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— Você está ficando doida ou sempre foi e por eu dividir o mesmo teto que você que não percebi? — Fala Thomas assim que entro no apartamento. — Me responde! Onde estava com a cabeça?! Eu quase te perdi, fiz o impossível para te trazer de volta para você enlouquecer e ir suicidar? Me responde Sophia! Melhor, não responde, quer saber eu vou te internar garota, você vai ficar trancada com gente doida igual você. — Ele termina de falar ou melhor, gritar e vem me abraçar como se eu tivesse sumido por mais cinco anos.

— Oi meu irmão, claro que estou bem, obrigada por perguntar, quanto tempo não te vejo! —Tento demonstrar calma, ele gritou comigo na minha casa, ele tem sorte de não estar olhando minha mão de perto, garoto abusado. — Sim deu tudo certo e eu consegui o endereço daquele vagabundo.

— Ainda acho que nossa mãe te pegou em um hospício e falou "nossa sempre quis ter uma filha louca, vou adotar essa".

— Acho que ela não quis só um não, quis o pacote completo. — Fala o Miguel olhando sério para gente. — A multa que vai chegar pelos gritos eu vou mandar diretamente para vocês, estão me ouvindo ou a gritaria deixou os dois surdos?

— Calma meu amor, a conta é toda do Thomas. — Abro um largo sorriso.

— Thomas nada, é sua, quem mandou me deixar irritado. — Thomas se senta, indignado.

— Já pararam ou vou ter que desenhar para vocês o quão grave é a situação? — Fala o Miguel em um tom duro que chamou a atenção até do Thomas que parou de sorrir. — Obrigado, agora temos que planejar algo, o grupo do Italiano resolveu entrar nessa e agora qual vai ser nossa desculpa agora?

— Nenhuma, os dois lados pressionando vai fazer nosso tio se enforcar sozinho. — Fala Thomas com aquele ar sério e eu me vi obrigada a dizer algo.

— Desculpa, mandei mal.

— Ainda bem que sabe Sophia, mas vamos todos resolver isso. — Fala o Miguel e eu percebi que era mais grave do que eu imaginei, ele nunca fica bravo comigo e olha ele agora. — Talvez um plano louco ajude.

— Qual plano cunhadinho?

— Ainda não estou de bom humor, mas voltando ao assunto, e se por acaso a gente invadisse a casa do Rogério?

— Esta não é uma má ideia por completo, para piorar acho que só se a gente o fizesse sair e invadir uma casa cheia de câmeras em plena noite, escura e de macacão como se fossemos ninjas. — Falo com tom de ironia, mas percebo um sorriso em ambos rostos, não posso acreditar, minha deusa interior fala para mim que isso é alucinação. — Gente não levem a sério, por favor!

— Ótima ideia irmã, já até sei qual vai ser a desculpa, vou levar nosso tio para beber para comemorar o sucesso de sua recuperação, pois ele demonstra estar feliz, vou fazer ele beber até perder a consciência, mandei mensagem dele para o celular de Rogerio e aviso a vocês quando fizer isso, finjo que mamãe ligou pedindo remédio para dor de cabeça e vou embora encontrar vocês e dar uma cobertura final do lado de fora.

— Parece perfeito, mas quando? — Miguel pergunta com um ar mais tranquilo.

— Amanhã parece ótimo. — Fala o Thomas indo em direção a porta. — Agora eu vou indo porque sabemos que vocês têm o que conversar.

— Obrigada irmão. — Ele sai logo em seguida e eu me viro para o Miguel, mas percebo que ele já foi para o banheiro, fico alguns minutos esperando o chuveiro ligar, assim que escuto entro no banheiro surpreendendo-o. — Não fica bravo comigo, eu fiz sem pensar.

— Acontece que sem pensar como você acabou de dizer não é uma opção, olha com o que você ganha dinheiro, sem pensar Sophia? Que foi sem pensar eu percebi!

Atraída Pelo PerigoWhere stories live. Discover now