49. Desde semana passada estou sentindo que estou sendo observada a cada passo.

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6h

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6h

Não tava escrito o quanto eu queria dormir até tarde, mas o dever me chama!

Depois de me arrumar, fui até a cozinha e levei um leve susto ao ver josh sentado na cadeira.

— O que faz aqui? A essa hora? – pergunto, eu estava mesmo curiosa pra saber o que ele faz na cozinha, sozinho olhando pro nada as seis e meia da manhã.

— Não consigo dormir, pensamentos. – diz, e eu posso notar suas olheiras, não era de hoje que estava dormindo mal.

— E esses pensamentos é sobre algo ou alguém? – pergunto já sabendo o que ele iria responder.

— Ah, você sabe né morena! Sobre a any.

— O que tem, quer voltar com ela? – sento na mesa junto com ele e tomo um gole do café na xícara.

— Não consigo tirar essa pretinha da minha mente de jeito nenhum mano! Já tentei esquecer ela e falhei miseravelmente.

— Então não esqueça, voltem.

— Como se fosse fácil, any é complicada pra caralho! Foi uma luta pra conseguir namorar com ela.

— A reconquiste de novo.

— Será? Não acha que ela vá me mandar tomar no cu?

— O não você já tem, escuta o que estou dizendo, ela ainda te ama josh! Muito. – coloco minha xícara na pia e lanço uma piscadinha pra ele saindo da cozinha.

[...]

A manhã se passou rápido, já era meio dia, e eu estava almoçando junto com meu amigo, krystian.

Mais cedo bailey me mandou mensagem, dizendo que não aguentava mais essa minha vida de trabalhadora, porque eu estava abandonando ele e que ele já estava com saudades.

Nós conversamos por um tempo e depois eu voltei ao trabalho, hoje a loja estava movimentada.

Eu me senti vigiada todo o tempo, e não é de hoje, na verdade desde semana passada estou sentindo que estou sendo observada a cada passo.

Mas deve ser coisa da minha cabeça e eu não vou preocupar o bailey com isso.

A tarde foi uma correria, não tive tempo nem de respirar fundo.

Por ser começo de mês e queima de estoque que sobrou do mês passado, a loja ficou cheia.

Agora são cinco e vinte e eu acabei de mandar uma mensagem pro meu namorado.

Eu estava orando pra que ele viesse me buscar, estava exausta pra ir de ônibus.

amor ❤️‍🩹

‐ oi lindo, consegue vir me buscar?
Estou exausta pra ir de ônibus, teve queima de estoque e ficou uma loucura aqui.

- Oi pequena, desculpa amor! Mas não vai dar, estou cheio de problemas aqui com a favela, está dando b.o e só eu posso resolver, sabina e any foram na vó, e os meninos tão aqui comigo, você está com dinheiro aí? Ou quer que eu pague um uber?

- Pode ser mô!

Depois disso ele me mandou o dinheiro e eu fui pra casa, juro que mais um pouco eu apagaria naquele carro.

Cheguei em casa, estava silenciosa, eu estava sozinha.

Me joguei no sofá por um breve momento, e logo levantei, comi um pedaço do bolo de laranja que tia nina fez e subi, tomei um banho e apaguei.

Dentro de casa era o único lugar onde eu não me sentia vigiada, tem seguranças ao redor por ser do dono do morro, e tudo é monitorado.

[...]

— Pequena? – escuto, em um sussurro, e eu podia jurar que estava sonhando, até ele beijar meu rosto e fazer um carinho em minha cintura.

E antes mesmo de abrir os olhos eu já sabia quem era!

— Oi amor, chegou agora? – pergunto baixo, ainda estava raciocinando.

— Sim, sai só agora e estou morto. – ele diz sorrindo pra mim, tava visível em seu rosto o cansaço, mas no fundo de seus olhos, paixão!

Eu sento na cama e prendo o cabelo em um coque, passo a mão pelo rosto e pego meu celular.

— Meu deus, eu dormi muito. – arregalo os olhos e em um pulo levanto da cama – eu tô dormindo desde sete horas, são dez pra as onze.

Lavei meu rosto no banheiro e voltei pro quarto, depositei um beijo em bailey e nós fomos pra cozinha.

— Oi tia nina, porque não me chamou? Dormi mais do que devia. – eu digo enquanto coloco minha comida e bailey faz o mesmo.

— Eu até fui no quarto, mais você estava roncando! – ela ri e dá de ombros – não quis atrapalhar seu sono.

— Tudo bem.

Ela se despediu da gente e foi pra casa, disse que sua amiga de anos está de visita e ela precisa ir pra lá.

Normalmente ela dorme com a gente, mas tem sua casa na barra, bailey deu a ela e fez questão de que fosse fora da favela.

— Como foi o seu dia? – depois de um tempo comendo em silêncio, decido perguntar, estava curiosa.

— Estressante, Filipe está querendo invadir – diz e por um breve momento meu coração erra uma batida – ele e seu grupo de merda estão dando trabalho por ai, família de sergio está atrás de mim porque tive coragem de matar meu próprio "pai" – passa a mão pelo cabelo e me olha – estava doido pra chegar em casa e poder esquecer meus problemas com você.

— Entendi amor! Eu estava com muitas saudades, você demorou demais. – cruzo os braços, birrenta.

— Desculpa marrentinha, prometo não chegar mais tão tarde assim. – ele diz com um sorriso maroto nos lábios.

— Promessa é dívida! – eu digo e ele concorda, me mandando um beijo no ar.

Sentei no sofá pra esperar bailey enquanto ele tomava banho e josh chegou da rua, cheio de sacolas.

— Foi as compras e nem me chamou? Se eu soubesse teria ido, perdi a noite toda dormindo. – eu digo, ele vem até mim, senta do meu lado e começa a abrir as sacolas.

— Comprei coisas, pra any – diz o nome dela baixo, em um sussurro.

— Não quer que ela saiba? – ele balança a cabeça em negação.

— De jeito nenhum, quero fazer uma surpresa, mas antes disso preciso conquistar ela né!

— Sim, claro! Se precisar da minha ajuda, sabe que estou aqui. Mas enfim, como ta o diálogo entre vocês, já conversaram? Sobre a gravidez, sobre o quartinho do bebê, sobre a maternidade? Aí eu amo tudo isso – bato palminhas.

— Ah, um pouco, mais nada de... – é interrompido por bailey, que pigarreia enquanto desce as escadas.

— Largou minha irmã e agora quer minha mulher? Ai não né mano!

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Votem bebês, e comentem muitooo se querem maratona 🍓❤️

Vendida ao Lobo || Shivley/Maliwal Où les histoires vivent. Découvrez maintenant