Atraída Pelo Perigo

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Desço as escadas segurando a mão da Megan e do Cameron, eles estavam quietos com sorrisos, acho que eles tem ciúmes da Hannah, nem sei o que fazer para amenizar, acontece que eles estão grandes e por isso não pego eles no colo, mas eles não entendem muito bem, deve ser porque são novinhos.

— Demoraram. — Fala o Thomas indo pegar a Megan para colocar nos ombros, o Miguel faz o mesmo com o Cameron e eu fico olhando apenas admirando. — Lindos desse jeito puxaram o irmão.

— Não seja convencido! — Falo assim que desço as escadas, o Miguel me estende a mão e assim que seguro sua mão, minha mãe aparece do alto da escada com a Hannah.

— Já estão prontos? — Assim que ela pergunta meu pai de camisa social fica atrás dela.

— Prontos? O que eu perdi mãe? — Pergunto sem saber para quem olhava.

— Quero aproveitar cada domingo, cada oportunidade de ter vocês por perto, sabe eu nunca fui presente, construí um império, agora é hora de trabalhar menos e aproveitar meus cinco filhos lindos. — Após meu pai dar essa declaração eu abaixo a cabeça, realmente muita coisa mudou. — Sophia? De vestido? Marisa, pegue os casacos, vai ter chuva hoje! — Começamos a rir, sinceramente, não sei por quanto tempo vai ter essa paz, mas espero que não acabe tão cedo.

— Quem vai com quem? — Pergunta o Thomas olhando para as crianças.

— Vamos onde? — Pergunto e por fim me olham como se todos me chamassem de curiosa.

— Restaurante italiano. — Fala o Miguel em tom de voz baixinho, acho que só eu escutei.

— Seu pai, eu e as crianças vamos no Jeep. — Fala minha mãe olhando para mim como se falasse para ter privacidade com o Miguel.

— Deixa um ir com a gente e o Thomas vem junto.

— Vou? — Ele me olha com uma expressão de que não queria.

— Vai, quero conversar contigo, fiquei cinco anos longe, lembra?

— Infelizmente. — Ele fala suspirando. — Quem quer ir com a gente? — Ele olha para os menores e a Hannah foi a primeira a falar, os gêmeos não gostavam tanto de mim, eu era uma desconhecida, já a Hannah era bem apegada ao Miguel, e os gêmeos gostam de sair juntos porque brincam no caminho.

— O que quer tanto saber Sophia? — Pergunta o Thomas entrando no carro.

— Em que o senhor está trabalhando?

— Hoje sou o chefe do nosso escritório, nosso tio Pietro foi afastado. — Ele fala e olha para o Miguel indo até o carro, ele ia dirigir, homens na frente as mulheres atrás. — Sabia que nesses cinco anos ele não arrumou ninguém?

— Como assim?

— Ele não quis nenhuma mulher, não quis ninguém, virou meu melhor amigo e todas as noites que ele podia, dormia em seu quarto, esperando que você acordasse, por conta de sua mãe ser a chefe do hospital, a diretora, ele conseguiu dormir lá. — Thomas me olha nos olhos e volta a falar. — Ele te ama. — Na hora que o Thomas fechou a boca o Miguel entra no carro e me olha, não consigo controlar uma lágrima que desce de meu olho, mas abaixo a cabeça e ele entende que quero ficar na minha.

— Phia! — Fala a Hannah e eu enxugo a lágrima e olho para ela.

— Oi meu amor, quer água?

— Ela quer brincar. — Fala o Miguel nos olhando pelo retrovisor, percebo o sorriso do Thomas.

— Brincar! — Fala a Hannah e eu pego um urso de pelúcia e começo a brincar com ela, foram quinze minutos até chegar no restaurante.

— Vamos? — Pergunta o Miguel para a Hannah e ela estende os bracinhos.