24

3 0 0
                                    


Um mês após o assassinato do Hector e do meu tio Pietro, me encontro de forma distante, nunca aceitei traição dentro da família, dessa vez eu que trai, assim que conto para meus pais sobre o que aconteceu, percebi que minha mãe não me olhou mais nos olhos, de certa forma eu consigo entender o porquê, eu matei seu irmão.

Já as crianças conseguiram esquecer até rápido do Pietro, eles não eram tão próximos, mas o Thomas está de forma estranha, mas ele concordou com a execução, era nós ou ele.

— Vamos Sophia, hoje vamos sair para escolher o presente dos nossos noivos.

— Vamos. — Falo sorrindo.

Entramos em lojas de utensílios domésticos, olho para tudo e fico perdida, não sei o que dar, é o presente de casamento mais difícil.

— Podemos apenas dar o dinheiro? — Pergunto com voz manhosa.

— Tem que ser algo de coração. — Fala Miguel sorrindo. — Dinheiro dado de coração vale. — Ele sorri.

Saímos da loja de braços dados, Miguel estava me guiando pelo caminho até que ele me leva para uma praça, olho para ele curiosa.

— Vamos apenas observar a calmaria.

— Como preferir.

Escolhemos o banco debaixo de uma sombra, depois de um tempo me deito e coloco a cabeça em seu colo.

— Me diga o que está pensando? — Ele fala enquanto mexe em meu cabelo.

— Qual roupa devo usar amanhã?

— Amanhã é o casamento, mas deve usar o que se sentir bem.

— Vou de pijama. — Abro um largo sorriso.

— Não exagere. — Ele sorri logo em seguida, em meio à confusão ele é meu porto seguro, a melhor pessoa, meu parceiro de todas as horas.

Na manhã seguinte apenas dou um beijo no Miguel e saímos, dividimos a turma, quem iria junto com o Peter e quem iria junto com o Lucas.

— Nem acredito que chegou o dia. — Peter fala e me abraça. — É hoje!

— É hoje sim, cadê aquela música nossa? Quero me produzir a todo vapor. — Ele me olha esquisito. — Não começa. — Falo rindo.

— Nem falei nada, está ficando doida essa menina. — Ele me puxa pelo braço. — Vem vamos fazer a maquiagem e mudar de roupa.

Depois de uma hora nos arrumando, está chegando a hora do casamento, não sou a madrinha, mas tudo bem, o Miguel também não vai ser, mas ele também não se importou, vou para meu lugar, ao lado do Miguel e ficamos trocando olhares.

O sol estava quase se pondo, estávamos na chácara, o palco onde os noivos vão ficar está bem localizado, vai ser um ângulo perfeito para fotos, mal termino o pensamento a música tradicional começa a tocar e os noivos entram, Lucas pela direita, o Peter pela esquerda, a cada passo que eles dão para se encontrarem me arrepio mais, o Miguel percebe e pega minha mão entrelaçando nossos dedos.

— Chegou a hora dos votos. — Falou o mestre de cerimônias.

— Peter sempre me chamou atenção pela sua inteligência, aos poucos foi mostrando seu grande coração e me deixando cada vez mais curioso, eu não era fácil e fui mudando conforme fui convivendo com ele que é uma pessoa maravilhosa, hoje meu amor, não é apenas um dia feliz é o dia mais feliz da minha vida e o amor é assim chega devagar, sutilmente, se aloja no coração e quando eu percebi a vida não tinha mais graça e nem sentido sem você. — Peter limpa o canto dos olhos com um sorriso enorme.

Atraída Pelo PerigoWhere stories live. Discover now