Atraída Pelo Perigo

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Esperamos o Thomas em nosso apartamento, ele demorou chegar, mas assim que chegou eu percebi que o problema era mais sério do que imaginamos.

— Então nem sei por onde começar, mas vamos desde o início de quando eu descobri, mas vou precisar que me ajudem, tem algumas peças que não entram em minha cabeça, então se quiserem anotar.

— Vou pegar o bloco. — Falo indo até meu quarto e voltando com o bloco de notas e uma caneta. — Pronto.

— Bom, todos acham que meu tio foi afastado por conta de má conduta, mas isso foi o que os supervisores usaram como um pretexto, acontece que os superiores começaram a desconfiar do tio Pietro e me colocaram como o chefe de vocês e para que eu investigue melhor o que está ocorrendo dentro da organização.

— Como assim? Do que desconfiam do Pietro.

— O assassinato do Saulo Medeiros foi investigada pelo escritório mais a fundo, vocês ficaram como infiltrados e o escritório A ficou com outra linha de investigação com novos suspeitos, acontece que quem escolheu o caso foi o Pietro e colocaram vocês nessa investigação, procuramos alguma ligação do Pietro com o italiano, jogador e o vaqueiro, mas não encontramos nenhuma ligação entre eles, nem mesmo eles visitando o mesmo local.

— Então o nosso tio não tem ligação com o nosso trabalho?

— Não Sophia. — Thomas respira fundo e pega um envelope com fotos. — Esses são os suspeitos do crime de acordo com o escritório A, como posso dizer, eles têm mais poder para investigar a fundo. — Ele mostra a foto dos suspeitos, um deles era o Daniel. — Esse cara, o Daniel foi visto com nosso tio, não foi apenas uma vez e sim varias, temos uma suposição, vocês estavam chegando perto de quem assassinou o Saulo, nessa mesma semana você foi brutalmente agredida, de acordo com os médicos e o sangue, mas sabemos que não fez nenhuma cirurgia, então não teria o porquê de ficar internada tanto tempo, já que ao saber que a mãe do Miguel era a diretora, nosso tio Renan se aproximou dela, ela ajudou a concluir algumas hipóteses, ela me mostrou linhas do que deveria ter acontecido com você caso tivesse sofrido todas as lesões faladas pelo o médico, ela disse que teria sequelas graves e que as chances de sobreviver seriam praticamente nulas.

— Um milagre não seria tão grande, nenhuma cicatriz, sequela, nada, mas podia ser erro médico. — Fala o Miguel e eu olho para ele com dúvida. — Mas um erro tão grave com exames tão complexos, poderia acontecer, mas a possibilidade é nula de acontecer dois erros tão graves assim, como a morte cerebral da Sophia. — Fico apenas observando todas as teorias.

— Isso mesmo, nula, sua mãe não deixaria algo acontecer assim, mas notamos também que a Sophia não acordava, fizemos exames nela escondido de todos, chegamos à conclusão que Sophia tinha uma substancia duvidosa, analisando chegamos à conclusão que é um tipo de remédio para dopar, mas em grandes quantidades poderia matar, esse remédio faz paralisar os órgãos deixando o "paciente" dependente de aparelhos respiratórios.

— Você me deixou cinco anos em coma?

— Não cinco ao todo, mas quatro e alguns meses para chegar a essa conclusão, foi quando eu enrolei meu tio e o médico, eles iam te dopar e desligar os aparelhos para que morresse, mas conversei com a Flávia, mãe do Miguel para que permitisse que o Miguel para dormir no quarto e não te deixar sozinha, assim não te dariam doses do remédio que para mim é veneno.

— Eu não acredito que parei CINCO anos da minha vida por conta de medicamentos! — Grito e o Thomas vem me abraçar. — Saí de perto de mim, você deixou!

— Foi o único jeito, única opção que tive, eles iriam te matar assim que descobrissem, mas eu consegui, prendi o médico com provas, mas não tenho provas suficientes para prender o nosso tio pelo assassinato do Saulo, preciso de todas as provas, você sabe como funciona.