Atraída Pelo Perigo

11

Ao chegar no apartamento, me viro de costas para o Miguel, mas quando viro novamente ele nota o ferimento na minha cabeça, tento desconversar, mas ele não aceita muito bem, me levou no hospital e levei três pontos.

Chegamos era tarde, eu olhava ele e ele me abraçava forte. Senti protegida e não aguentei, comecei a chorar, tantos anos de treinamento e eu consegui deixar um cara me machucar, por conta de sentimentos, que ódio de mim, cheguei ao ponto deplorável e tudo que eu mais queria era acordar desse pesadelo.

— Ei minha ruivinha, não fica assim, prometo cuidar de você, enquanto eu puder evitar não irei sair do seu lado. — Ele me abraça e eu durmo em seus braços e no colchão de ar que levei.

Assim que acordo, escovo e decido ligar para meu tio Renan, começo a andar pela casa e olho para o Miguel dormindo no colchão de ar, lugar onde estava antes de acordar.

— Oi tio?

— Fala meu anjo, você está com a voz triste, o que houve?

— Estou com saudades tio, quando posso te ver?

— Minha linda, acho que essa semana eu posso ir te ver, vou tentar ir com urgência.

— Obrigada. — Ao agradecer minha voz falha.

— O Allon está cuidando de ti?

— Melhor impossível. — Dou um leve sorriso e ao me virar olho o relógio na parede e decido acordar ele. — Me desculpa, mas tenho que ir tio.

— Tudo bem, quando eu comprar a passagem te informo.

Indo no caminho da cozinha, começo a fazer o café, assim que termino levo o café para perto do Miguel, acordo ele quando faço carinho em seu rosto, ele é tão incrível que fico admirando ele enquanto abre os olhos, com o sorriso mais lindo e confortante, ele me dá bom dia e eu lhe entrego o café, depois que bebe vai até o banheiro se arrumar.

— Como você se sente? — Ele apenas coloca a cabeça para o lado de fora do banheiro.

— Me sinto ótima, vou para a aula e hoje é minha folga durante a tarde, vou ver se resolvo alguns assuntos pendentes.

— Sempre forte, seu tio pediu para cuidar de ti, mas no fim você que cuida de mim. — Fala ele me abraçando.

Cada minuto dentro do colégio eu percebo algo diferente, uma delas é que o Daniel não para de me olhar, olhar de maldade, mas as coisas andam tão impossíveis que não tenho forças para agir, não hoje, observo ele no momento do intervalo, até que ele veio falar comigo enquanto eu me escondia do Thomas e da Luane, eles estavam querendo saber como eu estava.

— Enfim, sozinha. — Fala Daniel com sorriso malicioso.

— Some por favor, não quero conversar.

— Está com problemas? Acho que só é o começo da minha vingança. — Ao me virar ele me puxa pelo braço. — Acha que vai sair assim?

— Acha que vou ficar te olhando? Ainda gosto de dormir de noite! Agora me solta. — Ele aperta mais o meu braço e eu chuto o seu membro mais sensível.

— Garota você está mexendo com a pessoa errada.

Ao chegar no corredor me deparo com o Noah aos beijos com uma das garotas da nossa sala, olho de longe e resolvo voltar para o lugar onde estava, mas a Luane apareceu.

— Sabe que pode contar comigo? Pode contar sempre, agora me diz o que está acontecendo?

— Apenas saudade.