito, falando baixo e com voz chorosa.

Venni - Herdeiro da Vingança -  Série Detentores. - Livro 1 - CompletoWhere stories live. Discover now