Sentindo falta.

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POV LUDMILLA

Já passava da uma hora da manhã e eu estava deitada na cama de barriga para cima esperando o sono vim, ou Brunna parar de palhaçada e responder minhas mensagens. Eu não sabia exatamente porque estava me importando tanto com o fato dela estar brava comigo. Eu realmente entendia que Brunna achava que eu estava me aproveitando dela porque ela gostava de mim, mas não era verdade. A ultima coisa que eu queria era machucar Brunna.

Eu gostava de fazer sexo com ela simplesmente pelo fato de que eu gostava de estar com ela, mesmo me odiando por admitir isso pra mim mesma. Já sabia que uma hora ou outra Brunna iria ficar de saco cheio de mim e iria querer parar com nossos momentos íntimos.

Eu realmente estava me sentindo mal por ela, eu não conseguia, mesmo que tentasse, eu não conseguia trata-la bem o tempo todo. Tinha medo de me apegar muito e depois ser deixada de lado como todas as outras vezes.

Brunna era incrível, e era absurdamente difícil me manter firme perto dela. As vezes eu sabia que ela percebia a forma que eu a olhava, era impossível evitar, ela era simplesmente a garota mais linda e cheirosa que já vi na face da terra. Às vezes eu parava pra pensar se seria humanamente possível ficar perto de Brunna Gonçalves e não se apaixonar? Brunna era uma garota carente, companheira, compreensiva, inocente, dócil.. Por que ela tinha que ser tão boa? Por que tinha que ser tão linda? Tão ela?

Eu estava claramente apavorada com esses meus pensamentos. Todos os dias, todas as horas, minutos, segundos, eles estavam focados em Brunna. A cretina tinha conseguido entrar na minha cabeça e eu só conseguia odiá-la cada dia mais por isso. Eu gostava dela, gostava tanto que queria estar ao lado dela todos os dias, mesmo que ficássemos quietas, só de ter a sua presença ali já bastava para mim. Eu já tinha admitido isso para mim depois de socar muito minha própria cara, mas não admitiria para mais ninguém. Ela não podia saber, eu não passaria pela mesma coisa de novo.

Pra mim estava claro que Brunna não era igual a Cara. Ela era mil vezes melhor. Só que tinha o mesmo jeito chantagista e teimoso dela. Isso me irritava. Mas mesmo assim eu conseguia ver algo nela que era diferente de qualquer coisa que já vi na vida. Talvez toda aquela inocência e confiança em mim. Eu sabia que era importante pra ela. Tinha sido a primeira dela até no beijo, isso era mesmo raro. Me sentia uma idiota por machuca-la, sabia que Brunna era uma ótima pessoa, mas sintia a necessidade de fugir dela, de tão covarde que sou.

Brunna nem quis me dizer que quarto estava. Eu nem tinha contado a Brunna o quanto eu estava louca por ela e já estava sofrendo. Não via a hora de encontra-lá de manhã. Se Brunna está achando que está por cima, está muito enganada. Ninguém fica por cima de Ludmilla Oliveira mais.

- Você fala que odeia ela porque na verdade você está gostando dela. — Zayn disse e eu lhe acertei um tapa na boca. - Ai, ficou louca, Ludmilla?

- Nunca mais repita isso! — Ele assentiu sorrindo. - Eu quero mais é que ela vá para o inferno e morra queimada. Não me importo com ela e muito menos gosto.

- Ela está lá embaixo sozinha tomando café. — Zayn disse e eu o encarei com os olhos arregalados.

- Sozinha? — Perguntei meio desesperada e ele gargalhou.

- "Eu não me importo com ela" — Ele imitou minha voz e riu da minha cara. Mostrei o dedo do meio pra ele e fui ver se estava dizendo a verdade.

Andei até o bufê e vi Brunna sentada em uma mesa sozinha comendo apenas uma banana. Fiquei paralisada por um tempo a assistindo comer aquela banana absurdamente devagar. Queria ir lá e falar com ela. Pedir desculpas. Dizer que fui uma tremenda idiota e que não tive intenção de machuca-la. Mas não, continuei ali parada como uma besta sentindo essa vontade se remoer dentro de mim.

Marketing [Intersexual]Where stories live. Discover now