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Podia ter pedido ajuda aos meus tios ao meu irmão, mas não, prefiro ser a responsável. Pois bem agora devo procurar saber o que faço com o grupinho do Miguel. Olho para o despertador que me mostrava que era hora de ir para parte da vida real e esquecer que algum dia eu possa ter conhecido alguém, ou até melhor, ignorar o fato que o Miguel já me conhecia, me conhecia de longos tempos, após me arrumar desci para tomar café da manhã e vejo o meu pai me olhando assustado.

—Tudo bem pai?

—Onde você conseguiu aquele Veloster?

Olhei para ele como se desacreditasse que estava fazendo aquela pergunta a mim, mas vi que não iria resolver, olho nos olhos dele e percebo sua preocupação

— Trabalho, meu salário varia de acordo com a eficiência, então comprei ele.

E assim prosseguiu a nossa manhã, aos poucos a família foi indo comer e todos calados, esse silêncio até me deixaria mal, mas sei que fiz nada de errado.

Na aula tudo estava como sempre, a professora de história falando da segunda guerra mundial, Thomas, Luane e Noah estavam sentados perto de mim e Noah estava me ignorando, nem havia me dado um "Oi", me senti assistindo o filme da minha própria vida a aula seguiu e eu percebi Thomas me olhando e logo ele apontou para o celular, quando fui ver havia mensagem dele.

— Você chegou tarde em casa, o que houve?

— Fui em um bar, perdi a hora. — Respondi sem demonstrar nenhuma expressão.

— Nem de bar você gosta, tem algo a ver com o escritório?

— Sim, mas nossos tios não sabem, por favor não conte.

— Tudo bem, apenas me avise, pois irei te ajudar, prefiro nossos pais bravos com a gente do que você em perigo sozinha e sem apoios.

— Muito obrigada.

Abaixei a cabeça e não vi mais nada, era tudo preto. Acabei dormindo e no meu sonho o Miguel era o primo do meu ex, no meu sonho os dois riam enquanto conversavam e jogavam bola, depois veio a imagem da praça que eu acostumava a ir e me senti afogando, me senti molhada e então abri o olho, a Ester jogou agua em mim, molhou tudo e até mesmo o meu caderno, havia somente nós na sala.

— Ficou louca garota?

— Achei que a piranha iria morrer sem água.

E foi nessa hora que eu dei meu primeiro tapa no rosto de Ester que fez ela afastar a dois passos e a tentar me devolver, mas o Thomas aparece e fica no meio. Só escutávamos os gritos dela.

—VOCÊ ACHA QUE VAI FICAR ASSIM? JÁ TE DIGO QUE NÃO!

— Agora vai unir a sua turma já que não consegue sozinha? — Ela fica vermelha de raiva enquanto falo.

— Sophia, fique quieta, já chega de confusão. — Thomas fala se aproximando.

— Ela que me molhou Thomas, eu apenas dei o que ela procurou.

— Vamos sair antes que aconteça algo, já acabou a aula mesmo.

Meu irmão me encaminhou para fora do colégio e foi quando percebi que o Miguel estava ao lado do Veloster me encarando e o Thomas vai cumprimentar ele.

— Miguel? Não acredito, quanto tempo! — Fala Thomas indo abraçar ele e eu paraliso ''desde quando eles se conhecem?''

— Oi, você parou de jogar comigo e meu primo, depois de uns meses acabei vindo para cá.

— Foi assim que ele e a Sophia terminaram, acabei sumindo de perto dele.

— Então vocês terminaram Sophia?! Por que? – Pela primeira vez ele me pergunta o motivo, mas ele já sabia antes que eu tinha terminado com seu primo, vou apenas seguir o "roteiro".

Atraída Pelo PerigoWhere stories live. Discover now