Natal.

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BRUNNA POV

Já não conseguia disfarçar que estava completamente ansiosa para essa viagem. Ludmilla mesmo se contendo perto de mim, eu sabia que também estava feliz e ansiosa por essa viagem. Eu não podia estar mais feliz, viajaria com Ludmilla e Jasmine, iria ver minha mãe e minha irmã e passariamos o natal todas juntas. Viajaríamos em dois dias, então Ludmilla ligou para Emily, babá de Jasmine, e pediu para que ela arrumasse o máximo de coisas possíveis para menina levar para a viagem.

Patrícia resolveu tudo para gente, então só teríamos que arrumar as malas mesmo e ir. Eu não tinha contado minha mãe que meu namoro com Ludmilla era falso, então teríamos que encenar na frente dela também. Já não era tão difícil assim pra mim, já que eu queria que fosse real. Eu gostava de estar com Ludmilla e me iludia fácil quando ela ficava carinhosa na frente das pessoas.

- Só porque você está indo pro Brasil tem que usar uma camisa do Brasil? - Ludmilla perguntou e a encarei.

- Não sei. Talvez. Estou usando por isso. - Respondi e ela deu de ombros. Eu estava mexendo no celular olhando as mensagens, até que Ludmilla tomou o celular da minha mão. Eu odiava quando ela fazia isso.

- Perai.. - Ela viu algo no celular e começou a gargalhar. Tentei pegar o celular de volta, mas não consegui. - Meu nome no seu celular tá Lud da Bru? - começou a gargalhar de novo e peguei o celular de volta sentindo meu rosto esquentar.

- Qual o problema? - Perguntei irritada. Eu estava morrendo de vergonha.

- Nenhum. O seu no meu tá só "Bru" e um coração. - Ela falou e continuei seria sem encara-la. Queria que achasse que eu estava brava por ela ter pego meu celular, mas estava pulando por dentro pro ter um coraçãozinho no meu nome. - Ei.. Não fica brava. Eu achei fofo. Olha, vou por "Bru da Lud" no meu.

- Para Ludmilla.. - Ela falou me mostrando que ia mesmo mudar. Eu queria ficar seria, mas era impossível com Ludmilla sendo tão fofa assim.

- Sua mãe sabe da gente? ― Ludmilla perguntou se sentando em um banco no aeroporto com Jas, muito sonolenta, em seu colo.

- Não. E nem quero que saiba. Vamos ter que atuar na frente dela também.― Eu disse e Ludmilla arqueou a sobrancelha.

- Isso é meio errado, não acha? ― Perguntou e eu a encarei. - Ela é sua mãe, não se sente mal em mentir?

- Claro que sim. ― Falei, deitando a cabeça no ombro de Ludmilla. A senti recuar um pouco, mas não me importei. - Mas ela iria achar um absurdo eu fingir um namoro e ia entrar em desespero pensando que estou mudando muito. Ela é meio encanada com essas coisas. ― Concluí e Ludmilla assentiu.

- Não fique se aproveitando, viu? Não vale ficar me beijando só pra se aproveitar da situação. ― Ela disse sorrindo e eu ri.

- Nossa, que ótima ideia você acabou de me dar.. ― Disse, sorrindo e Ludmilla revirou os olhos.

Entramos no avião depois de quase uma hora. Jasmine estava meio enjoada e não parava de chorar. Ludmilla não se importou em perder a paciência e deu uns berros com ela, mesmo no avião. Já eu, tentei acalmar Jasmine colocando um desenho animado pra ela assistir em uma pequena TV que tinha ali. Ludmilla deu mamadeira pra ela e logo em seguida a menina adormeceu com a chupeta na boca. Estranhei que Jasmine dormiu muito rápido e Ludmilla confessou que havia colocado calmante no leite da menina. Briguei com ela por ter dopado a própria filha e ela disse que sempre fazia isso quando viajavam juntas.

Ludmilla adormeceu junto com Jas e eu continuei acordada, encarando as duas enquanto dormiam como uma idiota. Estava tão ansiosa que sentia meu estômago doer. Não via a hora de chegar. O pior de tudo era que ainda faltava algumas horas, e isso só me deixava mais nervosa.

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