39. Me assustei quando vi a quantidade de sangue que havia no banco.

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[FIMM DA MARATONAA 5/5]

Ver meu pai daquela forma, desacordado, entubado, e pela primeira vez depois de muito tempo, não fede a álcool ou cigarro

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Ver meu pai daquela forma, desacordado, entubado, e pela primeira vez depois de muito tempo, não fede a álcool ou cigarro.

[...]

- morena, precisamos ir - abre a porta brutalmente e me olha assustado - vem, temos que ir agora.

Levanto da poltrona e vou até ele.

- o que houve may? o que tá acontecendo?

- não dá pra falar agora, precisamos ir pro carro - pega na minha mão e corre comigo pelo hospital até a porta de entrada.

Fomos até o carro, e eu mal sentei no banco e ele já estava arrancando.

- fala o que está acontecendo logo.

- os canas estão atrás de mim - arregalo os olhos.

- a policia? - assente - como descobriram que você estava aqui?

- um dos policias me conhecem, subornei ele com dinheiro uma vez, mas parei, achei que ele não iria contar quem eu era, mas pelo visto contou, já que tem quatro carros de polícia atrás da gente - olha pelo retrovisor.

Bailey acelerou com o carro pela pista, e iniciamos uma fuga, eu estava nervosa, e fiquei mais ainda quando ouvi um tiro.

- abaixa - empurra minha cabeça - preciso que ligue pra josh, consegue ? - me olha e eu assinto - mas não levanta, vou tentar chegar na favela.

pego o celular de bailey de dentro do seu bolso e ligo pra josh, ele atende e eu levo o celular dele até sua boca colocando no viva voz.

- JOSH, ELES TAO ATRAS DE MIM, PRECISO DE VOCÊS, AINDA ESTOU PASSANDO PELA BARRA, ACHO QUE NAO VOU CONSEGUIR CHEGAR ATE A FAVELA, PRECISO DE COBERTURA ELES TAO ATIRANDO.

- CARALHO LOBO, O QUE FOI FAZER NA CIDADE?

- NAO TENHO TEMPO DE CONVERSAR, PRECISO DE APOIO, CARALHO - grita e outro tiro ecoa em meus ouvidos - AGORA - desliga a Ligação e me olha - o que vamos fazer agora é muito arriscado, mas precisamos, você vai dirigir, e eu vou ir pra aí atirar neles, vamos ter que trocar sem freiar o carro.

Passo a mão pelos cabelos e concordo com a cabeça, e em um ato rápido sento no colo de lobo, pego a direção do volante e do acelerador e ele pula pro banco do passageiro.

Piso o mais fundo que consigo e lobo tira uma pistola do porta luvas e a da sua cintura e abre a janela do carro atirando pro carro atrás da gente, que logo o pneu estoura e fica pra trás, mas ainda tinham três carros.

Sinto um alívio percorrer meu corpo quando vejo dois carros vindo na contramão em nossa direção e josh com a cabeça pra fora, logo começa uma troca de tiros, eu estava desesperada, lobo gritava mais e mais, josh deu tiro de fumaça neles e passamos subindo a favela, os policias nem pensam em passar aqui na frente, então estávamos protegidos.

Estacionei o carro dentro da garagem e lobo saiu as pressas, não entendi, mas me assustei quando vi a quantidade de sangue que havia no banco de couro do seu carro que por fora estava cheio de tiros.

Entrei correndo dentro de casa e lobo estava com uma blusa enrolada em seu braço tentando estancar o sangue, tia nina ao lado dele no telefone, e eu sento também.

- está tudo bem morena? - me olha passando sua mão em meu rosto e eu assinto- tem certeza?

- sim may - tia nina me olha surpresa - não estou mal.

- contei pra ela tia, já estava na hora dela saber.

-ah sim, que bom, o médico já está a caminho - ele assente e ela sai.

- está doendo muito? - digo olhando pro seu braço, onde a blusa já estava quase toda cheia de sangue.

- não tanto, o que está doendo mesmo é meu bolso com o dinheiro que vou gastar naquele carro.

- viu como sou boa em pilotar - levanto os braços mostrando minhas forças.

-ah claro - gargalha- vou te contratar como minha motorista.

- vou subir, preciso de um banho.

- e sabe do que eu preciso?

- do que may?

- disso - me dá um selinho demorado- já estava sentindo falta.

- porque não pede beijos pra aquela loira azeda do hospital? só mandar mensagem pro número dela que está em seu bolso até agora - Levanto do sofá indo em direção das escadas.

- ciúmes, morena? - me olha risonho

- ciúmes de você a essa altura do campeonato lobo? eu tenho mais o que fazer né!

Ele ri e nega com a cabeça, eu subo, tomo um banho, coloco um moletom e um shortinho leve branco, prendo meu cabelo em um rabo de cavalo e desço.

Bailey já estava tomado banho, sentado no sofá de calça moletom, sem camisa e com o cabelo molhado, o médico estava mexendo na ferida dele.

- não foi nada grave, por sorte! O tiro só pegou de raspão.- diz enquanto fecha o ferimentos - mas vai ter que ficar de repouso agora, nem pensar em sair de casa, se isso inflamar vai ter que ir pro hospital, sem fazer muito esforço e ficar fazendo movimentos bruscos nem pegando peso.

- porra, eu levei um tiro de raspão ou quebrei algum osso?

- para lobo, ele só está te ajudando, vamos, eu te levo até a porta - acompanho o médico, fecho a porta e sento no sofá.

- vAmOs eU tE lEvO aTe A pOrTa - diz me imitando.

- chato - jogo uma almofada nele.

- olha, cuidado que eu estou de repouso.

Dou uma gargalha sincera.

- está mais chato que o normal com isso.

Lobo pega o papel em cima da mesa, logo reconheço que é o número da loira do hospital, e em um ato que eu não esperava ele rasga o papel.

- ciumenta - toca meu nariz com seu dedo.

- não sou - reviro os olhos.

- é sim morena, você só faltou voar em cima da loira quando ela me entregou o papel.

- hum, sei disso não - cruzo os braços.

- ahh, mas eu lembro muito bem - deita com a cabeça em minha coxa e eu faço carinho em seu cabelo, logo sentindo sua respiração pesada, o remédio que o médico passou havia feito efeito.

- dorme feito anjo, nem parece um perturbado quando está acordado - faço carinho em seu rosto...

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Foi isso bebes, mereço uma folguinha né? quarta sai mais caps 🥰

Vendida ao Lobo || Shivley/Maliwal Where stories live. Discover now