8. Eu não te fiz nada, me solta, não faz isso comigo.

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Ao chegar no lugar da tal resenha, descemos do carro, parei do seu lado e fomos lado a lado, antes de abrir o portão, sua mão fria e gelada tocou minhas costas nuas.

— Não precisa colocar a mão ai! sei bem o que quer, e caso você não se lembre, vou refrescar sua memória, você namora!

— Deixa minha mão aqui, morena! Você não sabe o que esses homens são capazes de fazer se te verem sozinha por aqui, então relaxa!

Entramos e realmente, os caras me comiam com os olhos mesmo eu estando com o lobo, imagina se estivesse sozinha.

— Fala ai mano, quem é essa linda ai? pagou quanto pra ter ela?

— É minha mulher, kaio! Se puder parar de comer ela com os olhos, só quem pode fazer isso e nem é pelos olhos, sou eu! — diz sério, e eu engulo seco.

— Desculpa ai mano, não sabia!

Saimos de perto dele e sentamos em uns bancos que tinham lá, pedimos algo pra beber e logo ele saiu de perto de mim, disse que tinha uns assuntos pendentes com os sócios e me deixou sozinha.

Fui até o bar afim de pedir a bebida mais forte que tivesse, já que não havia nada pra fazer, ficar bêbada seria uma boa opção.

— Oi gatinha, o que faz sozinha aqui ?

— Não vim sozinha, mas estou sozinha agora! Me trás a sua dose mais forte, por favor!

Ele me trouxe em um shot e eu virei tudo sentindo minha garganta queimar e por um breve momento ficar tonta.

Kayo, o tal amigo de lobo que falou com a gente quando chegamos estava vindo em minha direção.

— Sozinha gata? Não devia ficar aqui assim!

— Eu não estou sozinha, você sabe muito bem disso! — digo e saio indo em direção ao banheiro.

Vejo ele vir atrás de mim furioso, puta merda.

—Está achando que você é quem pra falar assim comigo porra? — diz e me empurra contra a parede, apertando meu pescoço.

— Quem veio de graça foi você, agora sustenta!

Ele agarra o meu rosto e eu mal consigo respirar.

— É filha da puta, vai ficar me respondendo — Ele desceu sua mão até minha coxa e subiu, afastando minha calcinha e me machucando.

Isso estava acontecendo. Onde está ele. Onde está lobo.

— Para de chorar, sua puta de merda! Fala, quanto lobo te pagou pra você acompanhar ele? — enfia o dedo dentro da minha intimidade, me fazendo morder forte os labios de dor.

— Para, para, por favor! Não aguento, eu não te fiz nada, me solta, não faz isso comigo! — eu digo e o mesmo não para dando mais um tapa em meu rosto.

— Pra você aprender a me respeitar, sua puta de quinta!

Sentei no corredor do banheiro, sentia uma ardência forte em minha intimidade, mas uma ardência mais forte ainda no meu coração, acabei de ser assediada. Acabei de ser tocada sem minha autorização. Acabei de ser vítima de um louco.

Vi de longe lobo conversar com umas pessoas e corri até ele, com os cabelos bagunçados, a maquiagem borrada, o salto na mão e..

— Lobo? vamos embora, pelo amor de deus!.— ele me olhou, e arregalou os olhos. — Puta que pariu shivani, o que aconteceu, você está com as pernas cheias de sangue!

— Só.. só vamos pra casa, por favor! lá eu te explico.

Morena, não me mata de preocupação! — diz enquanto vamos pro carro.

O caminho todo até em casa só se ouvia meu choro baixo.

— Quem fez isso com você?

— Deixa chegarmos em casa, eu tomo banho e te conto, pode ser?

Chegamos, eu subi chorando e fui tomar banho, eu me sentia suja e frágil, por não conseguir impedir aquilo de acontecer.

[...]

— Me fala, o que houve?

Eu sento no sofá e ele coloca a mão na minha perna, eu logo recuo e tiro a mão dele.

— Foi..foi aquele garoto, o kayo.

— O que aquele filho de uma puta fez ?

— Ele me seguiu até o banheiro e colocou a mão em mim —  digo com os olhos já marejados.

— Ele encostou em você? Ele te tocou, shivani? Diz, eu preciso de respostas! — diz sério.

— Ele me machucou, me deu tapas no rosto, me enforcou,  colocou a mão por dentro do meu vestido e me tocou, por isso estava sangrando, ele me chamou de todos os tipos de xingamento possíveis e perguntou quanto você pagou pra me ter.

— EU NÃO ACREDITO QUE AQUELE MERDA FEZ ISSO, SHIVANI EU VOU MATAR ELE, ELE TOCOU EM VOCÊ, SEM SEU CONSENTIMENTO, E TE MACHUCOU, TE FEZ TER NOJO DE SI MESMA — ele levanta, com a cara vermelha de raiva — Espera aqui, não demoro!

— Não lobo, não precisa disso!

— Me espera, não sai daqui!

Ele sai e eu fico na porta olhando, ele desceu o morro, sem vapor, sem camisa, sem arma, sem celular, correndo um perigo fazendo isso.

Vejo ele subir o morro novamente e entrar em casa, me puxou pra um abraço e deu um beijo em minha testa.

— Vai ficar tudo bem, shivani! Vai ficar tudo bem! Eu estou aqui com você. Sei que fui um idiota mais cedo, me perdoa! Se você não quiser dormir sozinha, tem um lado da minha cama vago!

— Tudo bem, vamos! Eu estou cansada e só quero dormir — olho pra ele — eu te desculpo, mas espero do fundo do coração que não faça novamente.

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Vendida ao Lobo || Shivley/Maliwal Where stories live. Discover now