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⚜  Martin ⚜ 

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⚜  Martin  


Quando Megan acordou em plena madrugada, suando e falando sobre o pesadelo que acabou de ter, e que estava com um pressentimento, não duvidei por meio segundo dela.

Não deixamos o escritório do Tobias nos melhores termos, e já sabia que teria que tomar muito cuidado.

Então, quando a porta do quarto no qual dormíamos é arrombada, eu quase quero rir. Megan é muito mais poderosa do que sequer imagina, e ainda acredito que os seus domínios vão ir muito além de tudo o que já presenciamos.

Tudo acontece muito rápido, mas minha mente consegue funcionar bem sob pressão. Megan quer ficar ali e me ajudar a lidar com os invasores, porém não quero que ela faça isso.

Como é que posso me chamar de guardião se eu deixo a minha protegida entrar na linha de perigo para me salvar? Inaceitável. Praticamente imploro para que ela saia, e ela só fez isso quando eu assegurei a ela que ficaria bem.

E modéstia a parte, eu realmente estava me saindo muito bem, até que sinto uma dor na parte detrás do meu braço e fico preocupado ao ver uma pequena agulha pendurada ali. O efeito do que quer que eles tenham injetado em mim é rápido, e minha magia fica instável.

Não consigo mais me transformar em nada. Mas eu estava lidando com eles com pouco magia, posso fazer isso sem magia alguma. É difícil, e estou sempre olhando por cima do ombro, querendo ganhar todo e qualquer possível segundo para que Edith e Megan escapem o mais longe possível.

— Perdemos as duas de vista! Rápido, reúnam a melhor equipe de busca! Senhor Smith não admitirá erros! — escuto um dos homens gritar e me permito relaxar um pouco. Elas conseguiram, que bom!

Mas por conta disso cometi um erro. Não vi quando um dos homens que achei que tinha derrubado levantou-se e atingiu minhas costas com algo bem pesado. E naquele golpe, eu simplesmente apaguei.

Ainda nem abri completamente os olhos e já sinto os meus braços e pernas com os movimentos restritos. Tento me transformar, mas novamente minha magia está instável. Minha consciência oscila muito e perco completamente a noção dos dias.

Ao abrir os olhos, com algum tipo de controle sobre meu corpo, vejo uma paisagem que conheço. Estou na província da água e atrás de grossas barras de ferro. Giro o pescoço e vejo meus braços e pernas presos por correntes grossas. Uma bolsa está presa no alto das barras, e dali sai um líquido que está em direto contato com o meu sangue.

Testo os limites das correntes que me prendem e mal consigo me mover, mas tudo ao meu redor move, e quando olho para baixo, percebo o motivo. As barras de ferro formam uma espécie de jaula quadrada. E minha prisão está suspensa, acima de um lago. Algumas pessoas me observam em silêncio.

Minha mente ainda parece debilitada, mas analiso a minha situação. Estou bem preso, não estou conseguindo me transformar, e sob vigilância. E mesmo escutando uma movimentação atrás de mim, simplesmente não consigo me virar para descobrir o que era aquilo.

Os Oito DomíniosWhere stories live. Discover now