Capítulo 3

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Na manhã seguinte, o conde acordou assustado

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Na manhã seguinte, o conde acordou assustado. Por um momento a claridade do dia o cegou e ele esqueceu onde estava. Ele limpou o suor do rosto e sentou-se na cama, encostando o torso na cabeceira alta.

A noite passada fora bastante tumultuosa. Depois da chegada de Ayla, tudo pareceu melhorar, mas não antes de um pequeno caos.

Seu comportamento com o médico não foi bem aceito pela mãe e, muito menos, pelo médico, que saiu do castelo jurando nunca mais voltar. A Condessa Viúva o repreendeu pelo insulto praticado ao doutor e achou bastante inoportuna a visita inesperada de uma estranha. Contudo, quando viu que Ayla havia conseguido ajudar Alice, se calou.

Ayla... 

O conde não sabia o que pensar sobre ela. Sua chegada inesperada, seu comportamento focado e o resultado de suas ações indicavam uma pessoa pragmática e eficiente. Ela não se interessou por nada do que aconteceu no quarto de Alice, exceto a própria Alice. Certamente não ligou para o que aconteceu com o médico, o que eliminou as suspeitas de ela ser sua assistente.

O conde se levantou e foi até a janela. Os pássaros cantavam o alvorecer de um novo dia, e ele calculou que não devia ser sete da manhã ainda. Uma névoa branca ainda cobria o gramado e o canteiro de hortênsias. O castelo parecia mais bonito do que já esteve algum dia. Tudo que ele olhava parecia ter cores mais vivas e ele poderia apostar sua vida que o perfume das flores devia estar mais forte que o normal. Não fazia sentido, mas ele tinha certeza de tudo isso.

Ouviu o farfalhar das folhas das árvores com o vento e mudou seu olhar para a floresta. Por mais ridículo que parecesse, ele agradeceu à floresta. Não fez uma oração ou se dirigiu a ninguém específico. Apenas... agradeceu.

Foi quando algo surgiu em sua visão periférica. Ele viu o perfil de uma mulher caminhando por entre os canteiros. O cabelo dourado estava solto e balançava com o vento enquanto ela parecia flutuar pelo gramado.

Ayla...

Erick observou a silhueta da moça, lembrando-se da noite passada.

Após dar ordens para que sua carruagem levasse o médico de volta à aldeia e pagasse apenas o estritamente necessário para cobrir a consulta, ele voltou ao quarto, ignorando as represálias da mãe. Ao entrar, viu a filha envolvida nos braços de Ayla; ambas adormecidas na cama. Elas pareciam exaustas, mesmo que houvesse se passado apenas alguns minutos desde que saíra do quarto.

Ele observou o rosto de ambas. Sua filha parecia em paz, com a pele corada e a respiração tranquila. E Ayla... Bem..., não parecia real. O conde poderia dar diferentes adjetivos para descrevê-la: uma fada, um anjo, uma ninfa. Ela parecia algo efêmero, impossível de tocar, mas ainda assim, sua filha a abraçava com força. Ele ergueu a mão para saber se poderia fazer o mesmo, mas antes de tocar o rosto de Ayla, a moça acordou.

O conde puxou a mão de volta e a escondeu na lateral do corpo. Os olhos verdes de Ayla focaram nele, parecendo confusos.

-- Desculpe. Não quis assustá-la...

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